segunda-feira, 17 de março de 2014

Inu mo Arukeba Fallin' Love

Quando eu achei esse mangá, pensei "finalmente descobri de onde vem a página de créditos do Obsession!". Minha memória é estranha: lembro de uma página de créditos do Beautiful Soup que era uma sopa de chocolate com M&M's, mas não lembro o que comi ontem! De qualquer forma, a Takashima Kazusa é uma autora de yaoi bastante conhecida por ter entrado em hiatus definitivo após ter um resultado desfavorável a ela em um caso de plágio. Uma mangaka shoujo filha de pessoas influentes plagiou descaradamente o mangá mais famoso da Takashima Kazusa, mas acabou ganhando (é claro! Ou achavam que esse tipo de injustiça só acontecia no Brasil?). De qualquer forma, vim falar hoje de Inu mo Arukeba Fallin' Love.

Esse mangá se divide em três histórias. A principal, que dá nome ao mangá, é sobre um cachorro que se apaixona por um humano. Ele reza para que a lua lhe dê o poder de falar com esse humano e se transformar em um. Ukyo, o humano, acaba adotando o cachorro Kuro, após ouvi-lo chamar o seu nome. Ele acaba logo descobrindo que, além de falar, Kuro consegue se transformar em um humano extremamente atraente que gosta de lamber Ukyo em todos os lugares possíveis e imagináveis. Eu não consigo apontar o dedo para um ponto específico e explicar porque eu não gostei dessa história. O Kuro é certamente um personagem carismático, mas o Ukyo é bastante típico. Há comentários sobre se essa história é ou não é bestialidade... Já que, né, é a história de amor de um humano e um cachorro. Eu não sei. Apesar de ter um corpo humano, o Kuro pensa e se comporta como um cachorro... E é meio esquisito... Sei lá. 

Eu gostei muito mais da segunda história do que da primeira. Temos dois meninos que eram grandes amigos quando eram crianças. Em função da separação dos pais, Kasumi vai viver em Tóquio, mas Ken promete que serão amigos sempre. Dez anos depois, Kasumi volta à cidade e se reencontra com Ken, que fica surpreso ao constatar que Kasumi é um homem (ao contrário do que se lembrava). Ainda assim, ele resolve se reaproximar de Kasumi e o relacionamento dos dois se intensifica e fica mais complicado. No capítulo seguinte, vemos os dois enfrentando as dificuldades de um relacionamento à distância. Achei essa história bastante agradável, trazendo dificuldades reais que pode se encontrar em relacionamentos amorosos.

Na terceira história, durante um festival, um cara, Keisuke, vê uma criança dizendo que vai jogar um peixinho dourado no lixo. Ele propõe de comprar o peixe, então, e o leva para casa. Ele, em seguida, vai dormir e acorda com o peixe dourado, agora em forma humana, dizendo que quer recompensá-lo por tê-lo salvo. Ele oferece seu corpo para Keisuke durante aquela noite... Apesar de simples, achei bonitinha a história e tem alguns diálogos legais. E é isso. Não muito a dizer. O peixinho dourado mágico virando humano não me incomodou tanto como o cachorro da primeira história, diga-se de passagem. Não consigo explicar o porquê.

  

A principal característica dessa autora a ser destacada é que a arte dela é fantástica. Os personagens são muito expressivos, os cenários são elaborados, ... Enfim, tudo funciona no ponto de vista puramente artístico/estético nas histórias dela. Acho que foi um pouco por isso que a saída dela do mundo dos mangás yaoi deixou um gosto tão amargo na boca das fujoshi. A única história que a arte pecou, na minha opinião, foi a terceira. Vou dar uma nota "7", mais em função da arte e da segunda história.

A tradução em inglês é do grupo Shi-Ran e do próprio Obsession, sendo que também foi oficialmente publicado pela agora falecida editora BLU. Em espanhol, temos uma tradução do Ayaoi.

sexta-feira, 14 de março de 2014

So, You're A Caroonist?

Mais uma web comic... Dessa vez, é uma web comic de comédia, escrita por Tom Preston. Esse autor tem várias outras comics publicadas, mas a única que eu li foi essa que ele publica online. O título So, You're a Cartoonist? (literalmente "Então, você é um cartunista?") é extremamente auto-explicativo.

Essa é uma história autobiográfica e satírica. Temos o personagem principal, que é um cartunista... E representa o próprio autor da história. Vemos episódios da infância dele, sua vida durante a faculdade e, agora, seu trabalho como cartunista. Há comentários de Tom Preston sobre "mitos" que há sobre artistas (tipo que todas as pessoas ficam melhores com o tempo no desenho), sobre os preconceitos sofridos por ele, sobre as maluquices dos fãs de quadrinhos em eventos (muitas vezes representadas pela personagem Persistent Pam, que insiste para que o cartunista a desenhe)... Também há fatos da vida dele e seu relacionamento amoroso.

Eu diria que a arte desse artista pode ser vista como "antiquada" por alguns, lembrando alguns personagens clássicos das comics... E acredito que o autor iria gostar da comparação, pois ele cita numerosos autores clássicos como suas influências. Gosto dessa comic porque muitas vezes ele retrata o lado não tão glamouroso assim de ser um artista de quadrinhos. Também mostra como funciona o processo de criação de uma comic e os diversos artistas que trabalham nela. E, além disso, como sua vida pessoal se encaixa nisso. 

Tom também faz críticas às atitudes por vezes até hostis de outros artistas (que enxergam o mundo das comics como um local só para alguns) e aos "críticos de plantão" da internet, que esculacham e desestimulam o trabalho dos outros. Apesar de ser uma história que busca a comédia e a sátira, muitos comentários trazidos pelo autor são pertinentes e fazem com que o leitor conheça mais sobre o mundo dos quadrinhos.

  

Eu acompanho essa história desde 2011 e gosto bastante. O estilo de Tom Preston se mantém basicamente o mesmo ao longo dos anos, mas mostra várias melhoras e mudanças conforme as páginas se passam. Como um curioso pelo mundo das artes, especialmente da arte sequencial, eu gosto de poder ter uma visão de como é viver nesse mundo. Vou dar uma nota "8".

So, You're a Cartoonist pode ser lido no site da web comic, em inglês.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Koi Tomo

Koi Tomo me lembra muito o primeiro mangá yaoi que eu li em português (Calorie) bem como alguns elementos de um mangá que eu comentei aqui. Isso já aponta que essa história da Kanzaki Takashi não é exatamente a mais original que existe, mas ela, como se diz, deu um toque próprio ao enredo e adicionou alguns pontos de interesse à história.

Temos um grupo de três amigos de infância, sendo que dois deles, Yukie e Kogawa, estão apaixonados por seu amigo, Yamato, que não tem nem idéia desses sentimentos. Os dois aliviam seus desejos sexuais ficando juntos e se masturbando, mas aos poucos o relacionamento dos dois vai ficando mais sério e complexo, ao ponto de Yamato sentir-se excluído do trio. O elemento comum com Calorie é dois amigos acabarem se aproximando por seus sentimentos por um terceiro e com Paradise Baby, Koi Tomo compartilha esses dois amigos manterem seu relacionamento em absoluto segredo do terceiro amigo (que já imagina que algo possa estar acontecendo). Eventualmente, Yamato descobre o relacionamento de Yukie e Kogawa, pegando-os no flagra. Yukie esperava que Yamato sentisse nojo deles e nunca mais quisesse olhar para a cara deles, mas acaba acontecendo o oposto disso: Yamato quer ser incluído como parte do casal. Interessante, não? No meio desse poliamor, surge Yoshikuni, um colega de Yamato que desenvolve sentimentos por ele.

O mangá encerra com duas oneshots. Eu li esse mangá ontem e já tinha esquecido que ele tinha oneshots, de tão pouco memoráveis que elas são. Não é que sejam ruins, mas é que a história principal é muito mais interessante e inusitada. De qualquer forma, a primeira delas fala sobre Kaji Kiichi, que sempre fica em segundo lugar num tipo de ranking de caras bonitos, perdendo sempre para Hosaka. Ele tem uma aposta com o irmão mais novo desse cara, Hosaka Akira, de ser o escravo dele até ganhar do irmão mais velho. Akira até chega a dar umas dicas para Kiichi de como ser mais popular e, conforme vão se aproximando, Kiichi descobre que Akira tem alguns problemas em casa, tanto com o irmão quanto com os pais. E a segunda fala justo sobre o irmão mais velho de Akira, explorando o relacionamento dele com um colega que namora e transa com qualquer um que disser que o ama. Hosaka fica incomodado com isso e, conforme ele se aproxima de Chisato, vai descobrindo que há um motivo para tal.

Eu gostei muito do Yamato na história principal. Na verdade, tanto o Yukie e o Kogawa são personagens extremamente típicos, mas o Yamato e o Yoshikuni trazem um pouco mais de interesse para a história. Achei legal a história tocar em temas de poliamor, já que as histórias yaoi costumam apresentar casais monogâmicos (e com ciúmes doentio um do outro). Já as oneshots... Bem, elas não são ruins, mas também não têm nada de especial. Não achei nenhuma delas particularmente envolvente, nem achei que abordaram os temas sérios que resolveram tocar de uma forma adequada. 

  

Eu gostei desse mangá de um modo geral... Tenho uma relação de amor e ódio com a arte da Kanzaki Takashi, mas acho que é agradável. Kudos para ela por ter feito um uke atípico nesse mangá. Eu pensei muito em dar uma nota mais alta para esse mangá, mas, se o fizesse, seria puramente por estar enviesado por ter gostado tanto do Yamato. Nota "7" é mais do que suficiente.

Fiquei nostálgico ao ver que a tradução desse mangá foi feita pelo Obsession Scans em inglês. Há quantos anos eles não existem mais... Que saudades!

segunda-feira, 10 de março de 2014

Deadlock

Exatamente o que eu reclamei que faltou em T x S, podemos ver em Deadlock. Não que os dois mangás sejam parecidos (digamos que o trabalho de Aida Saki e Takashina Yuu conta o outro lado da história), mas alguns elementos faltantes em T x S, que, na minha opinião, diminuem a qualidade da série, aparecem em Deadlock.

Yuuto Lennix era um investigador da divisão de narcotráfico da polícia americana, mas foi acusado falsamente de ter assassinado seu parceiro e foi preso por isso. Como ele mesmo diz, perdeu seu status social, sua ocupação e o respeito das pessoas importantes para si. Um investigador do FBI, Hayden, lhe faz uma proposta: ir para a prisão de segurança máxima Schelger na Califórnia para descobrir a identidade de Corvus, o líder de uma organização terrorista. Haverá um evento nos próximos meses que é um possível alvo para Corvus, então Hayden oferece para Yuuto de conseguir sua liberdade se ele conseguir descobrir quem é Corvus.

Logo chegando na prisão, Yuuto descobre que os presos se dividem em quatro grupos étnicos, que funcionam como gangues. Um é o de Gehlen, um neonazista e principal suspeito de ser o tal terrorista. Logo de chegada, Yuuto consegue despertar o interesse de B. B., líder de outro grupo, que pretende transformar Yuuto em sua mulher na prisão. Também, Yuuto se aproxima de outros presos: Mickey, o cara que consegue contrabandear coisas; Nathan, outro que foi condenado injustamente; Matthew, o cara que tentou roubar um whiskey e acabou sendo cumplice de assassinato; e Dick, o colega de cela de Yuuto que não costuma falar muito. Dick também propõe para Yuuto se tornar sua mulher, em troca de proteção. Yuuto recusa firmemente, mas fica interessado por Dick e seu comportamento diferente.

Esse mangá é fantástico. Apesar de ser um mangá yaoi e, por isso, retratar um romance, é cheio de momentos com investigação, armações, lutas, ação...! Enfim, é envolvente e oferece mais para entreter o leitor. Ao contrário de T x S que tem um cenário de investigações só para dizer que tem, porque isso mal tem importância na história, Deadlock funciona muito bem nesse cenário de criminosos e investigações, porque justo esse é o cerne da história.

  

A arte de Deadlock é linda e lamento que mais trabalhos dessa ilustradora não estejam disponíveis. Esse mangá também enfrenta muitas críticas de racismo e, bem, digamos que algumas delas não são exatamente infundadas... Ainda assim, a história e a arte são suficientemente interessantes para me manter lendo. Vou dar uma nota "9" para Deadlock, então!

Em inglês, há dois capítulos traduzidos pelo Echochi, mas o mangá foi licenciado e foi publicado recentemente pela Juné. Também é possível encontrar em espanhol pelo Ayaoi. Há três Drama CDs muito bons, sendo que há traduções deles.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Otomen

Comecei a ler esse mangá há muitos anos... Antes de ser licenciado pela Panini. A autora de Otomen é conhecida por seus trabalhos em mangás shounen, bem como no shoujo. E a arte dela, Kanno Aya, apesar de estar ilustrando um mangá cheio de bichinhos fofos e babados, mostra isso!

Em Otomen, temos Masamune Asuka, o capitão do time de kendô, faixa preta em judô, aluno modelo... Enfim, o estereótipo de homem másculo e estoico ideal. Ao se apaixonar por Miyakozuka Ryo, a aluna nova da escola, os impulsos que Asuka vem reprimindo nos últimos anos vêm à tona... E esses impulsos são de assar bolos e biscoitos, bordar, costurar ursinhos de pelúcia, e ler mangás shoujo! Na verdade, o másculo Asuka tem hobbies e interesses tipicamente femininos, mas procura se mostrar o homem ideal por pressão de sua mãe, que ficou obcecada por um ideal de masculinidade após seu marido deixá-la dizendo que queria se tornar uma mulher. Quanto mais Asuka ama Ryo, mais seu coração palpita e ele sente vontade de fazer flores de papel e tricotar.

Nisso, entra em cena Tachibana Juta. Ele se apresenta como um rival de Asuka pelos sentimentos de Ryo, forçando Asuka a se aproximar mais de Ryo. Juta, na verdade, é a autora de mangás shoujo Jewel Sachihana e está escrevendo uma obra sobre a vida de Asuka, chamada Lovetic (Love-Tic, Love Chick... Ninguém sabe direito como é a romanização desse termo). Juta, portanto, toma a função tanto de melhor amigo de Asuka, como de narrador e, também, facilitador da história. Muitas vezes ele dá pistas para Asuka através do mangá que escreve (e Asuka é um leitor fiel) ou dá um empurrão para que Asuka faça algo a respeito de seu relacionamento com Ryo.

Aos poucos, Kanno Aya foi entupindo a história de personagens secundários. Por um lado isso é legal. Foi interessante ver Asuka criando um grupo de amigos (e rivais) para si, mas são tantos personagens secundários que a história perde o foco. Passam-se volumes sem Asuka e Ryo interagirem! Temos Yamato (um menino afeminado que quer ser másculo), Kitora (obcecado por flores), Tounomine (rival do Asuka), Kuriko (irmã do Juta, que é apaixonada pelo Kitora) e vários outros! Também temos o misterioso dono de uma confeitaria, professores da escola, irmãs do Juta, familiares da Ryo, cantores de uma banda... O elenco é gigante! E a autora tenta dar atenção a todos, constantemente ofuscando os três protagonistas (Asuka, Ryo e Juta). Todos esses personagens são interessantes, mas eu gostaria que Kanno Aya se lembrasse de seus protagonistas... Especialmente do Juta, que, tirando os três momentos que o mangá focou nele, fica apenas de comentarista das ações dos outros.

  

Eu adoro Otomen, porque é um mangá super-divertido. Além disso, eu me identifico um pouco com a história (caso não tenha percebido, eu sou um homem escrevendo uma resenha sobre um mangá para meninas). Eu simplesmente adoro a arte e como a Kanno Aya desenha bem os detalhes das roupas, das flores, da comida... Otomen é obviamente um mangá cômico, repleto de situações ridículas. É exagerado pra caramba... Mas é justo isso que me faz gostar tanto. Há personagens que eu começo a rir só de olhar para a cara deles (avô da Ryo, por exemplo). Otomen não é uma obra prima dentre os mangás, nem algo para ler buscando profundidade... É apenas uma leitura divertida! Nota "9"!

Otomen foi licenciado e teve sua publicação cancelada pela Panini no Brasil. Depois de anos nos enrolando, eles se pronunciaram dizendo que está cancelado no ano passado. Apesar de ter sido licenciado nos Estados Unidos também, é fácil de achar para ler em inglês, alguns capítulos feitos por scanlators e outros escaneados da própria versão americana. Tem até o volume 14 por aí!

quarta-feira, 5 de março de 2014

T x S

Há alguns autores de quem eu gosto, mas ao mesmo tempo eu implico um monte com eles. Um exemplo disso é a Takatsuki Noboru (ao contrário do que se acreditava, ela é sim uma mulher). Acho a arte dela bonita, os personagens dela costumam ser divertidos e a comédia é sempre presente... Entretanto, ela usa e abusa dos "chibi" e nem sempre as histórias são tão bem desenvolvidas como poderiam e deveriam ser. T x S ou Tough x Smart é um mangá um tanto atípico para ela, levando isso em consideração.

Nessa história, temos dois detetives trabalhando para a polícia na divisão de homicídios. Koga Masataka é estoico e sério, tendo encontrado algumas complicações recentemente na sua vida pessoal e profissional. Ele foi transferido e rebaixado de função, pois se divorciou da filha de um de seus superiores. Já Terajima Ryuiji, apesar de também ter passado por um divórcio, é bem mais aberto com seus sentimentos e, logo no prólogo, já faz esforços para se aproximar de Koga... Pois se apaixonou por ele à primeira vista.

A história do mangá passa por vários casos de homicídios investigados pela dupla. Minha primeira implicância: se vai fazer uma história com elementos de investigação policial e vai escrever diversas cenas dos personagens trabalhando em investigações, então faz direito! Escreva histórias interessantes! Coloque uma pitada de mistério! Faça os personagens se envolverem com os casos! Mas não. Os casos são apresentados bem en passant. Claro que se eu quisesse um mangá com altas investigações eu estaria lendo Meitantei Conan, mas o trabalho deles - que é uma parte importante de suas vidas - é tratado de forma tão superficial que chega a ser bobo. Logo no primeiro capítulo mostra os dois numa cena de crime e, oh, essa moça morreu, que horror, quem será que foi... "Acho que foi um crime passional", chuta Ryuiji. Tipo três páginas depois recebem uma ligação dizendo que o namorado da guria se entregou para a polícia e fim do mistério! Outro caso resolvido! Eba! E vamos ao que interessa: Ryuiji beija Koga! Todos comemoram. Sério, isso realmente acontece. Tão fácil assim!

O relacionamento dos dois logo progride para um relacionamento sexual - com Ryuiji tentando convencer Koga a se apaixonar por ele. Aí começa um grande ponto de disputa e discussão entre os dois: "quem será o uke?". Os dois, por aparência e personalidade, se encaixam no estereótipo de seme dos mangás yaoi, então nenhum deles quer dar o braço a torcer, digamos assim. Meio que nem Docchi mo Docchi. Realmente não dá pra adivinhar qual deles vai ser o uke, ou se talvez esse mangá vai ter um casal reversible... Quem sabe?

  

Em suma, esse mangá tem vários pontos positivos: a comédia, a relação entre os dois protagonistas e como isso se desenvolve, e a arte. Mas também não é uma história lá muito profunda... Na real, é uma historia bem superficial mesmo. Fico feliz da autora não ter apelado para os chibi na história, apesar de ela não ter deixado passar uma oportunidade de usá-los na capa da revista Daria. Vou dar uma nota "6" por enquanto e ver como serão os próximos capítulos.

Em inglês, a tradução é do Shinmakoku. Mais fácil ler nos sites de ler mangá online (o grupo mesmo faz upload) do que tentar entrar na comunidade deles. Eu estou há uns dois anos tentando. 

segunda-feira, 3 de março de 2014

Primeiro capítulo: Renai Moratorium

Eu jurava que Renai Moratorium já estava traduzido há muito tempo, pelo menos em espanhol. Parece que não, acho que confundi com outro dos trabalhos da Mio Junta. De qualquer forma, uma opinião rápida sobre o primeiro capítulo dessa série.

Nessa história, Rei é um ator de filmes pornográfico entediado com sua vida e tal. Certo dia, ele está escapando de suas fangirls e esbarra em um cara muito alto. Ele o usa de escudo para se esconder das fãs e, como agradecimento, lhe dá um DVD (pornográfico). Ainda assim, Rei fica com a impressão de já ter visto aquele cara antes, quebra a cabeça pensando e acaba lembrando que ele era Sasaki Manabu, o presidente do conselho estudantil na época em que estava no ginasial. Ele o procura para recompensá-lo de outra forma (já que,, ele deu um DVD pornô para um ex-colega) e acaba ouvindo de Manabu uma proposta para fazer sexo com ele (que é virgem).

Não é como se esse fosse o melhor mangá do mundo (longe disso), mas é agradável. Não parece que vai se destacar muito por ter personagens interessantes, uma comédia forte ou um romance muito envolvente, mas vamos ver como isso continua...

  

Em suma, personagens que eu já vi em outras histórias e um enredo que não é lá tão original assim... Mas a arte é bonitinha! O Rei é estiloso! O Manabu é fofo! Quero ver isso onde está indo! Nota "6"!

A tradução em inglês foi feita pelo Yaoi Otaku Scanlations. Dá para ler online no site deles ou baixar o capítulo, se fizer cadastro no fórum.