Muita gente considera que Dengeki Daisy é overrated, ou seja, um mangá que é mais elogiado do que realmente merece. Eu concordo um pouquinho, mas também acho que os mangás shoujo são tão marcados por terem tantos mangás ruins que, quando surge algo como esse, as pessoas piram! É um trabalho de Motomi Kyousuke que, ao contrário do que se acreditava, é uma autora, e não um autor.
Kurebayashi Teru é uma estudante do colegial que é órfã e encontra dificuldades financeiras, estudando como bolsista em uma escola de prestígio. Seu irmão, que faleceu há pouco tempo, lhe deixou o contato de uma pessoa que lhe ajudaria no que precisasse e lhe faria companhia. Assim, ela passa a trocar mensagens de celular com Daisy, uma figura misteriosa cuja identidade real ela não conhece. Apesar dos tempos difíceis, Teru segue otimista com o encorajamento que Daisy lhe dá. Mesmo agora que está servindo como escrava do zelador da escola, Kurosaki Tasuku, por ter quebrado uma vidraça.
É óbvio desde o ínicio que Kurosaki é Daisy. Não é spoiler nenhum dizer isso, porque realmente é muito óbvio. Durante boa parte do mangá, a grande curiosidade é como Teru irá descobrir a identidade de Daisy. Por mais que ela desconfie e deseje que Kurosaki, alguém que, por mais que seja malvado, também está sempre lhe ajudando, seja Daisy, ela não tem certeza. E, pior, para complicar mais ainda, Teru eventualmente descobre a identidade de Daisy, mas resolve ficar quieta para não destruir a sua relação atual com ele. Aí a tensão passa a ser quando Kurosaki irá descobrir que Teru descobriu a identidade de Daisy! Complicado? Não o suficiente, a história é mais complexa ainda.
Daisy também é um infame hacker, que foi envolvido em um assassinato e na criação de um vírus que coloca em risco os sistemas de segurança governamentais. O passado de Kurosaki está constantemente o assombrando, bem como a culpa de se sentir responsável pela morte do irmão de Teru e de um professor seu. Gente, esse mangá é tão interessante que eu não vou nem mais explicar nada. Leiam! As explicações são bem complexas e dá para ver que a autora realmente planejou bem sua trama.
A arte é uma questão de se acostumar. Eu gosto do estilo, mas há gente que reclama por aí. Também acho interessante o quanto a Teru é forte, inteligente e imprevisível. Ela não é boca-aberta como a maior parte das heroínas indefesas que os mangás shoujo geralmente têm. Na verdade, a Teru aprende com os próprios erros e é muito esperta. Eu estou morrendo de curiosidade para ler os últimos capítulos e aguardo ansiosamente a tradução! Vou dar nota "10", porque, né, esse é um dos melhores shoujo que há por aí.
Tantos grupos estiveram envolvidos na tradução desse mangá para o inglês que nem vou listá-los. Para ilustrar o post, utilizei a tradução para o espanhol do grupo Hoshi no Fansub.
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