quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Heroine Shikkaku

Quando você lê uma quantidade considerável de mangá como eu li, fica fácil prever as histórias, os desfechos e as ações das personagens. Por isso, mangás com protagonistas atípicos como Heroine Shikkaku me deixam feliz. É de autoria de Koda Momoko, uma autora de quem nunca ouvi falar.

Matsuzaki Hatori é amiga de infância de Terasaka Rita, jurando que sempre iria protegê-lo. Com o tempo, ela se apaixonou por ele e decidiu que ela seria a heroína de uma bela história de amor ao lado de Rita. Mesmo que ele saia frequentemente com várias garotas, Hatori não está preocupada, pois ela é a heroína "por direito" de Rita. O problema é que Rita começa a namorar com Adachi seriamente. Para a infelicidade de Hatori, Adachi é uma heroína muito melhor do que ela. Hatori se torna, então, uma heroína vilanesca para competir com Adachi pelos sentimentos de Rita.

Por mais que eu tenha achado a proposta e o enredo interessantes, ler esse mangá foi um teste de paciência para mim. A Hatori é uma protagonista única, diferente, interessante? Sim, claro. Mas ela também é beeeem chatinha. A obsessão dela pelo Rita é em níveis absurdos, ao ponto de ela não ter interesses, sonhos e objetivos além do Rita. Ela se descreve como uma "heroína malvada" (em oposição à Adachi, que é a "heroína bondosa") e realmente age como uma... Como bônus, sendo chorona e egoísta. Ainda bem que a Nakajima, quem ela descreve como coadjuvante, para dar uns reality checks nela.

Além disso, eu não gostei do desenvolvimento do romance. Eu me peguei torcendo para o Hiromitsu, que é o tipo de babaca que eu não gosto em shoujo. Pelo simples fato de ele e da Hatori terem interagido bastante e desenvolvido um relacionamento ao longo da história. A Hatori e o Rita tem um relacionamento próximo, mas cheio de idas e vindas. Na verdade, eu diria que o Rita faz a Hatori de ioiô: ele a afasta dele, a impede de seguir em frente, diz coisas ambíguas, diz para ela que nunca irá amá-la, dá um beijo nela... Tudo bem que nem ele se entende. Mas ele foi um personagem que me deixou cansado. A Hatori pode ser chatinha, mas o Rita é um legítimo mala.

  

A arte é bonita e agradável na maior parte, com a autora mudando seu estilo de ilustrar em diversos momentos, com fins cômicos. Afinal, esse mangá é voltado para a comédia. Há alguns personagens legais, como a Nakajima, que eu já citei, apesar da protagonista ser meio chata às vezes e, em outros momentos, o humor acaba deixando-a mais suportável. Vou dar nota "7", levando em consideração que eu sou implicante e não gostei do final.

A tradução em inglês foi feita pelos grupos Anime-tion Scanlation, Autumn Scans e 200 wpm. 

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