Não quero me gabar, mas, como uma fujoshi de carteirinha, eu tenho várias leituras pervertidas no meu histórico. Mas acho que conseguiria afirmar que, com certeza, boa parte dos mangás mais pervos que eu já li são da Psyche Delico. Mas mesmo assim Fuuzokugurui Desu ga Toshishita Danshi ni Kokuraremashita conseguiu me deixar sem fôlego e fazer meu nariz sangrar (metaforicamente).
A primeira história é sobre Azuma, um funcionário de uma livraria e um cara aparentemente normal e muito simpático. Na verdade, ele é viciado em serviços sexuais, visitando prostitutas, bordéis e coisas do tipo todos os dias. Mesmo assim, ele recebe uma declaração de amor de Ikeda Tooru, um colega de trabalho dez anos mais novo, que é tão sério, frio e sem expressão que recebeu o apelido Robo-kun. Azuma inicialmente recusa a confissão (afinal, ele gosta de prostitutas e de coisas pervertidas demais!), mas acaba decidindo dar uma chance para Robo-kun, porque ele, por baixo de toda a frieza e calma, parece ser uma gracinha. Por sua vez, Robo-kun começa a estudar todos os tipos de safadeza possível, se esforçando para agradar Azuma, que já experimentou tudo que se há para experimentar em termos de sexo, o suficiente para que ele pare de frequentar bordeis. Talvez não pareça descrevendo a história assim (eu sou terrível com as palavras ''orz), mas essa história, apesar de extremamente pervertida, é bonitinha. Desde os títulos dos capítulos ("Eu sou um viciado em sexo, mas recebi uma confissão de um cara mais novo", "Eu sou um estudante, mas me apaixonei por um cara mais velho viciado em sexo", e assim por diante!) até a mudança de ponto de vista entre os personagens, que nos permite entender um pouco mais o que eles estão pensando, especialmente o Robo-kun, já que é difícil de ler as expressões (ou falta de) dele.
A próxima história se chama Kuu-san and Me me fez rir um monte! Momoya Subaru, acidentalmente, encosta no ídolo de sua escola, Nishikujou. Isso faz com que Nishikujou tenha uma reação dramática e exagerada sobre como Momoya fez aquilo de propósito como desculpa para poder encostar em seu maravilhoso corpo... E diz que não se importaria de namorar Momoya. Assim, Momoya acaba se envolvendo em todo esse caos, com Nishikujou o tratando como namorado e com as fãs dele o seguindo pela escola querendo tirar fotos. Essa história foi bem engraçada e divertida. Até não parecia ser da Psyche Delico (mais tipo Nagai Saburou ou Nangoku Banana)!
E depois, a última e mais esquisita das histórias, é The Last Person. Matsumae Taichi só gosta de ficar com virgens. Ele trabalha em uma empresa e sempre acaba se esquivando quando seus colegas o convidam para ir em host clubs e soapland. Miura Reiji, o chefe de Taichi, também dá desculpas para não ir nesses lugares, mas no caso dele é porque ele ainda é virgem. Assim, Taichi resolve começar um relacionamento com seu chefe... Um relacionamento no qual ele é extremamente agressivo e violento durante o sexo. Ok, não gostei dessa história. Quem curte esse tipo de coisa talvez até goste, mas eu achei estranha.
Esse é um mangá que eu tenho dificuldades de estipular uma nota numérica. Por que, tipo, o que a nota numérica significa? Em geral, creio eu, uma combinação de fatores que compõem o mangá (arte, história, personagens, diversão...) que nem o pessoal faz quando resenha animes no MyAnimeList. Nesse caso, nota máxima em diversão, safadeza e arte. História e personagens? Não sei... Mas também não é o propósito desse mangá. Então, vou dar nota "9", quase dez. Realmente gostei muuuito de ler. A arte é agradável, os personagens são simpáticos e o enredo das histórias que compõem o mangá é suficientemente interessante. Exceto da última. Por isso não vou dar nota máxima.
A tradução foi feita pelo grupo Yaoi is Life em inglês. Eu li no Batoto.
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