quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Sekaiichi Hatsukoi

Eu vi que o Boys Love Scanlations está fazendo uma enquete de Sekaiichi Hatsukoi versus Junjou Romantica, já que ambos são séries famosas pela mesma autora, Nakamura Shungiku, e volta e meia os fãs debatem qual é a melhor das duas. Eu sempre achei que gostava mais de Junjou Romantica, mas resolvi ler Sekaiichi Hatsukoi (eu só tinha assistido ao anime) para me ajudar a decidir minha resposta para enquete!

Sekaiichi Hatsukoi, assim como Junjou Romantica, se divide em diferentes casais que estão todos mais ou menos relacionados por algum motivo. Onodera Ritsu no Baai é a história principal. Nela, Onodera Ritsu inicia a trabalhar como editor numa companhia. Apesar de ele adorar literatura e ter experiência prévia trabalhando com literatura, ele é colocado na divisão de mangá shoujo da companhia, a revista Emerald. Lá seu chefe é Takano Masamune, um cara excêntrico, mas muito competente. Não demora muito para Ritsu descobrir que Takano antes tinha como sobrenome Saga e que foi seu primeiro amor nos tempos de escola. Takano está determinado a fazer Ritsu se apaixonar por ele de novo, pois o relacionamento dos dois acabou em função de um mal entendido.

Apesar da história deles ser mais interessante e um pouco mais movimentada, os dois são realmente o equivalente do Misaki e do Akihito: super-ultra-mega enrolados. Ritsu é um grande tsundere, então ele, apesar de desde o primeiro capítulo demonstrar estar apaixonado pelo Takano, demora para caramba para começar a entender seus sentimentos. Aceitar seus próprios sentimentos e agir como um adulto e colocá-los para fora, entretanto, são outros quinhentos. E a história segue se enrolando! Eu gosto muito de quando a autora inclui flashbacks dos tempos de escola, porque ajudam a entender melhor o Takano e os seus sentimentos pelo Ritsu, porque o Ritsu tem uma memória extremamente seletiva e pouco confiável no que se refere ao Takano...

  

Também há outro casal na história Kisa Shouta no Baai. Kisa Shouta é colega de Takano e Ritsu na mesma companhia. Ele nunca teve um relacionamento sério na vida, especialmente porque ele só se interessa pela aparência dos caras e fica satisfeito em só ficar com eles uma só noite. Kisa admira o funcionário de uma livraria, Yukina Kou, por causa de seu rosto bonito e personalidade gentil. Por não ter experiência no amor e ter uma auto-estima baixíssima, ele nem consegue acreditar quando Yukina o chama para tomar café e inclusive o beija. A história dos dois é bonitinha, mas acaba sendo atrapalhada pela própria personalidade insegura de Kisa e pela dificuldade que os dois têm em ficar juntos, devido às longas horas de trabalho de Kisa. Muitas resenhas comparam os dois ao casal Junjou Terrorist de Junjou Romantica (Miyagi e Shinobu, ou seja) em função da significativa diferença de idade, mas eu acho que os dois são similares ao estado atual do relacionamento do Nowaki com o Kamijou: estar juntos é um grande desafio para eles, com suas agendas corridas.

De um modo geral, Kisa e Yukina são o meu segundo casal favorito nesse mangá. Ambos são personagens simpáticos e a história deles segue progredindo de um jeito natural, ainda que tenha suas recaídas (por culpa do Kisa e de sua baixa auto-estima...). Porém, na minha cabeça, eles são a versão equivalente de Egoist... e eu prefiro infinitamente o Nowaki e o Kamijou, até porque o relacionamento deles já teve tempo para amadurecer. Por isso, eu acho que Kisa e Yukina, com o tempo, vão ficar ainda mais legais.

  

Eu fiquei confusa em relação ao terceiro casal que eu lembrava vagamente de ter visto no anime... No fim, é apenas que eles são um casal mais prevalente nas novels, como o Yokozawa, com o título Yoshino Chiaki no Baai e que alguns scanlators decidiram não traduzir a história deles em função de algumas temáticas dubcon e noncon (ou seja, sexo não consensual. O que também é uma trope bem prevalente na história do Takano e do Ritsu, diga-se de passagem). Resolvi dar uma olhada para formar minha própria opinião sobre o assunto, mas... No caso, como essa história é contada primariamente na novel, os capítulos em mangá sobre esse casal não têm nada demais: Hatori Yoshiyuki, um editor, é apaixonado desde os tempos de escola por seu amigo Yoshino Chiaki, que trabalha como mangaka. Esses capítulos são curtinhos e falam vagamente da relação dos dois. Pelo que eu vi, as questões mais complicadas desse relacionamento são tratadas na novel e no anime, sendo que eu não li (nem vou ler) a novel e não lembro direito do anime (vou dar uma olhada). Por isso, não tenho uma opinião formada sobre eles, mas, de qualquer forma, a história não me interessou muito.

  

Yokozawa Takafumi no Baai é a melhor história de todas que fazem parte do universo de Sekaiichi Hatsukoi. Eu li as novels e vi o filme. Simplesmente amo o relacionamento do Yokozawa Takafumi com o Kirishima Zen e sua filha fofíssima, a Hiyori. Yokozawa aparece bastante na história do Ritsu, já que ele é amigo do Takano desde a faculdade e acompanhou o quanto ele ficou arrasado por ter terminado com o Ritsu. Além disso, os dois tiveram um relacionamento breve durante a faculdade e Yokozawa segue apaixonado por ele desde então. Ele acaba se relacionando, meio por acaso (e meio por chantagem, com Kirishima Zen, o editor de uma revista na mesma companhia que ele (e os outros personagens) trabalha. O que eu mais gosto na novel é que ela é contada pelo ponto de vista do Yokozawa que, sem dúvida, é o personagem mais interessante de todos. Eu já gostava dele na história do Ritsu (pelo simples fato de ele ser mais interessante que o Ritsu) e com certeza a visão dele fez com que eu me apaixonasse por ele!

Claro, isso não significa que o Kirishima seja menos interessante. Ele é muito legal também, sobretudo pelo papel que ele e sua filhinha têm em ajudar o Yokozawa a seguir em frente e começar a investir em um novo relacionamento. A relação do Yokozawa com a Hiyori também é algo muito legal nessa história. Eu acho engraçado que o Chiaki e o Hatori sejam o casal apelidado de "Domestica", porque, definitivamente, o Yokozawa e o Kirishima têm um ar mais doméstico e caseiro em sua história. Eu confesso que não sou muito fã da Nakamura Shungiku em geral, porque os personagens dela nunca se desenvolvem tanto quanto poderiam e acabam sendo estereótipos... Com exceções. Yokozawa e Kirishima são as exceções aqui.

  

Nossa, esse post ficou gigantesco! Tenho medo de como vai ser se eu resolver escrever sobre Junjou Romantica (o que é improvável, porque eu reli há pouco tempo e vai demorar até eu querer reler). Desculpa pela prolixidade, mas como esse mangá tem histórias diferentes, eu resolvi comentá-las em separado. A nota geral que eu sinto por esse mangá é "8", porque acabou que Yokozawa tem um peso grande pra mim, apesar dos meus problemas com Onodera Ritsu e minha indiferença em relação a Yoshino Chiaki.

A tradução em inglês foi feita pelo September Scanlations, Dangerous Pleasure, It's Daletos e Tears and Rainbow.

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