sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Bokura no Kiseki

Gostei? Sim. Mas Bokura no Kiseki é um daqueles mangás que dá um nó no cérebro de tão exageradamente complicado que é. A premissa é interessantíssima, mas Kumeta Natsuo podia ter sido mais amigável com o leitor!

Desde muito cedo, Minami Harusumi tem sonhos sobre Veronica, uma princesa cujo reino está a beira da destruição. Ele acredita que esses sonhos são, na verdade, memórias de sua vida passada e que, portanto, ele seria a reencarnação da princesa. Por causa disso, ele é ridicularizado e marginalizado por seus colegas. Depois de um certo incidente na escola, ele acaba descobrindo que sua vida passada não é fantasia, mas sim a verdade. Ele descobre poder usar magia e os colegas de aula que duvidavam dele acabam, aos poucos, recuperando memórias do passado e percebendo que também são reencarnações das pessoas que lutaram na batalha final no reino da princesa Veronica. Logo, alguns dos colegas de Harusumi eram seus aliados no passado, mas outros eram os agressores que atacavam seu reino. O grande mistério desse mangá é descobrir quem é o príncipe Eugene, com quem a princesa Veronica era casada, pois ele parece ser a grande chave para descobrir as motivações da guerra que levou as vidas passadas de todos os personagens à morte. 

Apesar de eu achar a trama brilhante, imprevisível e interessante, Bokura no Kiseki é sempre uma enxurrada de informações. Há mil coisas acontecendo ao mesmo tempo, mil personagens com diversas motivações dizendo e mentindo várias coisas, mil monólogos explicando as coisas e especulando sobre o passado, mil flashbacks indo e voltando, e cada personagem, ainda por cima, possui dois nomes e duas aparências - seu passado e seu presente! Assim, o mangá é muito confuso e precisa ser lido sempre com muita atenção... O que é meio difícil, porque esse mangá é longo, não parece nem estar perto do fim, e sai um capítulo novo a cada dois meses! 

Mesmo sendo categorizado como um mangá romântico, eu diria que o romance é só uma das várias tramas dessa história, mas mesmo assim é interessante. Como os personagens são tanto seu passado como seu futuro ao mesmo tempo, Harusumi era Veronica e sua atual namorada, Takao Haruko, costumava ser a guarda-costas da princesa, Rida. Outros personagens importantes são Hiroki Yuu, uma menina que diz ser Bart, um dos escudeiros em sua vida anterior; Ootomo Tatsuya que era Carlo, um importante membro da Igreja; e Zeze Ryou, o único desses alunos que decidiu que não quer saber quem ele foi na vida passada, apesar de ajudar os colegas que estão tentando recuperar as memórias. 

  

Eu gosto desse mangá e acho que é uma história bastante imprevisível, que dá seus toques de originalidade a um enredo que podia ser clichê e bem mais simples do que é. Provavelmente, eu iria gostar mais desse mangá se a história andasse um pouco mais rápido, mas, ao mesmo tempo, a história é tão complexa que não sei se teria o mesmo efeito se a autora se apressasse... Bem, vou seguir a leitura e vou dar nota "9".

A tradução em inglês começou sendo feita pelo Bliss, mas atualmente quem a faz é o Deus Ex Scans.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Smells Like Green Spirit

Eu estava curiosíssimo para ler Smells Like Green Spirit, porque ele foi listado entre os 20 melhores mangás BL no Kono BL Yabai 2014, conforme vocês podem ver nessa postagem aqui do Blyme. Felizmente, esse trabalho da Nagai Saburou recentemente começou a ser traduzido em inglês e, nossa, é bem diferente do que eu estava imaginando!

Pela capa, eu estava esperando um shounen ai dramático e melancólico. Sim, Smells Like Green Spirit é isso, mas ainda vai bem além. Nesse mangá, temos Mishima, um estudante do ginasial que sofre bullying por ter cabelos compridos e por, de acordo com seus colegas, parecer gay. Mishima, de fato, é gay e, por isso, ele nem se dá ao trabalho de revidar as agressões que sofre. Yumeno é um colega que está determinado a tornar a vida de Mishima um inferno e lidera os outros meninos. Entretanto, na calada da noite, ele rouba o batom de sua mãe e acaba relaxando nesses momentos que experimenta maquiagem e se traveste. Mishima encontra refúgio nesses momentos, o que o ajuda a lidar com sua vida infernal na escola.

Entretanto, um dia em que os seus colegas o estão atormentando, Kirino, um de seus colegas, decide cortar os longos cabelos de Mishima. E essa é uma agressão que realmente atinge Mishima... Até ele se olhar no espelho e ver que Kirino lhe fez um penteado bonitinho. Além disso, Kirino tem olhos parados e mortos, como os do próprio protagonista, o que sempre chamou à atenção de Mishima. Eu achei aqui que a história ia ser previsível: Kirino só se faz de malvado, mas na verdade gosta de Mishima. Pff, eu errei feio! Quando Mishima perde o batom de sua mãe, é Kirino quem o acha e Mishima acaba vendo quando ele experimenta o batom e fala de uma forma muito feminina. É nesse momento que os dois descobrem que suas similaridades vão além de terem o olhar parado... Ou melhor, talvez justo por manterem os mesmos hábitos em segredos que esses dois têm os olhos mortos.

Estou curtindo muito esse mangá pelo simples fato de não ser óbvio. Eu não consegui prever nada nessa história e a cada página eu me surpreendo mais. Além disso, parece que ainda teremos mais revelações pela frente: o estranho interesse do professor Yanagida por Mishima chama à atenção e pode ser que haja uma explicação mais profunda para toda a raiva de Yumeno por Mishima. Bem, vindo dessa autora, tudo é possível! Mas eu já consigo ver, mesmo logo no início da leitura, o porquê desse mangá ter sido considerado um dos melhores do ano.

  

A arte dessa autora é agradável, mas estranha. Eu achei em Boys, Be Ambitious! que ela exagerava as expressões faciais e o traçado para combinar com o enredo cômico que ela traçou, mas ela mantém a mesma arte em Smells Like Green Spirit, até em cenas que eram para ser dramáticas. Suponho que seja o estilo da autora mesmo. Acho que esse mangá vale muito de ser lido, também, por um enredo bastante peculiar, pois são poucos os mangás que abordam a temática do crossdressing ou da travestilidade (aprendi recentemente que "travestismo" não é o termo correto) com seriedade e verossimilhança. Claro, há aos baldes mangás em que meninos se vestem como meninas, especialmente para fins cômicos ou de "moe", mas poucos mangás realmente abordam o tema. Por isso, Smells Like Green Spirit merece um escore alto, mesmo que eu mal tenha começado a ler. Nota "9".

A tradução em inglês é feita pela divisão Decadence do grupo Transcendence. Em português, o BL Scanlations o está traduzindo... Precisamente, eu estou traduzindo! Eba! 

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Dolce

Para mim, a Kitazawa Kyou é outra autora que é sinônimo de arte bonita, mas histórias que não são grande coisa. Dolce foi um dos primeiros trabalhos dela que eu li e contribuiu para deixar essa impressão, apesar de que eu não achar que seja ruim.

Usami Norihito é o chef de um restaurante italiano chamado MIYA. Ele segue trabalhando ali em função de seu avô, que era originalmente o chef do restaurante e que fez Usami prometer que trabalharia ali. Entretanto, a dona do restaurante tem a idéia de transformar o MIYA num "restaurante de bishies", com todos os funcionários sendo meninos bonitos. Usami não gosta da idéia e pede para sair do restaurante, mas, em função da promessa que fez, ele precisa antes treinar o filho da dona do restaurante, Komiya Daiichi, para ser alguém mais sério e tomar conta dos negócios. Assim, os dois acabam morando juntos (porque esse é um mangá yaoi!) para que Usami fique de olho em Komiya e possa treiná-lo.

Entretanto, Usami jamais imaginaria que Komiya se declararia para ele e, para conquistá-lo, se tornaria logo alguém sério e dedicado... Isso é, até Komiya descobrir que Usami quer sair do restaurante. Ele fica tão enlouquecido ao descobrir isso que estupra o Usami (de novo, porque esse é um mangá yaoi!). Inicialmente, apesar de eu não gostar de mangás que retratem estupro, eu até achei interessante a abordagem que a autora estava dando. O Usami fica realmente furioso (e tem toda razão de ficar) com o Komiya, diz que nunca irá perdoá-lo e decide sair do restaurante logo, conseguindo até contratar um novo chef, Morinaka Susumu, para substituí-lo. Komiya se arrepende do que fez e está determinado a fazer de tudo para conseguir que Usami o desculpe. Em contrapartida, na primeira oportunidade que tem, Usami dá uma surra no Komiya. Até aqui, as coisas estavam indo muito bem e eu estava cheio de expectativas com esse mangá. Tudo estava fazendo sentido: Usami com raiva e Komiya com remorso. O problema é que a autora resolveu tudo rápido demais. Depois de bater um pouco no Komiya, Usami decide que ele está arrependido e o perdoa. DO NADA. Toda a raiva e hostilidade de dez páginas atrás evaporam e os dois se tornam um casal feliz pelo resto do mangá.

Eu fiquei muito decepcionado com esse desenvolvimento. Gostei muito dos personagens e achei que, finalmente, uma autora conseguiria tratar uma temática sensível como a do estupro com delicadeza e seriedade... Affe, uma decepção. Mas, enfim, os dois últimos capítulos são destinados ao segundo chefe do restaurante, Morinaka, e o aprendiz do Usami, Hanano Hijiri. Morinaka é visto como alguém sacana e cruel, mas acaba que não é bem assim. Meh, esses capítulos foram bem inofensivos, quando comparados aos primeiros. Bem menos interessantes, mas foram bonitinhos e engraçados. Se quiserem que eu seja chato, eu tenho uma série de reclamações em relação a quando o Morinaka diz "durante o sexo, 'não' significa 'sim'", mas eu não vou me aprofundar (mais) nesse mangá.

  

Apesar de tudo, eu gostei bastante dos personagens desse mangá e gostei de onde a autora estava indo com a história... Até que pareceu que ela ficou com medo de complicar mais e acabar fazendo algo a la Sono Kuchibiru ni Yoru no Tsuyu, então resolveu terminar as coisas logo para fazer mais um yaoi típico. A arte da Kitazawa Kyou, como eu comentei, é super-bonita e, nesse mangá, surpreendentemente expressiva. Vou dar nota "7", porque o meu nível de decepção com esse mangá não me permite avaliá-lo melhor.

A tradução em inglês foi feita pelo Fantasyshrine

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Ronald no Yabou

Urgh, vocês não têm idéia de quanto tempo eu levei para formular uma resenha sobre Ronald no Yabou. Não tem nada a ver com a qualidade do mangá, mas mais com a minha incapacidade de formular um comentário objetivo a respeito desse mangá. Gostei? Sim, sim, gostei bastante. Mas, meh, não me senti inspirado a falar sobre esse mangá da Takarai Saki.

Ronald Smith é um soldado que está em treinamento em uma base militar sob o comando do mais severo instrutor possível, Capitão Liber Ashford. Ronald, que vai sozinho um dia ao escritório de seu capitão, acaba vendo uma fotografia do capitão sorrindo com sua família e fica excitado... E é pego de flagrante pelo próprio Ashford, que decide discipliná-lo e puní-lo por sua transgressão. Assim, Ronald acaba descobrindo que o sadismo de seu capitão nos treinamentos militares é ainda pior entre quatro paredes. Ashford, entretanto, considera sadomasoquismo uma grande expressão de amor e felicidade, mas promete que se Ronald conseguir derrubá-lo irá se entregar a ele. Assim, Ronald se torna ainda mais dedicado nos treinamentos...

Sim, não é exatamente a história mais profunda do mundo, mas Ronald no Yabou é muito engraçado e sexy. Nunca imaginei que um mangá que abordasse uma temática de guerra fosse ser tão divertido (eu estava acostumado com a Inariya Fusanosuke e seus mangás perturbadores). Também gostei bastante desses dois personagens que, ainda que bastante rasos, funcionaram bem na história. O Ashford devia ganhar um prêmio tipo "o uke mais seme" do mundo ou algo assim.

Bem, os dois últimos capítulos constituem outra história: Hatano Minami bebe demais numa comemoração e acaba indo pra cama com seu colega de trabalho, Nishikawa Shun, que decide chantageá-lo com fotos e filmagem da noite dos dois juntos. Assim, Minami é coagido a ir morar com Shun... que, apesar de tê-lo chantageado inicialmente, o trata super bem, fazendo todas as tarefas da casa e agindo de modo carinhoso. Essa história também vai para o lado da comédia e não parece ter pretensão alguma em ser real ou fazer sentido. Foi divertida e também deve ganhar o prêmio de "proposta de casamento mais bizarra" do mundo.

  

Acho que esse é o tipo de mangá que foi feito para não ser levado a sério. É uma questão de ler, se divertir e só. Tem várias coisas nesse mangá que eu não gosto (relacionamento começando com coerção? Desigualdade de poder? Violência?), mas eu consigo aceitá-las pela coisa ridícula que é. Acho que vale a pena a leitura, se estiver procurando algo que seja divertido e sexy, sem precisar pensar muito a respeito. Vou dar nota "8", porque eu me diverti lendo.

A tradução em inglês foi feita pelo Nakama.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Hidamari ga Kikoeru

Há algum tempo, eu li uma resenha a respeito de Hidamari ga Kikoeru e fiquei louco para ler! No início desse mês, o mangá começou a ser traduzido para o inglês, e, em função disso, estou tendo a oportunidade de traduzir esse mangá, o primeiro trabalho de Fumino Yuki, para o português!! Vocês não têm idéia do quanto estou feliz com isso!!!

Sagawa Taiichi é um universitário que (como boa parte dos universitários desse mundo) não tem dinheiro e está procurando por um trabalho. Ele, no meio de sua maré de azar na busca por um trabalho, acaba caindo (literalmente) na frente de um colega de aula, Sugihara Kouhei. Sem falar nada, Kouhei oferece seu almoço para o faminto Taiichi e vai embora. Taiichi, falando com outros colegas, descobre que Kouhei possui uma dificuldade auditiva e precisa de alguém para tomar notas para ele na aula. Como agradecimento pelo almoço, Taiichi resolve se oferecer para tomar as notas para ele e acaba fazendo um acordo com Kouhei: ele trocará suas anotações pelo almoço.

Kouhei tem uma perda auditiva, mas ele consegue escutar as pessoas quando elas falam alto e próximo dele. Por isso, ele consegue entender e se comunicar muito bem com Taiichi, que é conhecido por ter uma voz alta e irritante. Kouhei perdeu a audição repentinamente no ginasial, devido a uma febre alta, e, por isso, desde então teve dificuldades em se relacionar com seus colegas. Alguns colegas o consideram uma pessoa antipática. Outros acham difícil se comunicar com ele e nem tentam. E alguns outros romantizam a perda auditiva de Kouhei e, por isso, o deixam desconfortável. Por isso, o relacionamento dele com o Taiichi acaba funcionando tão bem: Taiichi percebe que Kouhei não quer ser tratado como alguém especial e também acha injusto como as outras pessoas criam pré-concepções a respeito de Kouhei e ignoram quem ele realmente é. Isso é simbolizado quando Taiichi diz algo muito óbvio, mas, ao mesmo tempo, importante e tocante para Kouhei: "não é sua culpa que você não consegue ouvir!". 

É difícil explicar o porquê de eu ter gostado tanto do mangá. Apenas que eu acho que a autora soube fazer tudo na "medida certa". O mangá flui muito bem, e sua história, mesmo tendo uma boa quantidade de drama, foi tratada de forma delicada e singela. Falando em drama, muitos mangás exageram tanto o drama que se tornam risíveis. Aqui não é o caso. Nada me pareceu descabido ou exagerado e tudo fez muito sentido. E outros mangás tratam as pessoas com algum tipo de deficiência/dificuldade de forma realmente romantizada, como se fossem pessoas muito especiais. Aqui isso também não acontece. Kouhei é apenas humano e quer ser tratado como um pelas outras pessoas. 

  

Em suma: um mangá despretensioso e simples, sem personalidades exageradas e sem confusões porque os personagens são incapazes de dizer duas palavras sem serem mal interpretados. É uma história realmente humana e tocante, com um romance lento, doce e plausível entre dois personagens agradáveis. A arte é bonita, apesar de simples e talvez meio "crua" em alguns momentos. Acho que a verossimilhança e plausibilidade dessa história, aliadas ao modo humana e real que os momentos dramáticos dessa história foram tratados, são o grande ponto positivo. Definitivamente, se tornou um dos meus favoritos. Vou atribuir nota "10" a esse mangá e super-ultra-mega recomendo a leitura, especialmente para quem curte mangás como Mizu no Haru ou Seven Days

A tradução em inglês é feita por Hoshi-kuzuu . Em português, está sendo feita pela parceria do Kokoro Lovers com o BL Scanlations. E eu estou traduzindo! Sei que já falei isso, mas é que eu estou me divertindo muito ao traduzir esse mangá!!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Datte Maou-sama wa Kare ga Kirai

Não sei porque, mas apesar de eu ter achado a história de Datte Maou-sama wa Kare ga Kirai interessante, eu realmente não gostei muito desse mangá, o que é estranho, pois, em geral, eu gosto bastante dos trabalhos da Yamada Nichoume.

Mesmo hoje em dia, no mundo moderno, sempre há uma reencarnação do Maou (rei demoníaco) e do Yuusha (herói). O herói deve derrotar o Maou tanto em corpo como em alma antes do Maou tentar dominar o mundo, mas, atualmente, poucos acreditam nessa história. Entretanto, Mao é a reencarnação do rei demoníaco no mundo moderno. Ele tenta evitar pensar nisso e viver como uma pessoa normal, apesar de ter poderes estranhos, que fazem com que as pessoas o obedeçam. Assim, Mao não tem intenção alguma de dominar o mundo e segue sua vida na pequena empresa que administra. Entretanto, um dia, o herói Kamiko aparece na sua porta e o beija para provar que ele é o rei demoníaco. 

Kamiko diz que o jeito de derrotar o rei demoníaco é transar com ele, porque assim o derrotará em seu corpo e alma. Apesar de Mao não querer ter esses poderes e não estar interessado em dominar o mundo, ele também não quer se submeter a Kamiko. Assim, os dois começam a morar juntos para tentar diminuir os poderes de Mao (??) e para que Kamiko eventualmente consiga derrotá-lo (???). 

Essa história me deixou com uma sensação gigante de "o que diabos está acontecendo aqui???" que eu não consegui mais me divertir com a leitura. Eu passei o mangá inteiro confuso com as ações dos personagens e com pena do Mao. A ideia básica desse mangá é legal e também é interessante ver como o rei demoníaco, na verdade, é uma boa pessoa (afinal, ele é só uma reencarnação) e o herói é bem sacana e trapaceiro. Mas, sei lá, a execução me deixou mais com cara de abobado me perguntando o que estava acontecendo do que curtindo a leitura. Não se enganem, eu curto um mangá bem WTF de vez em quando (em breve, vou comentar Mossore da Nangoku Banana), mas esse foi estranho e nada engraçado.

  

Eu gosto a arte dessa autora, apesar do estilo dela ser um pouco cru e rabiscado por vezes. A comédia, pra mim, não funcionou, mesmo que a história seja interessante. Quanto aos personagens, como eu disse, eles até podiam ser interessantes, mas acabou que eu não consegui gostar do Kamiko e o Mao só me fez ter pena. Talvez as coisas melhorem no futuro (pois esse mangá tem um segundo volume), mas eu acho que não vou parar para ver. Vou dar nota "6" e não vou insistir na leitura.

A tradução em inglês é feita pelo grupo Crownprince Translations.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Baymax

Vocês já assistiram a esse filme? Eu fui assistir ao filme despretensiosamente e gostei muito. No Japão, ele é conhecido pelo nome de um de seus personagens e ganhou essa adaptação em mangá: Baymax. As ilustrações de Ueno Haruki são uma graça e complementam bem essa história que nada mais é do que uma adaptação mangá da adaptação Disney de um time de super-heróis da Marvel que foi inspirado pelos mangás!

Hiro Hamada é um gênio da robótica de 14 anos que já frequenta a universidade, junto de seu irmão mais velho Tadashi Hamada, na cidade de San Fransokyo. Ele, relutantemente, também se relaciona com os amigos de Tadashi: Gogo Tomago, Wasabi, Honey Lemon e Fred, todos (bem, o Fred eu não sei!) estudantes da mesma universidade e extremamente talentosos cada um a seu modo. Numa feira em que os trabalhos dos alunos serão expostos, Tadashi apresenta o robô Baymax que construiu, projetado para ser um agente pessoal de saúde e ajudar muitas pessoas pelo mundo, realizando diagnósticos e administrando tratamentos rapidamente... Tudo isso em seu design fofinho de vinil, que lembra um marshmallow gigante. Hiro, na mesma feira, apresenta seus "micro robôs", que são capazes de se unir uns aos outros e de formar qualquer coisa que a pessoa que os estiver controlando imaginar. Esse dia tão feliz acaba de forma trágica, quando Tadashi é pego num incêndio que acontece repentinamente. Hiro fica muito deprimido e se exclui de seu grupo de amigos e de sua mãe (no filme da Disney, ela é a tia dele), mas Baymax está determinado a torná-lo saudável e satisfeito com sua vida novamente. Quando Hiro descobre que seus robôs foram roubados por um vilão usando uma máscara de kabuki, ele reúne seus amigos para fazerem um time de super-heróis e vingarem a morte de Tadashi.

Na verdade, eu comprei esse mangá para a minha afilhada de seis anos (hoje é o aniversário dela!), que agora decidiu que quer ser a Honey Lemon quando crescer e quer estudar química, apesar de ela não saber o que é química. Uma fofura! Estou dizendo isso (além de para me exibir do quão fofa minha afilhada é) para explicar que esse mangá é infantil e foi feito com o público infantil em mente. Por isso, ele é bonitinho, meiguinho e cheio de "inhos"... Até o Tadashi ser pego por aquela explosão, e nós levarmos uma bofetada na cara. Ao contrário do filme, em que é bem óbvio que o Tadashi morre, o mangá pareceu, pelo menos em seu primeiro volume, deixar isso mais ambíguo... Ou talvez seja só eu desejando que um personagem tão legal e simpático não tenha morrido, pois os trailers japoneses de Operação Big Hero 6 deixam bem clara a morte do Tadashi. Ah, é importante salientar que esse mangá começou a ser publicado vários meses antes do filme estrear nos cinemas, então divergências quanto ao enredo são bem possíveis (e algumas cenas diferentes já aconteceram nesse primeiro volume). 

Discussões quanto ao futuro do enredo a parte, gostaria de dizer que eu fiquei maravilhado pela arte. Realmente, é muito bonita. Me lembra um pouco a de Shokugeki no Souma, talvez um pouco mais fofinha, e combina bem com o desenho da Disney. Talvez devido ao que se espera da estética de um mangá, alguns personagens ficaram menos caricatos do que no desenho animado (tipo a Honey Lemon e a Gogo). 

  

Baymax é um mangá bem bonitinho e agradável, com doses de comédia e ação... Mas, com certeza, não foi feito com alguém como eu em mente, então talvez por isso eu não tenha achado lá grande coisa. Isso não quer dizer que eu não tenha gostado, porque eu gostei bastante da adaptação e, definitivamente, vou comprar o próximo volume para a minha afilhada (e vou ler antes). Vou dar nota "7".

Esse mangá está sendo publicado no Brasil com o título Operação Big Hero 6 pela editora Abril. Interessante como no Japão o mangá e o filme dão tanto enfoque ao Baymax, enquanto no resto do mundo (que eu saiba) ele segue com o título que os americanos lhe deram, que se refere ao time de super-heróis. Nos trailers japoneses que eu assisti, Gogo, Honey Lemon e cia mal aparecem! 

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Mousouka, Koi o Suru.

Antes parecia que não tinha nenhum mangá com personagem fudanshi, mas ultimamente parece que houve uma enxurrada de mangás com esse tipo de temática! Mousouka, Koi o Suru. é só um deles. Mas ajuda que é um dois mais fofos que eu li, até porque a arte da Ayumi Saki é uma gracinha.

Então, na história principal, Yuma acaba vendo o que outro cara está lendo em seu celular no trem. Ele fica chocado de ver que era uma história de amor entre dois homens... e que o cara que estava lendo a história é um aluno da mesma universidade que ele. Apesar de surpreso com os hábitos de leitura do colega, Yuma acaba ficando curioso em relação a Satou e acaba formando uma estranha amizade com ele.... E o próprio Yuma acaba lendo mangás yaoi a partir disso. Acho que essa história serve bem para mostrar o tipo de rumo que Fujoshi Kanojo podia ter tomado se tivesse sido feito de forma que sua protagonista fosse mais simpática. O Satou, nesse mangá, fica feliz de ter alguém com quem compartilhar seu hobby por mangás BL, mas é bem mais educado e menos insistente em relação a isso. O Yuma também é um personagem bem legal, empatizando com Satou e dizendo todas as coisas certas! Foi uma daquelas histórias bonitinhas, que aquece o coração.

Mas aí a autora fez uma história que eu achei mais interessante na teoria do que na prática. O enfermeiro de uma certa escola se considera um sádico, por sentir prazer enquanto trata seus alunos - ou vítimas, como ele os chama - e causa dor a eles. O único aluno que ele ainda não tratou é Kunichika Kouhei, e, quando surge a oportunidade de tratá-lo, o sensei descobre que Kouhei que é o verdadeiro sádico da história e que ele próprio não passa de um masoquista. Ok, foi uma reviravolta legal, mas achei risível que o sensei tenha se achado um sádico em primeiro lugar. Mas também foi uma história bonitinha e diferente do que se vê por aí.

A penúltima história ainda não foi traduzida pelo grupo que traduz esse mangá, mas a última história já foi. Foi mais melancólica e triste, mas acabou sendo a que eu mais gostei nesse mangá (lembram? Eu sou o cara das opiniões pouco populares). Naoya declarou seus sentimentos por Daiki só para tê-los rejeitados no dia da formatura. Como Naoya parte de uma atitude de "tudo ou nada", ele diz para Daiki que os dois não terão mais contato um com o outro então e que esse é o fim de sua amizade. Os dois trocam um abraço de despedida. Cara, que história triste! Confesso que fiquei mais interessado por esses dois do que pelos demais personagens do mangá, mas também acho que essa oneshot está bem com o final que teve. 

  

Acho que cada uma das histórias foi legal ao seu próprio jeito e deixaram clara a versatilidade da autora (a primeira é bonitinha, a segunda é pervertida, e a última é melancólica). A arte é uma graça, no estilo Kojima Lalako de fofura (caso não tenham percebido, a Kojima Lalako é o meu parâmetro para mensurar fofura... E agora fiquei imaginando como seria a escala de fofura. Acho que iria de est em - zero fofura - até Kojima Lalako, sendo que o ponto médio seria alguém como a Zaou Taishi, que faz coisas fofas, mas não fofas demais... Ok, chega de fugir do assunto). E acho que é uma excelente estréia para essa autora. Vou dar nota "7" e quero ver mais trabalhos dela por aí.

A tradução em inglês é feita pelo Kagerou Scanlations.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Pet Shop of Horrors

Pet Shop of Horrors é um daqueles mangás que volta e meia eu resolvo reler, simplesmente porque acho muito bom. Como o nome já indica, é uma história com elementos de horror, bem como de suspense e fantasia. É o trabalho mais famoso de Akino Matsuri.

A história que perpassa os episódios narrados é a seguinte: na Chinatown de Los Angeles, há uma petshop que diz vender amor e sonhos. Seu dono é o Count D, neto do fundador da loja, que vende exóticos animais que dão ao dono o que ele precisa, desde que um contrato seja assinado. As criaturas mágicas vendidas pelo misterioso chinês muitas vezes assumem a forma humana e acabam influenciando a vida de seus donos para o bem ou para o mal. Por isso, a petshop está relacionada a uma série de misteriosas mortes, o que faz com que o detetive de polícia Leon Oscort esteja determinado a provar que o Count D e sua loja são perigosos. Ao mesmo tempo, porém, Leon acaba firmando uma estranha amizade com o Count D, ao ponto de deixar seu irmão mais novo, Chris, muitas vezes aos cuidados do Count D e dos animais que habitam sua loja. 

Esse mangá é episódio e cada capítulo apresenta o cenário do dia e a criatura do dia. O que eu gosto muito nesse mangá é que muitas das histórias não são óbvias. Muito pelo contrário, seus desenvolvimentos fogem do que eu inicialmente esperava. Algumas histórias, como a primeira dos pássaros do paraíso, do coelho Alice ou a da sereia, são brutais e gore. Outras, como a do doberman, da menina que queria abandonar sua cadelinha e da senhora judia com seu ursinho de pelúcia, foram de partir o coração. E algumas outras, como Diamante, conseguiram mesclar muito bem as duas sensações do horror, do bizarro e da violência com uma história melancólica e bonita. A maioria das histórias proporciona reflexões a respeito da natureza humana. Eu gosto muito de quando o Count D diz que "o hábito humano de tentar entender o mundo com um conhecimento limitado dele é muito tolo" ou que "os humanos frequentemente descartam o futuro pelo bem do presente", bem como outras idéias a respeito da crueldade humana, da obsessão com a beleza, da ganância que acaba levando à destruição... 

O Count D é um dos grandes mistérios dessa história. Quem, afinal, ele é? Mesmo com todas as revelações no último capítulo, não temos isso claro. E talvez seja até melhor existir todo esse mistério em relação ao Count D, que não deixa de surpreender. Quando você acha que ele está ajudando, ele faz algo surpreendentemente cruel. E, quando você acha que ele é um personagem desprovido de empatia, ele vai lá e faz algo muito legal para ajudar. A única coisa que é fato sobre o Count D é que ele ama os animais, em todas as suas formas. Justo por isso o relacionamento dele com o Leon, que é alguém tão diferente dele, torna a historia mais rica e legal. A ausência do Leon na sequel Shin Pet Shop of Horrors tornou a história bem mais pobre e menos interessante que sua antecessora, diga-se de passagem. 

  

Até os animais da loja são personagens divertidíssimos! Totetsu e a Pon-chan são os que mais aparecem, mas eu adoro o dragão de três cabeças, Karan, Shuko e Junrei. E a cada capítulo temos o animal da semana, cada qual único. A arte desse mangá é muito bonita. Alguns momentos - como o balé dos pássaros - são tão detalhados e lindos que eu parei para ficar admirando a arte. Para alguns, talvez seja um pouco antiquada (afinal, esse mangá tem cerca de 20 anos!), mas eu gosto. Vou dar nota "10", porque esse é um daqueles mangás que pode (e deve) ser lido e relido para sempre!

Esse mangá foi licenciado e publicado em inglês pela editora Tokyopop. Como ela faliu, as scans são facilmente encontradas por aí na internet.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Ano Kado wo Magatta Tokoro

Outra autora que fico surpreso por não ter comentado nada dela ainda: Kawai Touko. Foi uma das primeiras autoras de yaoi que eu li, há muito tempo, e sempre gostei bastante dos trabalhos dela. Começo hoje com Ano Kado wo Magatta Tokoro, que é um bom exemplo de uma autora utilizando-se de clichês de forma eficiente e interessante.

Kishimoto Yuuya é um estudante do colegial que está se recuperando de um acidente que lhe deixou sequelas na mão. Enquanto essas dificuldades não o atrapalham no dia-a-dia, ele não pode mais tocar piano. Um dia, ele esbarra em Kiriya Kazuaki na rua e acaba salvando a vida desse outro cara. Kiriya está muito triste por ter sido abandonado pelo homem por quem era apaixonado. Assim, Kiriya e Yuuya começam a se encontrar para compartilharem seus problemas, darem apoio um ao outro, e também, obviamente, já que esse é um mangá yaoi, terem momentos românticos juntos. Inicialmente, o relacionamento deles é mais uma "amizade estranha" do que qualquer outra coisa. Mas tudo muda quando Kiriya se torna professor substituto da escola em que Yuuya estuda. Assim, Kiriya descobre que Yuuya é bem mais novo do que ele disse inicialmente e decide terminar o relacionamento dos dois, já que agora são professor e aluno.

Uma coisa que eu gosto muito nesse mangá é que o Kiriya realmente se comporta como um adulto. É engraçado dizer isso, já que o personagem é um adulto, mas, se tratando de mangá, muitos adultos agem como se fossem crianças. Ele se mostrou um personagem cujas atitudes fazem muito sentido e parecem razoáveis. Em contrapartida, isso também se aplica ao Yuuya - as atitudes dele fazem sentindo -, mas numa lógica oposta. Fazem sentido porque ele é um adolescente apaixonado e age como tal. Até mais para o final do mangá, quando ele justifica seu relacionamento com Kiriya como "mas nós nos amamos" e fica surpreso e triste por isso não ser suficiente nos olhos dos outros adultos da história, isso mostra a imaturidade dele. 

Ambos os personagens dessa história são bem construídos e interessantes. Acho legal como o Kiriya muda sua atitude, por saber que ele está, agora, em outro papel e precisa de uma determinada postura para agir de forma adequada. Minha única crítica quanto aos personagens é que alguns momentos foram muito repetitivos (trocentas cenas com o Yuuya com ciúmes do Kiriya) e que não foi dado ao leitor acesso aos pensamentos do Kiriya, o que eu acho que tornaria a história ainda mais rica e interessante do que é.

  

Muita gente gosta da arte da autora, muita gente não gosta. Pessoalmente, eu gosto, ou, devo dizer, a arte não me incomoda e de forma nenhuma denigre a qualidade da história. Gostei da construção dos dois personagens e da forma que o relacionamento deles evoluiu. Esse mangá serve bem para demonstrar o quanto uma história clichê nas mãos de uma boa autora pode se transformar. Eu já comentei outro mangá parecido, mas a forma que suas autoras os trabalharam os tornaram diferentes. Isso faz sentido? De qualquer forma, nota "8" para esse mangá.

A tradução em inglês foi feita pelo pessoal da Toko Kawai's Community no Livejournal.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Revendo Resenhas / Atualizações

Gente, uma coisa que eu nem percebi! O blog fez dois anos no dia 25 de janeiro! Nunca imaginei que conseguiria manter um blog por tanto tempo... Bem, tive alguns tropeços pelo caminho e alguns meses sem atualização, mas cá estamos! Meta para esse ano? Ahn, atualizar com a frequência que estou tentando manter e, se eu tiver saco e descobrir como, mudar o template do blog para algo mais relacionado a quadrinhos. Vamos ver como vai ser!

Watashi ga Motete Dousu n da: Wooooow! Agora que o circo vai pegar fogo!! Infelizmente, acho que esse mangá deve estar se encaminhando para o fim, em função de desenvolvimentos recentes. Mas espero que não termine, pois é uma história muito divertida.

Ten Count: E aqui as coisas também estão se encaminhando para uma resolução. Ou, pelo menos, para uma explicação. Nesse último capítulo, Takarai Rihito começa a nos mostrar uma situação traumática no passado que pode estar relacionada a misofobia de Shirotani. Sigo impressionado pelo quanto a autora deve ter pesquisado para escrever esse mangá, pois a explicação que ela está insinuando (apesar de talvez ser meio simplista) faz muito sentido. Fun fact: eu estava fazendo propaganda desse mangá para minha ex-R2 (i.e residente veterana) e depois lembrei que tinha cenas de sexo bem explícitas... E que o grupo gringo está descensurando... Faz algum tempo que eu não falo com ela e estou com medo de saber se ela chegou a procurar esse mangá ou não... 

Blue Sky Complex e Colorful Line: ambos chegaram ao fim. Por um lado, fico feliz de saber a conclusão dessas histórias. Ao mesmo tempo, entretanto, um pouco triste. Especialmente em relação a Blue Sky Complex, que eu achei que iria estender, por pelo menos mais um volume, sua história. Mas não estou reclamando. O final de ambos os mangás foi satisfatório, especialmente o de Blue Sky Complex.

Magi - Sinbad no Bouken tem beirado o absurdo ultimamente, mas eu estou gostando muito da leitura, pois está sendo explicado não somente como Sinbad conheceu seus generais, mas também sobre os países e culturas diferentes que ele visitou e que lhe ajudaram a formar seu próprio país, Sindria. Confesso que estou realmente gostando mais da leitura desse mangá aqui do que do próprio Magi

Uma notícia excelente que eu nem imaginava: Yu Yu Hakusho está sendo publicado no Brasil novamente!!! Dessa vez, numa edição bonitinha e nada de meio-tanko. Fico feliz por isso, pois eu colecionei a edição antiga e as páginas de várias edições estavam caindo. Além disso, nunca consegui comprar as edições 3, 4, 10 e 27, porque a distribuição de mangás era horrível naquela época e não existiam lojas especializadas em Porto Alegre. Minha única crítica quanto ao relançamento é que eles optaram por escrever "Raygun" ao invés de "Leigan". Sim, eu sei que "raygun" é o certo e que "leigan" deriva da pronúncia japonesa de "raygun". Mas eu cresci escutando e lendo "leigan", então a nova versão me incomoda. Mas enfim! Junto com Sakura Card Captors e Rurouni Kenshin, outros dois sucessos clássicos que estão sendo republicados, Yu Yu Hakusho pode ser adquirido nas bancas e tal.


Bem... É isso. Eu estava na dúvida se valia a pena fazer esse post ou não, por achá-lo meio irrelevante, mas... Meh, o blog é meu e eu tenho de aprender a ser menos obsessivo e restritivo com o que posto nele ou não.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Primeiro capítulo: Rules - 2nd Season

Ok, eu até podia ter comentado sobre isso no post anterior, mas achei melhor fazer uma postagem separada, pois Rules - 2nd Season está sendo publicado não faz muito tempo e a recém começou a ser traduzido para o inglês. Fico curioso para saber onde que Miyamoto Kano pretende ir com essa história...

Bem, a história se passa depois dos doujinshi comentados e especificamente a partir do doujinshi Overload (que não está disponível na internet). Konoe Yukio, ou simplesmente Yuki, segue em um relacionamento com Taira Hikaru, tendo se passado cinco anos. Yuki se graduou da universidade e está começando a trabalhar como professor do ensino médio. Lá, apontam para ele que um de seus alunos, Shiga Yuuya, esteve afastado da escola por um ano, em função de um "problema mental". Yuki se encontra com Suzuki Atori no final de semana e é visto por esse seu aluno. Yuuya pergunta se Yuki é gay e se quer ouvir o que aconteceu durante esse ano que ele esteve afastado. Ele conta para Yuki que perdeu suas memórias de forma repentina, lembrando vagamente de estar no banheiro de um bar gay e de ter trabalhado nesse lugar. Ele suspeita que isso tenha algo a ver com as memórias que perdeu. Yuki se mostra intrigado e preocupado com Yuuya conforme esse capítulo termina. 

Apesar de ter sido um capítulo curtinho (para os padrões da autora), a história está muito interessante até aqui, e estou curioso para ver que tipo de explicação a autora vai dar para Yuuya e seu passado. Ou pode ser que ela não dê nenhuma também. Vindo da Miyamoto Kano, qualquer coisa é possível (e isso é um elogio). Fico feliz de ver que Yuki e Hikaru seguem juntos mesmo depois desses anos. Em contrapartida, fiquei preocupado em ver que Atori e Shinomiya Tooru seguem brigando. Espero que eles apareçam mais na história!

  

Definitivamente, continuarei acompanhando esse mangá. Não tenho nem idéia do que pode acontecer e isso é sempre bom. Gosto quando os mangás me surpreendem e fogem do esperado. A arte da autora parece ter se tornado um pouco mais clean desde Hydra ou Rules, mas segue muito bonita e realista. Vou atribuir nota "8" por enquanto e ver o que acontece!

A tradução em inglês é do Ichinko Scanlations