quarta-feira, 12 de março de 2014

Koi Tomo

Koi Tomo me lembra muito o primeiro mangá yaoi que eu li em português (Calorie) bem como alguns elementos de um mangá que eu comentei aqui. Isso já aponta que essa história da Kanzaki Takashi não é exatamente a mais original que existe, mas ela, como se diz, deu um toque próprio ao enredo e adicionou alguns pontos de interesse à história.

Temos um grupo de três amigos de infância, sendo que dois deles, Yukie e Kogawa, estão apaixonados por seu amigo, Yamato, que não tem nem idéia desses sentimentos. Os dois aliviam seus desejos sexuais ficando juntos e se masturbando, mas aos poucos o relacionamento dos dois vai ficando mais sério e complexo, ao ponto de Yamato sentir-se excluído do trio. O elemento comum com Calorie é dois amigos acabarem se aproximando por seus sentimentos por um terceiro e com Paradise Baby, Koi Tomo compartilha esses dois amigos manterem seu relacionamento em absoluto segredo do terceiro amigo (que já imagina que algo possa estar acontecendo). Eventualmente, Yamato descobre o relacionamento de Yukie e Kogawa, pegando-os no flagra. Yukie esperava que Yamato sentisse nojo deles e nunca mais quisesse olhar para a cara deles, mas acaba acontecendo o oposto disso: Yamato quer ser incluído como parte do casal. Interessante, não? No meio desse poliamor, surge Yoshikuni, um colega de Yamato que desenvolve sentimentos por ele.

O mangá encerra com duas oneshots. Eu li esse mangá ontem e já tinha esquecido que ele tinha oneshots, de tão pouco memoráveis que elas são. Não é que sejam ruins, mas é que a história principal é muito mais interessante e inusitada. De qualquer forma, a primeira delas fala sobre Kaji Kiichi, que sempre fica em segundo lugar num tipo de ranking de caras bonitos, perdendo sempre para Hosaka. Ele tem uma aposta com o irmão mais novo desse cara, Hosaka Akira, de ser o escravo dele até ganhar do irmão mais velho. Akira até chega a dar umas dicas para Kiichi de como ser mais popular e, conforme vão se aproximando, Kiichi descobre que Akira tem alguns problemas em casa, tanto com o irmão quanto com os pais. E a segunda fala justo sobre o irmão mais velho de Akira, explorando o relacionamento dele com um colega que namora e transa com qualquer um que disser que o ama. Hosaka fica incomodado com isso e, conforme ele se aproxima de Chisato, vai descobrindo que há um motivo para tal.

Eu gostei muito do Yamato na história principal. Na verdade, tanto o Yukie e o Kogawa são personagens extremamente típicos, mas o Yamato e o Yoshikuni trazem um pouco mais de interesse para a história. Achei legal a história tocar em temas de poliamor, já que as histórias yaoi costumam apresentar casais monogâmicos (e com ciúmes doentio um do outro). Já as oneshots... Bem, elas não são ruins, mas também não têm nada de especial. Não achei nenhuma delas particularmente envolvente, nem achei que abordaram os temas sérios que resolveram tocar de uma forma adequada. 

  

Eu gostei desse mangá de um modo geral... Tenho uma relação de amor e ódio com a arte da Kanzaki Takashi, mas acho que é agradável. Kudos para ela por ter feito um uke atípico nesse mangá. Eu pensei muito em dar uma nota mais alta para esse mangá, mas, se o fizesse, seria puramente por estar enviesado por ter gostado tanto do Yamato. Nota "7" é mais do que suficiente.

Fiquei nostálgico ao ver que a tradução desse mangá foi feita pelo Obsession Scans em inglês. Há quantos anos eles não existem mais... Que saudades!

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