Ok, eu sou muito suspeito para falar desse mangá, porque eu recentemente o traduzi para o BLScanlations. De qualquer forma, eu não curti muito Renai Kaizou no Susume. Tinha algumas histórias legais, outras meia-boca... Não é que seja um mangá ruim, mas é que a Imai Kuramako também não fez nada de especial.
São seis oneshots. A primeira delas é a da capa. Kyouichi é colocado pelo professor para fazer um trabalho em dupla com Hitomi, um cara esquisito, quietão e cabeludo. Apesar de não estar muito feliz com a ideia eles acabam se dando bem e Kyouichi decide melhorar a aparência de Hitomi, porque não gosta de ver que os outros o julgam só por isso. Já a segunda fala sobre dois amigos de infância, sendo que um deles, Touta, é ridiculamente azarado. Kei, por conta disso, toma conta dele e o ajuda em tudo que é possível. Seu mais novo objetivo é ajudar o amigo a arranjar uma namorada. Essas foram duas histórias divertidas, bem legais. Não são lá muito inovadoras ou maravilhosas, mas foram boas.
As próximas duas histórias tratam sobre os mesmos personagens. Nao é um menino muito esperto para sua idade (ele está na pré-escola) e tem Kazuma como seu melhor amigo. Eles adoram os seus professores Mizuno e Kurada. Nao acaba notando que Mizuno-sensei faz uma expressão especial quando está junto de Kurada-sensei. Essa história é seguida por um capítulo que se passa uns dez anos no futuro. Já essas foram muito bonitinhas, mas deixaram a sensação de ter algo faltando. Acho que eu teria gostado bem menos se não tivesse esse capítulo nos dez anos no futuro.
Aí vem a história de que eu não gostei. Takashima, um cara entediado e sem objetivo na vida, salva uma pessoa de ser estuprada. Pois é, essa pessoa é um homem mais velho que ele. Ele resolve sacanear o cara, inicialmente pensando em extorquir dinheiro pelo salvamento, mas acaba optando por estuprá-lo ele mesmo (claro, senão não seria um mangá yaoi). O desenvolvimento dessa história é confuso e os personagens não fazem o menor sentido. Não há declarações de amor, juras ou pensamentos românticos. Além disso, o Kazuyuki (o cara que ele pseudo-salvou) é capacho. Cara, já tem mangás o suficiente com ukes capacho sem personalidade. Não entendo a existência de uma oneshot tão ruim junto de outras tão boas. Eu traduzia e pensava que iria ficar melhor, que iria fazer sentido... Mas não.
Eu já estava irritado com o mangá, mas a próxima história me ganhou de novo. Sakaguchi é um estudante que curte tirar fotografias e fazer filmes curtos. Ohara assistiu um desses curta-metragens e ficou fascinado. De uma forma meio rápida e avassaladora, eles acabam juntos. Ohara se declara e o Sakaguchi concorda, apesar de não sentir o mesmo. Aos poucos, porém, ele vai gostando cada vez mais de Ohara e passa a querer mostrar o quanto o ama também. Essa foi a história de que eu mais gostei. Achei os diálogos e o personagem do Sakaguchi muito divertidos.
De uma forma geral, é um mangá divertido. Tirando a penúltima oneshot, seria um mangá "muito bom". Com a presença dela, vou dar uma nota "7" para esse mangá. A arte da Imai-sensei contribuiu muito para que eu gostasse das outras histórias, sobretudo da última. Além disso, nos extras, ela tem um capítulo em que ela comenta o "gekokujou", que é quando um subordinado consegue, de alguma forma, oprimir, intimidar ou dominar um superior. É interessante ver a visão dessa autora sobre esse tema e me atrevo a dizer que qualquer um dos exemplos que ela usou para ilustrar o que seria o gekokujou daria uma melhor história do que o penúltimo capítulo de Renai Kaizou no Susume.
Podem encontrar o primeiro capítulo, e logo os outros, no BLScanlations em português. Em inglês, é possível encontrar até o capítulo 3 traduzido pelo Eternal Dream.
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