sexta-feira, 22 de julho de 2016

Orange

Eu sempre quis ler esse mangá, porque todo mundo dizia que era super bom! Agora, o anime foi o empurrãozinho que eu precisava para ler Orange. E realmente, as pessoas têm razão, esse mangá é excelente. Estou terminando de ler o terceiro volume e já quis vir aqui falar o que achei dele para não dar spoilers demais! Acho que consegui, pois tudo aqui é dos primeiros capítulos (que já acontece muita coisas neles!). 

Em Orange, Naho recebe uma carta, endereçada a ela e cujo remetente é ela mesma! Ao ler a carta, vê que quem a escreveu foi ela mesma no futuro, precisamente dez anos no futuro. Na carta, é dito que Naho tem vários arrependimentos no futuro e pede a seu eu de 16 anos para fazer as coisas de uma forma diferente e, dessa forma, não se arrepender. Seus arrependimentos são focados no aluno transferido Kakeru, que entra em cena enquanto Naho está lendo a carta. Como a carta realmente prediz o que irá acontecer e se mostra verdadeira, Naho promete a seu eu futuro que irá dar seu melhor para cumprir a promessa de mudar o futuro.

Assim, Naho e seus amigos se aproximam de Kakeru. O grupo é composto por Suwa (um menino atlético e gentil), Hagita (um menino aparentemente sério que gosta de não ser popular), Chino (uma menina super alta e intimidadora, que na verdade é super legal com seus amigos), Azusa (uma menina alegre, cujos pais são donos de uma padaria e é através da padaria que Kakeru é convidado para fazer parte do grupo), Kakeru e Naho, é claro. Os relacionamentos de amizade nesse mangá são tão legais quanto o romance que está se desenrolando. Ao mesmo tempo, temos "flashfowards" para o futuro, mostrando como o grupo está agora. Quer dizer, sem Kakeru.

     

A missão de Naho é, além de não ter arrependimentos menores (como deixar de jogar softball com as amigas), também é salvar Kakeru, pois, no futuro, ele já é falecido, vítima de um acidente que todos desconfiam ter sido um suicídio. Naho também logo descobre que a mãe de Kakeru se suicidou no primeiro dia de aulas, no primeiro dia que Kakeru saiu junto ao grupo. Ao mesmo tempo que tem sentimentos amorosos por Kakeru, Naho também se esforça muito para salvá-lo de si mesmo, de sua própria tristeza e arrependimentos. E, apesar de gostar de Naho, Suwa também está lá para ajudar Kakeru, como todos os outros amigos. Eu gostei muito do papel e das atitudes do Suwa, pois, apesar de ser o "rival" na história, ele também é amigo de Kakeru e se esforça para ser um bom amigo.

Em fóruns de recomendação de mangás, um pedido muito frequente é a protagonista ficar com "o segundo cara" num mangá shoujo. Ou seja, ela não ficar com o cara que ela inicialmente gostava (que costuma ser aquele cara malvado típico dos shoujo) e sim ficar de um cara que apareça depois ou que gostava dela em segredo (geralmente o cara bonzinho e legal, apesar de talvez ser meio frio com a protagonista). Em Orange, eu fico encantada de ver que o pessoal está super dividido nas discussões. É bem igual a divisão do pessoal que torce pelo Suwa e pelo pessoal que é time Kakeru. Nenhum dos dois é o "segundo cara". Ambos os personagens são escritos com tanta maestria que é impossível de decidir qual o leitor quer que fique com a Naho! O Kakeru precisa muito dela, pois a Naho pode ser realmente o que irá salvá-lo. Mas o Suwa ama a Naho há tanto tempo e é altruísta o suficiente para priorizar a felicidade do Kakeru. Eu realmente não sei o que quero que aconteça!

A única coisa que eu quero é que a autora siga escrevendo esse mangá com tanta delicadeza e profundidade. Quero ver essa história se desenrolar. Quero que a Takano Ichigo parta meu coração mais vezes e me faça chorar que nem um bebê. Quero que todos eles, todos os seis personagens, sejam felizes, apesar de se arrependerem de algumas coisas (pois uma vida sem arrependimentos não existe). 

  

Talvez seja trivial comentar isso, mas achei muito legal a autora tirar um tempo para fazer seus personagens discutirem as teorias de viagens no tempo, dessa forma ambientando e explicando sua história, dando veridicidade a ela. Ok, talvez seja só a fã de Doctor Who em mim falando (adoro viagem no tempo). Não sei mais o que dizer, além de que esse mangá é incrível! Nota 10!!!

Eu li em inglês no MangaFox, mas parece que esse mangá foi licenciado no Brasil e pode ser comprado na banca! Vou procurar pra comprar assim que for no shopping, porque um mangá bom desses vale  a pena de se ter em casa!

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Oneshot: Watashi-tachi ha “Byplayer”

Pessoalmente, eu nunca gostei muito dos mangás ou doujinshi da Harada. Eu até leio, mas a grande maioria deles é não é muito do meu gosto... São perturbadores até demais pra mim, sendo que eu leio muita coisa bizarra! Só que essa oneshot é muito interessante. Ela é um pedido de desculpas da autora.

Himeumi é uma menina bonita e admirada pelos colegas, sendo considerada até uma princesa. Ela tem boas notas, é gentil com todos, se veste super bem... Nada mais natural do que ela ter uma queda pelo colega que é considerado um príncipe, Oujiyama. Ela considera que para sua vida ser perfeita só o que falta é namorar com ele! Entretanto, um dia na aula de Educação Física, Wakikawa, outro de seus colegas, acaba colidindo com ela com muita força. Isso faz com que os dois troquem de corpo!

Essa proximidade de Himeumi e Wakikawa, agora que estão com os corpos trocados, chama à atenção de Oujiyama, que começa a agir de forma estranha. Ele age com ciúmes e diz para Wakikawa (com Himeumi em seu corpo) ficar longe de Himeumi. Himeumi fica super-feliz achando que finalmente Oujiyama está apaixonado por ela e que assim que voltarem ao normal vai ter a vida escolar que sempre quis ter! Só que com o tempo, a convivência com Wakikawa a faz desenvolver sentimentos por ele também, deixando-a confusa.

Eventualmente, os dois conseguem voltar a seus corpos originais. Himeumi vê Oujiyama e Wakikawa discutindo e já imagina que é por causa dela, super-feliz por ter dois caras legais competindo por ela... Só que na verdade, os dois estavam brigando porque estavam em um relacionamento juntos! E Oujiyama, na verdade, tinha ciúmes de Wakikawa e não de Himeumi Em outras palavras, isso aqui que parecia um shoujo era, na verdade, um mangá yaoi narrado da perspectiva de uma garota. A autora encerra o mangá com um pedido de desculpas às personagens femininas dos mangás yaoi, pois, como estão em um mangá yaoi, elas jamais serão felizes. Interessante, não?

  

Isso é uma crítica que eu vejo muito por aí aos mangás yaoi: a forma que eles retratam as mulheres. Tenho certeza de já ter lido nas próprias resenhas do Faust ele comentando algo sobre esse assunto. Por isso, achei muito legal e criativa essa história da Harada, se referindo a essa situação. No final das contas, é yaoi. Não é shoujo. As meninas não vão ficar com o cara que queriam. Inclusive, o nome do mangá se traduz como "Nós Somos Coadjuvantes". A história é muito engraçada e divertida, além de ter um encerramento interessante que pode provocar discussões muito legais sobre essa trope dos mangás yaoi. Vou dar nota "9", porque realmente foi uma leitura muito legal.

Tradução em inglês do Must Be Endless.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Ever After

Contos de fadas com yaoi. É da est em. Uma versão surpreendentemente criativa de contos de fadas clichê. Leiam. É isso. Fim da resenha! Só que não, claro. 

São seis histórias, que são reimaginadas daquele jeito inusitado que só a est em consegue fazer! Vou comentar as três primeiras.

- Cinderella: ao invés da gata borralheira com as irmãs malvadas, temos apenas um cara normal atolado de trabalho que vai a uma festa com temática BDSM numa boate e encontra um príncipe, que se apaixona por ele ao ser dominado por ele. Como o príncipe Albert vai encontrar seu amado Ellard? Através do sapato, é claro.

- Chapeuzinho Vermelho: Akazukin é o único de sua família que visita a avó doente. Na verdade, todos estão esperando a velhota morrer de uma vez para ficarem com a herança. E a avó tem consciência disso. Ela conhece um homem que ela sabe que só quer o dinheiro dela, mas como ela odeia a própria família mais ainda, decide deixar toda a grana pra ele. Entretanto, Akazukin sabe como se vingar do cara... Essa história eu achei perturbadora e brilhante. Fiquei de queixo caído.

- Pequena Sereia: Um empresário que está planejando a construção de um resort encontra um rapaz que diz ser uma sereia e que está ali para fazê-lo desistir da construção. Claro, o empresário não acredita muito no que ele diz, mas o comportamento misterioso dele e suas ambições o fazem ficar inclinado a acreditar...

As outras três são Bela e a Fera, Princesa Kaguya (ou Princesa do Bambu) e Carmen. São muito legais também, mas as três primeiras são demais. Até porque eu não conheço as fábulas originais das duas últimas, mas, mesmo assim, não acho que tenha atrapalhado a leitura. Gostei bastante delas. Adorei como a autora pegou a ideia básica de cada uma dessas histórias super conhecidas e as transformou em oneshots modernas e interessantes. Chapeuzinho Vermelho me surpreendeu muito, de como foi macabra e bizarra, mas de um jeito fascinante! Não sei se é um mangá que todo mundo iria apreciar (os mangás da est em são bem polarizantes, pelo que eu vejo), mas eu achei um exercício criativo muito interessante da autora.

  

Acho que não tenho o que dizer... Simplesmente digo que recomendo muito a leitura, pela simples razão de proporcionar algo diferente do que a grande maioria dos mangás que tem por aí. Vou dar nota "9", porque é impossível dar uma nota baixa para um trabalho dessa autora. Ela faz mangás que podem não agradar a todos, mas ela é tão talentosa que é preciso reconhecer o quanto as histórias dela são excelentes... Mesmo num tema como "contos de fadas"!

Tradução em inglês por Seraphic Deviltry. Eu li no aplicativo Manga Rock para celular de algum leitor online. Fácil de achar por aí.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Jackass! - Sawatte Ii tte Dare ga Itta yo?

Não sei muito bem o que comentar desse mangá. Eu gostei de Jackass!. Não é nenhuma história brilhante, mas é um mangá yaoi com várias cenas safadas e com personagens divertidos. O que mais que uma fujoshi pode querer?

Hara Keisuke é um estudante do ensino médio. Apesar da sua aparência um tanto intimidadora, na verdade, ele é um rapaz dedicado aos estudos e ao seu trabalho. Ele vive somente com sua irmã há vários anos, desde que seus pais faleceram, e ele não quer dar incomodá-la mais do que ele considera que já incomoda. Katsumi e Shinoda Masayuki são seus grandes amigos. Katsumi é abertamente gay e sofre bullying por causa disso na escola, o que não o impede de tentar um relacionamento com o enfermeiro da escola, já Shinoda é um rapaz rico, bonito e despreocupado que volta e meia troca de namorada, por não querer nada muito sério.

Um dia, quando Keisuke está se vestindo para a aula de educação física, ele se vê vestindo uma meia-calça, pois, pelo visto, a meia-calça de sua irmã foi parar no meio das coisas dele. Shinoda percebe e consegue causar uma distração, para os outros colegas não perceberem o que houve com Keisuke. Só que quando Shinoda olha bem para Keisuke de meia-calça, ele fica extremamente interessado... É assim que o romance dos dois começa. Keisuke está relutante desde o começo, justo por conhecer bem o quão volátil Shinoda é. Já Shinoda diz ter visto as pernas perfeitas e quer vê-las mais e mais vezes!

Enquanto esses dois têm cenas lindas de smut e brigam pra caramba, também há um subplot que eu achei muito bonitinho sobre o Katsumi. A história dele vai se desenrolando concomitantemente com a história principal. Katsumi está tentando desenvolver um relacionamento com o enfermeiro da escola, como eu já comentei, e há um colega dele, Miyoshi que fica atrapalhando, chegando ao ponto de tentar chantagear Katsumi para terminar com o enfermeiro. Como Katsumi é um personagem auto-confiante que não se abala com nada, esses breves momentos sobre ele foram muito divertidos! 

  

Eu gostei do mangá. Não é nada demais. É só um yaoi safado, cheio de cenas explícitas, com o bônus de ter personagens muito legais e uma história agradável. Se eu for pensar bem, há algumas coisas que eu não curti muito, mas não quero pensar demais. É um mangá yaoi pra não se pensar muito profundamente sobre, apenas aproveitá-lo. Por isso, nota 9!

A tradução dos primeiros capítulos em inglês foi feita pelo grupo Sals Scans e o grupo Bro Scans finalizou a tradução.