sexta-feira, 29 de março de 2013

Paradise Baby

Esse é o perfeito exemplo de mangá que, quando eu olho a capa, penso sempre: "será que eu li? Conheço a autora, mas será que eu já li esse...?". Sempre. Li hoje pela quarta vez, porque eu não tinha nem idéia sobre o que Paradise Baby tratava, apesar de a autora, Ootsuki Miu, não me ser estranha. Não sei que tipo de bloqueio mental eu tenho, porque sempre esqueço da história desse!

E, o pior, é uma história que eu acho muito boa: Shiroi, finalmente, está junto da pessoa que ama, mas mesmo assim não está completamente tranquilo. Isso acontece porque Sawa, seu namorado, tem um amigo muito, muito próximo chamado Micchan. Shiroi tenta agir de forma madura, sendo mais novo do que os outros dois, mas se sente incomodado toda vez que Sawa convida Micchan para sair junto com eles, sempre que planeja algo para ficarem sozinhos. 

Ootsuki Miu ilustrou muito bem os sentimentos de Shiroi. Dá pra sentir e entender o desespero dele. A necessidade de afirmação e o medo que ele sente. Por isso, a relação dele com o Micchan, como cúmplices e "rivais" (unilateralmente) ao mesmo tempo, é muito bonita. Shiroi reconhece a importância que Micchan tem para Sawa e não quer interferir nisso, mesmo que a proximidade dos dois o acabe magoando. Nas palavras dele, "eu não quero abrir mão do Sawa-san para o Micchan-senpai, mas eu também não quero roubar o Sawa-san do Micchan-senpai". Mais legal do que a história de amor em si são essas relações não-românticas igualmente importantes.

Depois, há dois capítulos que contam a história de Kotera Akira. Certa vez, na escola, ele recebeu uma carta de amor, seus colegas descobriram e foram junto com ele no lugar marcado para a confissão. Chegando lá, quem queria declarar seus sentimentos era um outro menino. Kotera diz que não lembra do rosto do menino, mas que seus colegas riram muito dele por ter se declarado. Anos no futuro, ele relembra esses eventos e acaba descobrindo que esse menino do passado é Azuma Hideomi, um colega de trabalho. Então, ele decide consertar o que aconteceu e ser aberto quanto aos seus sentimentos. O que eu mais gostei nessa história é que Azuma não consegue acreditar em Kotera, depois de ter sofrido tanto sendo alvo de chacota no colégio. Não é fácil convencê-lo e ganhar uma segunda chance.

  

De um modo geral, esse mangá é bom. Não é revolucionário, nem nada, mas tem histórias interessantes. Nota "8", porque eu gostei muito da forma que as relações de amizade foram exploradas na primeira história e da forma que o personagem do Azuma foi construído.

Esse mangá foi traduzido para o inglês pelo grupo Tears and Rainbows. Dei uma olhada e o Yaoi Home o está traduzindo para o português.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Slow Starter

Sempre quando pego um mangá cujo título original é em outra língua que não japonês, fico me perguntando por que diabos a autora o escolheu. No caso de Slow Starter, o título é perfeito e combina perfeitamente com a história. Se foi premeditado ou não (as autoras costumam escolher títulos tão aleatórios para seus mangás), mas Ichikawa Kei acertou em cheio com essa.

Então, como o título indica, esse é um romance de progressão lenta e que tem um início tardio. Achei fantástica a atmosfera tranquila que a autora conseguiu criar nessa história, que se passa, na maior parte, dentro de um trem. Kiyo e Ino são dois rapazes que pegam o mesmo trem para ir para a escola, mas estudam em escolas diferentes. Conforme o tempo passa, todos os dias se vendo dentro do trem, eles começam a perceber mais a presença um do outro, sem nunca se falarem. Certo dia Kiyo adormece no trem e quem o acorda, para avisar que perdeu sua estação, é Ino. Desse momento em diante, começam a se falar sempre e se tornam bons amigos, ambos começando a apreciarem mais e mais esses momentos juntos no trem.

Como se conheceram em um trem e não são colegas, durante vários momentos os dois rapazes se perguntam que liberdades podem tomar e o que é cabível dizer ao outro. Os sentimentos afloram lentamente, fazendo com que fiquem mais ansiosos por se verem e mais decepcionados quando não se encontram no trem. Essa história é muito singela e delicada, sendo que o capítulo extra, que os mostra algum tempo após o colegial, encerra com chave de ouro a história. A minha parte favorita nessa história é quando há a declaração de amor. Em mangás, as declarações de amor podem ser desesperadas, fofas, românicas, tristes... Essa é simplesmente desajeitada! É tão desajeitada que se torna adorável. Os diálogos desse mangá, de um modo geral, são excelentes. 

  

Não que seja parecida em enredo, mas essa história lembra um pouco a atmosfera criada por Takarai Rihito e Tachibana Venio em "Seven Days". Essa sensação sutil, lenta e real. É interessante como os dois protagonistas passam a maior parte da história sem interagir diretamente um com o outro, apenas trocando olhares, e, mesmo quando interagem, não entendem a dimensão de seus sentimentos um pelo outro até o tempo ir passando. Nota "9" para Ichikawa Kei, que conseguiu dar um tom melancólico a esse mangá sem deixá-lo exageradamente dramático. 

Quem o traduziu para o inglês recentemente foi o grupo Moi-xRyu Scanlations. Esse mangá também está na lista de projetos futuros do BL Scanlations

segunda-feira, 25 de março de 2013

Yume Yume Shinjuu

Eu fiquei um bom tempo pensando em como eu poderia sumarizar Yume Yume Shinjuu. A história é mais complexa do que parece ser e os capítulos são curtinhos, sendo que os três que pude ler até agora não revelaram muito da trama. Kojima Lalako é uma mangaka da qual eu gosto muito e que vem ficando mais popular ultimamente, então todos os trabalhos dela que consigo encontrar são muito bem-vindos.

A sensação que eu tive com os capítulos traduzidos que eu li é que eles estão fora de ordem. Em outras palavras, a narrativa dessa história não é linear. De qualquer forma, temos Yuzuru, um menino que não tem lembranças de sua infância antes de sua mãe casar de novo com o pai de Ryosuke. Ele só tem alguns sonhos vagos sobre brincar com outro menino em um santuário. Infelizmente, ele não consegue lembrar quem esse menino é. A vida segue até que ele conhece Takumi, um colega de Ryosuke, que ele identifica como sendo seu amigo de infância e primeiro amor, apesar de não lembrar nitidamente disso. Takumi fica feliz por Yuzuru se lembrar dele e os dois logo se tornam um casal. Ryosuke não aceita isso, pois, além de estar apaixonado por seu "irmão mais velho", tem suas suspeitas a respeito de Takumi. 

Como eu não entendi nada desses capítulos, pois as informações são apresentadas ao leitor de uma forma muito vaga, fui caçar resenhas e outros comentários na internet. Como as scans disponíveis desse mangá estão em chinês, achei que era culpa da tradução, que algumas informações tivessem se perdido... Mas não. O mangá é vago mesmo. Um ponto importante é a sensação desconfortável que o Takumi passa em suas aparições e falas. Estou curioso para ver que tipo de segredo ele esconde em seu passado, porque boa coisa não parece ser. 

A arte é lindinha e bonitinha, como sempre. É Kojima Lalako! Arte fofa é o usual. Por isso, causa estranheza ler um mangá estranho, obscuro, vago e (pelo que li nas resenhas) perturbador ilustrado com um estilo tão adorável. 

  

Não sei que nota dar para essa história... Ela é confusa demais! De qualquer forma, apesar de não ter gostado dos personagens (salvo, talvez, o colega de trabalho do Takumi), a arte é adorável e despertou minha atenção. Nota "8" provisoriamente. Vamos ver o que acontece.

Esse mangá é traduzido pelos grupos SuzakuTheKnight e Hoshi Kuzuu em inglês. Não ouvi nada sobre estar sendo traduzido para outra língua. 

sexta-feira, 22 de março de 2013

Kasa no Shita, Futari

Eu amo, amo, amo a Junko e tudo que ela faz. Esse mangá não é exceção. Eu tenho uma cópia japonesa de Kasa no Shita, Futari e quase morri de felicidade quando foi traduzido para o inglês. Essa história é muito bonita e tocante. Não sei como a Junko consegue escrever esses diálogos e monólogos que simplesmente derretem o meu coração. 

Mio Keisuke é um aluno do colegial que vive uma vida entediante. Ele não consegue manter uma namorada por muito tempo, porque ele nunca se entrega em um relacionamento, não conseguindo se apaixonar e, assim, agradar as garotas. Apesar de ter decidido dar um tempo antes de se envolver romanticamente de novo, ele acaba conhecendo Yugi Kakeru quando tenta roubar (pegar emprestado sem pedir permissão, na verdade) o guarda-chuva dele. Keisuke se sente atraído pelo solitário Yugi e acaba se aproximando dele e de seu grupo de amigos. 

Tem uma certa passagem nessa história que simplesmente me fez derreter: "eu não sabia que era possível se sentir tão solitário depois de dormir com a pessoa que você ama". É interessante como as coisas são complexas nessa história. Nada é resolvido com meia dúzia de palavras ou com um gesto carinhoso. Os sentimentos sentidos pelos personagens dessa história vão muito além disso. Gostei do "time-skip" que houve nessa história, sendo que foi interessante ver como os anos afetaram (ou não) os personagens.

  

De qualquer forma, eu simplesmente amo esse mangá. Não me importa que não faça sentido, eu apenas amo. Por isso, é uma nota "10". Eu tenho um viés gigante, porque eu me identifico com essa história, então é apenas natural que eu goste tanto dela.

Eu achava que só havia sido traduzido para o inglês pelo September Scanlation, mas fiquei feliz ao descobrir com uma rápida pesquisa que um grupo o trouxe para o português. Esse mangá foi completamente traduzido pelo Addictive Pleasure

quarta-feira, 20 de março de 2013

Primeiro capítulo: Sawattemo Ii Kana

Ok, na verdade eu já li esse mangá inteiro e não só o primeiro capítulo. O ponto é que o meu japonês é muito ruim e eu não entendi direito várias coisas, que irei entender agora que estão traduzindo Sawattemo Ii Kana para o inglês. Tenho uma queda - ou melhor, um tombo - pela arte da Matsumoto Miecohouse e amei a capa quando a vi há dois anos, sendo que comprei o mangá em japonês na hora.

Essa história fala sobre Shirou e Masami, dois amigos de infância, no último ano do ginásio, cujos irmãos também são muito amigos. Um dia, quando vão a casa de Masami, acabam vendo seus irmãos em uma situação íntima. Os dois ficam surpresos pelo que vêem, mas Shirou é o mais perturbado. Quando ele conversa com o seu irmão sobre aquilo, recebe como resposta "se contar para alguém, eu te mato e depois me mato". Logo após, quando Masami conversa com seu próprio irmão sobre a situação, tem um outro tipo de resposta, mais tranquila e despreocupada, apoiando a teoria que Masami já havia traçado sobre os irmãos mais velhos estarem apaixonados um pelo outro. Shirou, em contrapartida, fica ansioso perto de Masami e não aceita nem ser tocado por ele. É assim que se encerra o primeiro capítulo.

Na continuidade da história, temos dois "time-skip", um para quando estão no colegial e outro para quando já se encontram na universidade. Durante esse longo período, Shirou se afasta mais e mais de Masami, temendo os sentimentos que sente. Ele chega a arranjar uma namorada para tentar evitar seus sentimentos por seu amigo. Eu fiquei com pena dessa menina, Mako, que vai ficando cada vez mais desesperada por ver que a pessoa que ama só a está usando para reafirmar a própria masculinidade e heterossexualidade. O mais interessante desse mangá é o contraste entre a aceitação dos sentimentos por Shirou e por Masami, porque cada um deles reage de forma diretamente proporcional ao modo que seus irmãos trataram os próprios sentimentos. Além disso, tem o modo como Shirou, apesar de se esforçar para alienar Masami, não o consegue por completo, sempre estando consciente de Masami.

  

Eu gosto muito, muito desse mangá, apesar de não ter entendido completamente a história. Agora que está disponível em uma língua menos "moonspeak", recomendo a todos que o leiam. Nota "10" para a Matsumoto Miecohouse, por ter conseguido escrever uma história dramática, sem ser exagerada e brega.

Como eu propagandeei ao longo do post, esse mangá está sendo traduzido para o inglês pelo grupo Echochi. No caso do português, sei que o BLScanlations o tem como um possível projeto.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Koi ni Tsuite

Mais uma aquisição minha. Comprei simplesmente porque gostei da capa. Até porque se eu tivesse ligado o nome a pessoa, jamais teria comprado um mangá escrito pela Konohara Narise. Não gostei de nenhuma das novels dela. Nunca tinha ouvido falar da ilustradora, Ootake Tomo, então essa compra foi um tiro no escuro. No fim, comprar Koi ni Tsuite foi uma boa idéia. Porque esse é o tipo de mangá que eu gosto e não costuma ser popular o suficiente para que alguém resolva escanear sua cópia ou fazer uma scanlation. Se eu não tivesse comprado, não teria lido.

Asaka é um organizador de casamentos que ama o trabalho que faz. Ele lembra com carinho do primeiro casal para quem organizou o casamento, os Sasagawa, os considerando como um casal perfeito. Mesmo que tenha se atrapalhado durante a organização e, por isso, não tenha ficado satisfeito com algumas coisas, esse casal foi muito gentil com ele. Anos mais tarde, Asaka encontra o senhor Sasagawa de novo, por acaso, e fica feliz de saber que ele ainda está casado. Dessa forma, os dois acabam se aproximando e ficando amigos. Conforme a história se desenvolve, mais é revelado sobre o senhor Sasagawa. Ele é uma pessoa gentil e, apesar de parecer sério, é atrapalhado e sensível. 

A história é muito bem feita e eu não poderia falar mais sobre ela sem dar spoilers demais. Eu adorei a premissa e gostei do desenvolvimento lento, conforme os personagens vão ficando mais próximos e as mudanças no relacionamento deles. Muita gente resenhou esse mangá e criticou a arte. É verdade, a arte é muito simples. Até os vestidos de noiva são simples! Vestidos de noiva! Essas coisas pomposas e espalhafatosas! Apesar disso, a arte combina muito com a história. Um ponto que eu gostei muito, e que a arte ajuda a expressar com fidedignidade, é que os dois personagens são caras normais, que não são especialmente bonitos ou atraem a atenção de muitos rivais amorosos. 

  

Eu gostei desse mangá. Como eu já disse, tenho o hábito de gostar dos mangás que eu compro. Não é uma leitura fácil e leve, sendo que esse deve ser lido lentamente. Não fala sobre triângulos amorosos ou mudanças bruscas de enredo, mas sim de pessoas ordinárias e comuns se apaixonando. Nota "9", porque a história me convenceu, mas eu ainda assim não gostei de alguns detalhes.

Acho que esse mangá não está disponível feito por nenhum scanlator e nunca estará, pois não é o tipo de coisa que tem apelo ao grande público. Ainda assim, pode ser comprado em inglês editado pela Juné, com o título About Love.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Hinatama

Depois de ler os capítulos que o scanlator lançou, já fiquei triste por saber que Hinatama só tem dois volumes e está completo. É uma história bonitinha que não é shounen ai por detalhe. A autora dessa história, Iwaki Soyogo, parece ser mais conhecida no contexto dos doujinshi e esse é um dos poucos mangás dela. Mesmo sendo uma autora nova, é alguém para se ficar de olho: a história é agradável e a arte é boninha.

Amano Hinata é um estudante do colegial que vive uma vida tranquila em uma cidade no interior do Japão. Ele costumava ser o centro das atenções quando era menor, sendo bom nos esportes e um líder nato, mas  acabou perdendo o gosto por isso e atualmente se esforça para não ser notado. Um dia, um estudante é transferido para sua escola, mas Hinata pouco se importa com isso, não fazendo questão de se envolver. Como é uma cidade pequena, eventualmente ele encontra o tal estudante vindo de Tóquio, Kazama Ayato, e os três irmãos mais novos dele, Hayato, Ikuto e Chiyoko. Todos os membros dessa família encontram dificuldades em se adaptarem a uma nova vida e Hinata acaba ajudando-os nisso, diretamente ou não.

Esse é um mangá "slice of life", desses que trata sobre o cotidiano. Então, é óbvio que não há uma grande aventura ou uma história profunda e intrigante. São apenas pessoas vivendo suas vidas. Há muitos que não apreciam o gênero, mas ultimamente tem ficado mais popular (graças a K-ON! talvez?). Eu gosto muito, por isso apreciei essa história boba e tranquila. O humor é agradável e todos os personagens são interessantes, combinando com a arte bem bonitinha.

  

Eu já estou me preparando para me decepcionar, porque esse mangá é bem curto. Não que eu ache que vai ser ruim, mas sinto que o sentimento de "quero mais" vai ficar forte. Por isso, nota "8" para Hinatama.

Em inglês, quem traduz é o grupo Moi-xRyu Scanlations. Acho que ainda não está sendo traduzido para nenhuma outra língua.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Leopard Hakusho

Nunca dei bola pra Ougi Yuzuha e só fui ler os mangás dela porque me recomendaram muito. Li o primeiro volume sem curtir muito, mas resolvi ler o segundo quando vi que o casal mudava. Estava quase desistindo de Leopard Hakusho porque o primeiro capítulo do segundo volume era clichê em cima de clichê... Até que um plot twist ocorre. 

Vamos por partes. O primeiro volume é bem parecido com Finder, só que não é tão interessante. Aya é um host no clube "Leopard", que acredita que dinheiro é a coisa mais importante do mundo. Um dia, um cara chamado Shingyouji aparece com a oferta "eu vou te comprar. Quanto você quer?". Aya pede 10 milhões para ser propriedade do cara por 24h, o que ele não esperava é que esse é só o início. Meu problema com esse mangá é o mesmo problema que tenho com Finder, Okane ga Nai e muitos outros. Abuso, arrogância e objetificação do outro acabam se tornando amor. Shingyouji é o tipo de personagem que eu mais odeio em um mangá. Se fosse só com esse volume, eu daria uma nota bem baixa para essa história, mas temos outro foco no segundo volume.

Rinka trabalha no mesmo clube "Leopard" da primeira história. Ele tem uma visão desapegada em relação a tudo e, aos dezenove anos, também está cansado de sexo. Rinka simplesmente está entediado em relação a tudo. Para completar, ele é forçado a ir para aulas extras para compensar suas faltas na escola e lá ele conhece o professor Yakushiji, um cara muito educado e gentil a primeira vista. Surpreendentemente, esse encontro dá uma movimentada no tédio da vida de Rinka, pois Yakushiji não é nada do que ele parece. Apesar de ser doentia e baseada em violência, essa segunda história é mais interessante, de um ponto de vista de enredo e de desenvolvimento de personagens. A história inteira é sobre controle e dominação

   

Esse mangá está em andamento e eu ouvi falar que outro casal se torna o foco nas próximas edições. Acho que vou dar uma nota "7", porque a primeira história é tosca e clichê, mas a segunda, apesar de esquisita, é interessante.

Leopard Hakusho está sendo traduzido pelo Dangerous Pleasure em inglês. Acho que não foi traduzido para o português, mas acho que está sendo para o espanhol. Lembro de ter visto algo do tipo. 

segunda-feira, 11 de março de 2013

Flutter

Fazia muito, muito tempo que eu queria ler esse mangá. Li o primeiro capítulo e parte do segundo no Google Books há alguns meses, mas finalmente comprei. Hoje chegou de manhã e eu levei para o trabalho, sendo que o li rapidamente enquanto matava um tempo. No geral, eu costumo gostar da Taizen Momoko e essa capa parecia muito interessante, então estava bem ansioso para ler a história de Flutter na íntegra.

Nessa história, temos Asada Masahiro que fica sempre mesmerizado por um cara que sempre vê na rua. A única coisa que sabe é que esse outro homem trabalha na mesma empresa que ele, mas nunca o viu lá ou falou com ele. Pois é, acontece que Asada acabou de ser colocado para trabalhar com o cara que o deixa hipnotizado, que se chama Mizuki Ryousuke, em um projeto. Os dois se aproximam rápido até o ponto que Mizuki, que é gay totalmente fora do armário e aceito por seus colegas, pode afirmar que Asada é seu amigo. Os dois tem uma conexão rápida e intensa, expondo seus pontos negativos um ao outro. Essa história é bonita e triste. É legal ver o modo como a autora descreveu a relação e a conexão entre eles, explorando-a aos poucos.

No afterword, a autora diz que planejava fazer um cenário seme x seme, mas que acabou falhando nisso e acabou com algo como uke x uke. Apesar de nenhum dos dois personagens serem afeminados (como o uke típico costuma ser, infelizmente), eles também não tem tantos traços comuns ao arquétipo do seme. Ainda assim, os dois são personagens interessantes e durante boa parte do mangá, fiquei na dúvida sobre quem assumiria que função no relacionamento, se é que haveria algo assim.

Completamente desnecessário comentar que a arte é bonita, não é? A arte da Taizen Momoko não agrada a todos (vi muitos reclamarem dos rostos angulosos que ela desenha), mas é bastante agradável e típica.

  

Eu tenho o hábito de gostar muito dos mangás que eu compro (só há uma exceção a essa regra e a comentarei aqui uma hora dessas), então por definição gostei muito desse. Os personagens são interessantes e atípicos, sendo que eles deixam a história, que é bem comum (lembra Side Car Seigyohou, só que bem menos perturbador). Para mim é uma nota "10", porque eu realmente amei essa história. Não tenho nada do que reclamar dela, apesar de reconhecer que, talvez, não agrade os outros leitores tanto quando me agradou.

Comprei a edição publicada pela Juné, mas acho que deve ser possível adquirir uma cópia virtual desse mangá. Não sei de ninguém que o esteja traduzindo no momento para qualquer língua. Podem ler as 85  primeiras páginas no Google Books para ter uma idéia se vale a pena adquirir esse mangá. 

sexta-feira, 8 de março de 2013

Orutana

Mais um que eu sou suspeito para falar, porque acabei de traduzi-lo esses dias. Eu li esse mangá há algum tempo, pois estava interessado em outro da autora (Sakura ni Aitara) e queria saber se valia a pena comprar. A Furutsuji Kikka não tem uma arte com "beleza óbvia". É um estilo diferente que requer que o leitor se acostume com ele primeiro, para, então, aprecia-lo. Creio que isso já fica claro logo na capa de Orutana.

Sasaoka Miki é um freeter (pessoa que tem vários empregos de meio-período/temporários) que tem como melhor amigo desde a infância Takeo Keisuke. Embora Miki seja gay e esconda seus reais sentimentos pelo amigo, Keisuke não tem interesse por homens e age sem preconceitos para com Miki. A situação dos dois está estável, com Keisuke frequentemente vindo dormir na casa do amigo, quando entra na história Chiba Kouhei. Esse rapaz é um universitário que ocasionalmente canta em uma banda, sendo que Keisuke se apaixona por ele, especialmente por sua voz. Como a DMG bem colocou, "Miki decide que se ele não pode ter Keisuke, ninguém poderá! Então começa um jogo de manipulação e enganação". 

Eu adoro essa história, não é a toa que a escolhi para traduzir. Admito que ela tem seus problemas, mas de um modo geral a atmosfera da história é muito legal. Em todos os momentos, a sensação que há é de um "equilíbrio tenso", pois nenhum dos personagens está completamente satisfeito com sua situação. Alguns podem reclamar que a arte é estática e simples, o que não me incomoda muito, ou que a história é um tanto parada, o que pode até ser verdade porque os acontecimentos são sutis. Isso combina com as manipulações e mentiras que são traçadas ao longo da trama.

  

Como eu disse, adoro essa história. Reconheço que não é perfeita e que há vários aspectos que podem incomodar o leitor que não mergulhar na atmosfera que é traçada. Por isso, atribuirei uma nota "9".

O grupo Moon In a Box traduziu essa história há algum tempo. Também pode ser comprada em inglês no site da Digital Manga Guild. Se preferir em português, o BLScanlations está trabalhando nisso!

quarta-feira, 6 de março de 2013

Docchi mo Docchi

Chegou hoje e eu li em uma sentada. Fiquei surpreso, porque o volume é mais fininho que os outros mangás importados que eu tenho. É uma história de Hiiragi Nozomu, de quem eu só tinha lido uma oneshot antes de comprar esse mangá. A capa e o sumário me chamaram muito a atenção e, por isso, acabei comprando Docchi mo Docchi junto com alguns outros. 

Esse mangá atende por Same Difference em inglês e sua história principal pode ser definida como "uma batalha de semes". Lembra, de certa forma, Puchitto Hajiketa,. Só que não tão interessante. Um pouco acho que foi a arte. A arte dessa autora é... Peculiar. Demora até se acostumar com ela e apreciá-la, quando isso ocorre - puf! - a história acabou. O humor é interessante, mas não tão eficiente quanto outros mangás que trazem o cenário "seme x seme". Não é uma história ruim, friso isso, mas também deixou a desejar em vários aspectos. A autora resolveu encerrar a história bem quando ela ficou interessante! Para, então, completar o volume com uma oneshot meia boca. Ok. Parei de reclamar. Deixa eu resumir essas histórias, então.

A primeira delas se passa em um ambiente de executivos, em torres comerciais, sendo que aí encontramos dois que são o objeto de desejo de todas as garotas da corporação. Ozaki é conhecido por seus "feromônios irresistíveis" e dizem que ele faz com que qualquer garota engravide só com um olhar. Já Tsuburaya é bonito, polido, nobre e muitíssimo inteligente. Quando os dois se encontram e acabam na cama junto, a grande batalha para quem está por cima começa. A partir disso, muito caos e comédia começam. Já a outra história é uma oneshot breve e bobinha. Uta é um rapaz que adora moda e acaba conhecendo os gêmeos Kai e Nao. Apesar do primeiro ser muito amigável e ter logo ficado próximo de Uta, Nao é sério e parece não gostar dessa aproximação. Quando Kai conta para Uta que Nao é gay, Uta chega a conclusão que iria para a cama com ele na boa... É. Simples assim. Uma pitada de ciúmes e outra de conflito, mas é super-simples.

  

Como eu disse, não achei a história ruim. Não sinto que desperdicei meus doze dólares, mas senti que podia ser  bem melhor do que é. De qualquer forma, tenho uma queda por esses cenários "seme x seme" e de briga pelo controle/poder, então essa história ganha um "8".

Eu sei que o Sukinime começou a traduzir essa história para o português, mas esse mangá também pode ser comprado facilmente em inglês, editado pela Juné

segunda-feira, 4 de março de 2013

Primeiro capítulo: Moshi Koi da Toshite

Estou instituindo uma nova categoria nesse blog: os posts de "primeiro capítulo". Tipo os de "primeiras impressões" que os blogs que resenham animes fazem. Vou comentar sobre uma série que a recém começou a ser publicada ou traduzida. Começaremos por Moshi Koi da Toshite - Sayonara, Itoshi no My Friend. Li outro trabalho dessa autora, Enzou, mas mal me recordo dele. Vou reler em breve, provavelmente.

Nesse primeiro capítulo, somos apresentados a Haga Makoto, que parece ser simplesmente perfeito. Ele é sério, eficiente e tranquilo, obtendo assim o respeito de seus colegas de trabalho. Ele é o perfeito oposto de Mizusawa, que é distraído e atrapalhado. Como se bem diz, opostos se atraem e Mizusawa declara seu amor para Makoto, que aceita os sentimentos. Os dois começam a namorar a partir disso. Logo no início da história, vemos que Makoto não se considera ou é considerado tão perfeito assim dentro de sua família, sempre vivendo à sombra de seu irmão.

Não tenho muito o que opinar, além de que essa história parece promissora. Dependendo do modo que a autora desenvolvê-la, será uma boa opção de leitura. Makoto é um personagem bastante interessante e complexo, enquanto Mizusawa parece ser completamente raso. Só resta imaginar como que essa história vai se aproveitar dessas diferenças.

Essa história de nome comprido tem uma arte bem agradável, sendo que o modo que a autora desenha as expressões faciais é muito bonito. Gostei muito do modo que ela coloriu as primeiras páginas. É um estilo simples, mas agradável de ver. Em suma, é uma história desenhada muito bem, de um modo que provavelmente agradará os leitores.

  

Dessa forma, vou atribuir nota "8" porque parece muito promissor. Quando estiver completo, poderei afirmar de fato que nota eu considero que essa história merece. Por enquanto, é uma história muito boa e instigante.

O único grupo que traduziu, por enquanto, foi o Yaoi Is Life para o inglês. Acho que não está disponível em outro idioma, salvo o chinês. 

sexta-feira, 1 de março de 2013

La Satanica

Estava no notebook no meu estágio e pedi uma sugestão de mangá para uma colega. Ela disse "qualquer coisa da Tenzen Momoko". E eu: "sim, ótimo, qualquer coisa... Mas o que especificamente". Ela me lançou um olhar de desaprovação por cima do manual que estava lendo e disse "La Satanica". Eu jurava que já tinha lido esse, mas após reler cheguei a conclusão que nunca o li ou que o esqueci completamente.

Pensei, pensei e pensei, mas não consegui sumarizar muito bem essa história. Irei tentar, de qualquer forma. Matsushima é um aluno do colegial muito popular com as garotas, mas que tem uma pessoa misteriosa por quem ele é apaixonado. Ele tenta mudar seu comportamento (deixa seu cabelo crescer, para de fumar, etc) por causa dos comentários dessa pessoa, enquanto tenta reunir coragem para se declarar. Essa "pessoa" nada mais é do que Mashita, seu melhor amigo. Apesar de Matsushima achar que está mantendo seus sentimentos em segredo, na verdade Mashita já se deu conta disso e, inclusive, age de forma insinuante.

Nessa história temos um uke nem um pouco afeminado, o que sempre é um grande atrativo para mim, e um seme "cachorrinho" sendo comparado com um pelos próprios personagens da história. Gostei muito dos dois protagonistas de um modo geral. A história é simples, mas é uma fórmula que tende a funcionar em mangás. Não sei se é um ponto positivo, porém os conflitos se resolvem relativamente rápido e, nos últimos capítulos, esse mangá é pura alegria com aquele clima de lua-de-mel.

  

Apesar de ter vários elementos que eu gosto, essa história, de um modo geral, é exageradamente simples. Tudo se resolve rápido demais e é só felicidade de aí em diante. Não que eu não goste de conhecer mais sobre a rotina dos personagens e o quanto estão felizes juntos, mas acho que ficou um tanto repetitivo. Por isso, estou dando uma nota "8" para essa história.

Em inglês, foi traduzido pelo Attractive Fascinante. Acho que deve ser fácil de encontrar. Não esqueçam que também está disponível em português pelo Sukinime. Além do manga (1 volume), há também um doujinshi extra que é bem bonitinho.