quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Kayashimashi no Yuuga na Seikatsu

Eu queria ler esse mangá há muito tempo, mas nunca juntei motivação o suficiente para sentar e ler. Hoje eu tinha de matar tempo no estágio e resolvi aproveitar para ler. Kayashimashi no Yuuga na Seikatsu é um mangá sobre o qual eu não tinha expectativa alguma, então resolvi ler de coração aberto.

Esses mangás com uma autora e uma artista/desenhista costumam ou ser muito bons ou serem muito ruins, sem meio termo. Às vezes, a história não combina com a arte, parecendo que não há uma conexão entre os dois. Não é isso o que ocorre aqui, pois a arte de Mamahara Ellie combina perfeitamente com a história narrada por Tono Haruhi. Eu não sou muito fã de nenhuma das duas, mas admito que a combinação das duas nesse mangá deu certo.

Bem, qual é a história afinal? Como o título já diz, a série acompanha a vida graciosa de Kayashima Sumito. Ele é um rapaz rico, mimado e preguiçoso, que passa seus dias em festas e gastando a fortuna que herdou de seus pais em antiguidades e livros (que não lê). Sua rotina e interesses são gerenciados por seu secretário Koizumi, que, na verdade, serve mais como uma companhia com que Sumito possa conversar. Essa é a imagem que Kayashima passa, mas, à noite, ele se revela uma pessoa bastante diferente, que tem encontros secretos com seu jardineiro, .

Uma coisa que me incomodou nesse mangá foi a caracterização do cenário. Olhando a capa e as primeiras páginas da história fazem pensar que se trata de um mangá "de época", mas na verdade a história se passa nos dias de hoje. O "setting" é meio confuso, mas isso é uma tendência de mangás e filmes que falam de pessoas ricas, por alguma razão.

A arte não é das minhas favoritas. Não tenho nada em particular contra o estilo dessa autora, mas não é muito do meu gosto. Não que seja ruim - como eu já disse, combina com a história. O ritmo parece adequado, passando a sensação ao leitor de um observador dessa "vida graciosa". Os personagens, por outro lado, podiam ter sido melhor explorados e desenvolvidos. Parece que alguns deles não tem personalidade o suficiente para integrarem uma boa história.

  

Fiquei aqui pensando e, por mais que eu tenha reclamado, esse mangá não é uma má história. Ela tem os seus méritos. Eu costumo dizer que sou ambivalente: em algumas histórias, não gosto de personagens inexpressivos, mas em outras os adoro. Essa foi uma em que eu não gostei tanto assim da personalidade indiferente do Sumito, mas também não desgostei. Eu estou bastante na dúvida em como categorizar essa série. Vou dar um "8", mas posso me arrepender e mudar para um sete uma hora dessas.

Não sei se esse mangá foi traduzido para o português, ou se há planos de que seja, mas, em inglês, é traduzido pelo Dangerous Pleasure.

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