quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Mairunovich

O capítulo traduzido mais recente de Mairunovich acabou num cliffhanger tããããão frustrante que resolvi falar desse mangá pra me ajudar a lidar com o que eu estou sentindo em relação a esse mangá. Eu fui ler esse shoujo, cuja autora se chama Sato Zakuri, com algumas expectativas, que foram imediatamente desmanchadas, mas mesmo assim acabou sendo um mangá bom!

Kinoshita Mairu tem um nome bonitinho e ela sempre pede desculpas por isso, porque ela, na verdade, é feia. Os colegas a chamam de cogumelo venenoso e debocham dela, seu irmão a trata com desdém, e ela não tem nenhuma amiga na escola. Um dia, ela enche o saco desse tratamento e resolve mudar para a melhor. Para isso, ela pede a ajuda de Fuwari-chan, sua vizinha (que é uma transsexual), e do menino mais popular da escola, Kumada Tenyuu, sendo que, na verdade, é ele mesmo quem dá um empurrão para que Mairu mude e aprenda a gostar mais de si mesma.

Mairu quer ser uma menina que os meninos admirem e deseja muito ter um namorado. Nesse mangá, acompanhamos o percurso dela e seus relacionamentos, enquanto ela tenta se tornar feliz e uma pessoa melhor. Por um lado, isso é muito legal. Por outro, a Mairu pode se tornar bastante irritante e fútil em alguns momentos, mas dá pra relevar isso, na minha opinião, quando se considera que ela é uma menina com baixíssima auto-estima e que está aprendendo a lidar com outras pessoas, já que ela mal consegue lidar consigo mesma. Um ponto que eu gosto muito nesse mangá é que, assim como Cat Street ou Cherry Boy, That Girl, a protagonista não fica fixada em um único menino a história toda. Mairu sai com caras diferentes e tenta "seguir em frente", ao invés de ficar sofrendo. Isso nem sempre dá certo, mas ela tenta, pelo menos! Quando eu disse que o que eu esperava desse mangá não foi bem o que aconteceu, foi exatamente em relação a personalidade da Mairu: eu achei que ela ia ser má com os meninos que a maltrataram, mas ela é uma heroína com um bom coração. 

Um aspecto do mangá que eu adorei foi o relacionamento dela com o Tenyuu. Inicialmente, Mairu olha para ele como se ele fosse seu anjo da guarda ou um deus, inclusive o chamando de "mestre", e Tenyuu a trata com pena e tem um certo senso de obrigação com ela, pois foi ele que deu aquele empurrão inicial para que Mairu mudasse. Mas, aos poucos, eles firmam uma verdadeira amizade. Ao contrário de Koukou Debut, em que o relacionamento de Haruna com You começa de forma similar ao de Tenyuu e Mairu e logo desenvolve um romance entre os dois que vai durar os próximos, sei lá, doze volumes do mangá, em Mairunovich, Mairu e Tenyuu, até onde eu li, pelo menos, não têm sentimentos românticos um pelo outro. Os dois são amigos mesmo, o que é legal de ver. Mesmo que por acaso essa história acabe evoluindo para um romance entre os dois, acho que já foi legal esse mangá ter mostrado um menino e uma menina que conseguem ser grandes amigos sem que um tenha um amor não correspondido pelo outro. Aliás, parece que as coisas estão se encaminhando para que Tenyuu tenha um relacionamento com Ayano, uma amiga/rival de Mairu, que é uma das personagens que eu mais gosto nessa história! Apesar de malvada, ela sempre faz rir e volta e meia diz algumas verdades que Mairu precisa ouvir (como sobre como o namorado dela não tem direito de se meter nas amizades dela, que eu acho que foi um grande conselho de amiga... Ai contrario da Fuwari-chan, que disse para a Mairu que o namorado estava certíssimo em exigir isso dela...).

  

Pra mim, esse mangá é nota "9" por enquanto e vamos ver como os próximos volumes vão se desenvolver! Já está finalizado no Japão e as scanlations têm um ritmo constante, então estou ansiosa para ver como vai acabar. Só pelas ilustrações, que são uma gracinha, já vale a pena ler. Eu adoro as capas desse mangá! Apesar de ser um shoujo e ter vários exageros/clichês desse gênero de mangás, Mairunovich é um mangá com uma sensação bastante real e personagens bastante humanos e complexos. Por isso, acho que vale muito à pena ler!

Os grupos HaruHime e Matteiru Scans trabalham nesse projeto em inglês.

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