segunda-feira, 11 de março de 2013

Flutter

Fazia muito, muito tempo que eu queria ler esse mangá. Li o primeiro capítulo e parte do segundo no Google Books há alguns meses, mas finalmente comprei. Hoje chegou de manhã e eu levei para o trabalho, sendo que o li rapidamente enquanto matava um tempo. No geral, eu costumo gostar da Taizen Momoko e essa capa parecia muito interessante, então estava bem ansioso para ler a história de Flutter na íntegra.

Nessa história, temos Asada Masahiro que fica sempre mesmerizado por um cara que sempre vê na rua. A única coisa que sabe é que esse outro homem trabalha na mesma empresa que ele, mas nunca o viu lá ou falou com ele. Pois é, acontece que Asada acabou de ser colocado para trabalhar com o cara que o deixa hipnotizado, que se chama Mizuki Ryousuke, em um projeto. Os dois se aproximam rápido até o ponto que Mizuki, que é gay totalmente fora do armário e aceito por seus colegas, pode afirmar que Asada é seu amigo. Os dois tem uma conexão rápida e intensa, expondo seus pontos negativos um ao outro. Essa história é bonita e triste. É legal ver o modo como a autora descreveu a relação e a conexão entre eles, explorando-a aos poucos.

No afterword, a autora diz que planejava fazer um cenário seme x seme, mas que acabou falhando nisso e acabou com algo como uke x uke. Apesar de nenhum dos dois personagens serem afeminados (como o uke típico costuma ser, infelizmente), eles também não tem tantos traços comuns ao arquétipo do seme. Ainda assim, os dois são personagens interessantes e durante boa parte do mangá, fiquei na dúvida sobre quem assumiria que função no relacionamento, se é que haveria algo assim.

Completamente desnecessário comentar que a arte é bonita, não é? A arte da Taizen Momoko não agrada a todos (vi muitos reclamarem dos rostos angulosos que ela desenha), mas é bastante agradável e típica.

  

Eu tenho o hábito de gostar muito dos mangás que eu compro (só há uma exceção a essa regra e a comentarei aqui uma hora dessas), então por definição gostei muito desse. Os personagens são interessantes e atípicos, sendo que eles deixam a história, que é bem comum (lembra Side Car Seigyohou, só que bem menos perturbador). Para mim é uma nota "10", porque eu realmente amei essa história. Não tenho nada do que reclamar dela, apesar de reconhecer que, talvez, não agrade os outros leitores tanto quando me agradou.

Comprei a edição publicada pela Juné, mas acho que deve ser possível adquirir uma cópia virtual desse mangá. Não sei de ninguém que o esteja traduzindo no momento para qualquer língua. Podem ler as 85  primeiras páginas no Google Books para ter uma idéia se vale a pena adquirir esse mangá. 

5 comentários:

  1. Sukinime está traduzindo o//

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, anônimo!
      Obrigado por avisar!
      Eu não acompanho o trabalho do Sukinime e eles lançaram Flutter em setembro (minha postagem é de março).

      Um abraço!

      Faust

      Excluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Faust!

      Vamos lá! Peguei sua dica e li a versão traduzida pelo sukinime! (No site deles é possível encontrar o volume completo.)

      Devo dizer que gostei bastante da história, achei o traço da autora muito bonito e os personagens interessantes. Adoro este cenário de ambiente de trabalho - pois como já passei há muito dos tempos de escola - é a realidade que encaro no meu dia a dia. Além disso, gostei como as coisa foram gradativamente se desenvolvendo entre os personagens. Tenho percebido que, para mim, são histórias como essa que me marcam e que costuma ficar gravada na cabeça.

      Engraçado é que no final não conseguia vê-los como semexseme nem como ukexuke ...mas apenas como duas pessoas tentando resolver seus próprios conflitos e ser felizes. Acho muito bom quando um mangá consegue por abaixo o estereótipo e nos faz ver o que realmente é importante.

      Valeu a pena ter conhecido este mangá! Obrigada pela dica!

      Excluir
    2. Oi, Naelyan!
      Obrigado pelo comentário. ^_^ É bom saber que o Sukinime já terminou a tradução. Eu recomendei esses dias para uma colega e ela ficou de "mimimi" que eu só tinha em inglês. Agora ela não vai ter desculpa! hahaha

      Você trouxe algo que eu ando pensando há um tempo: eu tenho gostado mais de mangás em cenários de trabalho ou pelo menos que se passem na universidade. Os mangás escolares me cansam. Acho que significa que nós estamos ficando mais maduros, heim? :D
      Aliás, acho que "maturidade" é uma das palavras que eu associaria a esse mangá. Ambos os personagens são maduros e resolvem as situações de uma forma que faz sentido e é realista. E também justo por isso eles não são personagens simples e não podem ser apontados simplesmente como "seme" e "uke". Eles são mais complexos que esses dois simples "arquétipos" de personagem podem compreender
      .
      Fico feliz que esse mangá tenha te causado uma impressão boa e que tenha gostado tanto dele. ^_^ Flutter é um dos mangás que eu tenho como um dos mais queridos.

      Um abraço,

      Faust

      Excluir