quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Mainichi Seiten!

Eu estava feliz deitada na cama pra dormir quando lembrei que não tinha visto o novo episódio de Gintama ainda... Como já me levantei mesmo, resolvi aproveitar pra começar a ler Mainichi Seiten! já que esse é o primeiro título de uma série longa envolvendo a mesma família. As autoras são Ninomiya Etsumi, que desenha, e Sugano Akira, que escreve a história.

Mainichi Seiten! por ser o mangá introdutório é o mais sem graça na minha opinião, mas também é o mangá "necessário", pois é ele que estabelece a história que serve de pano de fundo para que as outras se desenvolvam. Há uma família com quatro irmãos que moram sozinhos: Taiga é o mais velho e trabalha como editor numa revista especializada em ficção científica, Akinobu é o que se encarrega das tarefas da casa, Jou é um boxeador profissional, e Mayumi é um estudante do colegial que é super-mimado por seus irmãos, especialmente Taiga. Eles também tem uma irmã mais velha, chamada Shima, que raramente volta para casa, mas quando aparece ela consegue intimidar os irmãos mais novos e age como uma ditadora, forçando-os a fazerem todas suas vontades. Bem, numa certa noite, os irmãos recebem dois visitantes: Shuu, um escritor que trabalha com Taiga e seu ex-colega de escola, e Yuuta, um rapaz que o acompanha. Assim, Shuu anuncia que ele se casou com a irmã e, assim, veio morar com a família, para cuidar deles.

Taiga e os outros irmãos relutam bastante em aceitar a presença de Shuu na casa, mas acabam aceitando, especialmente quando Shuu se mostra útil cuidando deles e cozinhando comidas gostosas. Também causa bastante surpresa em todos quando é revelado que Yuuta é filho adotivo de Shuu e que tem a mesma idade de Mayumi. Os seis seguem vivendo suas vidas juntos. sendo que em vários momentos é questionado o porquê de Shuu insistir em morar com eles, já que Shima, sua esposa, está na América do Sul e nunca volta para casa. É no segundo volume que essas dúvidas são esclarecidas, bem como é explicado sobre a amizade de Shuu com Taiga durante o colegial e sobre como eles deixaram de ser amigos.

Surpreendentemente, Mayumi é um dos personagens mais perspicazes da história e eu achei os comentários deles sobre a situação da família no segundo volume muito interessantes. Além disso, a personagem que mais me interessou na história foi a Shima, que, apesar de não aparecer, volta e meia é mencionada pelos irmãos. Achei interessante como a presença dela assombra a casa, apesar de ela não voltar para lá há muito tempo!

  

Como esse é um mangá já antigo, a arte é bem antiquada e não é muito bonita, mas acho que funciona pra história. Aos poucos, o estilo de desenhar vai melhorando (o mangá mais recente dela tem algumas similaridades com o estilo de Mainichi Seiten, mas, nossa, ela melhorou muito! Como a arte dela ficou mais refinada com o tempo!). Esse mangá também vai rapidamente de uma cena cômica a uma cena dramática, com diálogos intermináveis sobre como determinado personagem se sente e pensa. Às vezes, isso é legal. Em outros momentos, não funciona tão bem. Esse mangá, apesar de ser yaoi, explora mais as relações entre irmãos e comenta sobre o que faz uma família ser uma família, enfocando mais essas questões do que o relacionamento romântico em si. Eu acho que estava esperando demais desse mangá, porque fiquei decepcionada com a leitura. Acho que nota "6" está de bom tamanho.

A tradução em inglês foi feita há muitos anos pelo Peccatore Sanctuary. Também foi publicado em inglês oficialmente pela Juné com o título "Clear Skies".

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Himekoi

Uma coisa que acontece muito comigo em shoujo, mas não em yaoi, é querer que o protagonista faça casal com outro personagem e não com o que o autor escolheu pra ele. Himekoi é um dos poucos mangás yaoi com o qual eu fico insatisfeita com o final, apesar de ser um ótimo mangá e de o final fazer bastante sentido e ser bem real. Afinal, nem sempre o romance que você sonhou é o que acontece, né? Tá, eu estou antecipando as coisas! Deixa eu falar a história básica primeiro.

Okada lembra vagamente que um colega seu de aula veio puxar assunto com ele e ficou decepcionado quando Okada falou que iria estudar em outra escola no ano seguinte. Anos depois, agora no colegial, os dois se reencontram. Okada não reconhece seu ex-colega, Yoshikuni, mas percebe que ele o trata de forma estranha. Interessado por Yoshikuni, Okada começa a observá-lo e a tentar se aproximar dele, especialmente depois de descobrir que Yoshikuni é gay. Os dois eventualmente conseguem declarar seus sentimentos um pelo outro e começar um relacionamento.

Vários anos se passam e a história agora mostra os dois como um casal estável, dividindo um apartamento e cuidado de suas vidas. Aqui que ela fica interessante, porque é mostrado ao leitor que Seita, o melhor amigo de Okada desde o colegial, é apaixonado por ele e Yoshikuni sabe disso. Enquanto Seita tenta seguir em diante e aceitar que Okada nunca irá retribuir seus sentimentos, ele, ao mesmo tempo, sente alguma esperança de que algum dia seus sentimentos possam ser aceitos. Yoshikuni, por sua vez, se sente ameaçado por Seita e se preocupa que Okada - que não está sabendo de nada disso - possa acabar descobrindo e aceitando os sentimentos de Seita.

Viram? As coisas ficam interessantíssimas!! Mas aí... Acaba. De uma forma extremamente vaga e sem graça. Eu li no My Reading Manga e pelo que eu vi nos comentários, o pessoal teve a mesma impressão que eu: tá, cadê o resto? O que torna essa história especialmente triste é que parece que o Seita não tem a resolução que ele merecia para seus sentimentos... Normalmente, num mangá yaoi, a autora faz uma continuação para o personagem que sobra num triângulo amoros (como, por exemplo, esses dois mangás da Yamamoto Kotetsuko) para dar um "encerramento" para ele.

  

Mas... Como eu disse no começo, nem sempre a vida é assim, né? Talvez o final de Himekoi, apesar de não satisfazer muito, faça sentido e seja muito real. Eu acho as ilustrações de Kujou Aoi muito bonitas, mas a arte desse autor é meio estática demais e pouco expressiva, não sei...  Ou, melhor, talvez os personagens dessa história não tenham sido personagens muito expressivos. Bem, vou dar nota "8", porque esse mangá, independente de qualquer coisa, consegue ser inusitado.

A tradução em inglês foi feita pelo Attractive Fascinante e aparece uma versão em espanhol na primeira página quando se procura pelo título no google.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Suki to Iu no ni Naze Kashira

A capa de Suki to Iu no ni Naze Kashira é tão melhor que a da prequel que eu tinha muita esperança de que esse fosse um mangá melhor. E é, mas não tão melhor quanto eu imaginava.

Takehisa é o dono de um restaurante e Yuuichi é o chef de lá, bem como namorado de Takehisa. Os dois se conheceram quando Takehisa experimentou a comida de Yuuichi e decidiu que o queria como cozinheiro de seu restaurante. Takehisa é um cara muito legal, que adora tomar conta de todo mundo... Algo que irrita muito Yuuichi, que gostaria de monopolizar os carinhos de seu namorado. E, em contrapartida, Takehisa gosta muito de Yuuichi, mas se sente frustrado por Yuuichi nunca expressar verbalmente seus sentimentos por ele. Em outras palavras, os dois são um casal que se ama muito, mas que tem seus problemas!

As coisas ficam mais complicadas quando o ex-namorado de Yuuichi, Kiyohito, aparece, por coincidência, no restaurante e começa a insistir para que Yuuichi volte para ele. Takehisa não demonstra se importar muito com isso e trata a questão com desdém, praticamente empurrando Yuuichi para cima de Kiyohito, numa tentativa de testar os sentimentos dele por si... Eu gostei mais dessa história, porque parece que a arte da autora está mais bonita aqui e porque eu estava realmente interessada nos dois como um casal. Mas não posso deixar de comentar... Cruzes, a Abe Akane gosta de fazer casais com semes manipuladores e sádicos, heim? E de ainda por cima culpabilizar o uke pelo comportamento quase (?) abusivo de seus semes, heim?

Isso fica mais evidente ainda nos dois capítulos finais, que enfocam em Takao e Yoshinaga do mangá anterior. Essa história gira em torno de uma crise de ciúmes de Yoshinaga porque Takao trouxe um amigo da faculdade para visitá-lo na casa que os dois dividem. Yoshinaga estava "no limite" de aguentar todas as coisas que lhe incomodavam em Takao, então ele enche o saco de aturar tudo isso e pede que Takao suma por um tempo. Isso também faz Takao refletir no quanto ele gosta de Yoshinaga e decidir que o quer de volta. Eu não sei... O comportamento do Yoshinaga nessa história me incomodou ainda mais do que tinha incomodado na história anterior. Pode-se entender que ele estava cansado de aturar tudo que lhe incomodava em Takao, mas isso não justifica as atitudes agressivas e emocionalmente abusivas que ele tomou nessa história.

  

A arte é muito bonita. Adorei o design dos personagens. A primeira história foi ok, apesar das ressalvas que eu fiz... Mas não consigo gostar desse mangá, porque ele trata o comportamento abusivo dos dois semes - Takehisa e Yoshinaga - como se fosse muito ok. Vou dar nota "7", porque a primeira história é marginalmente melhor que a de Yoshinaga e Takao no volume anterior.

A tradução também foi feita pelo Attractive Fascinante em inglês.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Ubawareru Koto Marugoto Zenbu

Eu nunca tive vontade de ler Ubawareru Koto Marugoto Zenbu antes porque eu acho a capa tão feia... Mas eu quero ler a sequel, então achei melhor ler em ordem. A autora é a Abe Akane.

Takao é um cara que adora seios grandes. Então, ele está sempre vendo pornografia ou correndo atrás de alguma colega peituda... Mas seu amigo, Yoshinaga, está apaixonado por ele e está determinado a fazer Takao gostar dele de volta. Eventualmente, os dois iniciam um relacionamento sexual, mas, enquanto Yoshinaga está completamente comprometido e se dedica a fazer coisas que agradem Takao, Takao segue saindo por aí e dando em cima de meninas peitudas. No início, por mais que o Takao diga que "ama" o Yoshinaga, eu não achei que ele demonstra realmente se importar com ele... Isso vai mudando ao longo da história, dando pra ver que o Takao - do jeito estúpido dele - gosta do Yoshinaga. Uma coisa que realmente eu não gostei foi o final da história. Tá, ok, para propósitos cômicos, até que vai, mas é um pouco frustrante que o assunto que os três capítulos lidaram e tentaram resolver no fim não mudou em nada!

Na segunda história, Takeharu ficou com uma fobia de mar desde que seu pai desapareceu em um acidente enquanto pescava. Seu primo, Toshizou, viajou pelo mundo e era uma pessoa que Takeharu admirava quando era mais novo, mas agora ele está só abusando da hospitalidade da mãe de Takeharu e tentando ajudá-lo a superar sua fobia. Entretanto, é inegável que Takeharu e Toshizou têm uma atração mútua e a relação dos dois só fica mais complicada depois de Toshizou beijar Takeharu. Particularmente, achei essa uma história "ok". Nada demais.

  

Não sei, não gostei muito desse mangá no geral. A primeira história teve algumas coisas que me incomodaram e a segunda não teve nada que me incomodou, nem nada que me agradou muito. Um ponto positivo são as ilustrações, eu gosto bastante do estilo dessa autora. Achei legal também a forma que ela desenhou cada personagem de um jeito diferente. Vou dar nota "6".

A tradução em inglês foi feita pelo Attractive Fascinante. Fica a dica que o Drama CD é ótimo, sendo que quem faz a voz do Takao é o Suzuki Tatsuhisa (Makoto de Free!, Takao de Kuroko no Basuke, e Ranmaru de UtaPuri!!). 

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Chihayafuru

Outro mangá popular, mas que pode assustar as pessoas por seu enredo diferente. Na verdade, eu nunca tinha visto um josei de esportes antes... E, devo dizer, apesar de Chihayafuru ser sobre um jogo de cartas, as partidas são tão épicas quanto vários mangás shounen de esportes por aí. 

Chihaya é uma menina cujo sonho é que sua irmão mais velha seja a modelo mais famosa do Japão. Um dia, um novo colega de aula, Arata, diz para ela que um sonho é algo que você precisa trabalhar duro por conta própria para alcançar, e não algo que dependa dos outros. Ele também ensina Chihaya e Taichi, outro colega de aula, a jogarem um jogo de carta chamado Karuta (fun fact: Karuta é uma palavra japonesa que deriva da nossa palavra "carta" em português!). Ele consiste em pegar a carta, entre cem outras cartas, que tem o poema certo o mais rápido possível enquanto o poema é lido por outra pessoa. Quem pegar as cartas mais rápido e com o maior número de acertos ganha. O sonho de Chihaya, então, se torna ser a Rainha do Karuta competitivo. 

O início do mangá é muito bonitinho, pois ele começa quando Chihaya, Arata e Taichi são crianças e acabaram de se conhecer. Conforme o mangá avança, ele enfoca nos personagens já no ensino médio e na participação deles no jogo de karuta. Chihaya, como adolescente, se torna uma menina muito bonita chamando à atenção nas competições. Ela também cria um clube de karuta na escola para poder praticar. Mas o que mais a entristece é que Arata se mudou para longe e ela perdeu completamente o contato com ele. Ela espera encontrá-lo nas competições de karuta.

Esse mangá, apesar de ter aspectos românticos, não é necessariamente enfocado num amor romântico. Eu diria que as amizades são o enfoque desse mangá, ao lado dos campeonatos de karuta. A arte, também, é muito bonita. Eu adoro as capas, que são sempre muito delicadas, com tons claros e muitas flores. Os personagens, entretanto, são a melhor parte desse mangá. Todos eles são ótimos personagens e muito complexos, sendo que as amizades que há entre eles os tornam ainda mais legais.

  

Não há nada que eu objetivamente desgoste nesse mangá. Na verdade, só consigo pensar em qualidades para destacar. Sei que um mangá longo ainda em publicação e, ainda por cima, um que é sobre algo específico como karuta assusta, mas, ei, esse mangá é muito bom e fácil de entender mesmo assim. Tenho de continuar lendo logo, porque parece que os capítulos mais recentes estão muito bons! Nota "10".

Muitos grupos trabalham na tradução desse mangá em inglês... Ah, vale a pena mencionar que o anime é ótimo também!!

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Gintama

Eu estava tentando me decidir se valia a pena falar de Gintama ou não. Quer dizer, é um mangá tão famoso... Eu acho que todo mundo, praticamente, conhece já. Tem até o anime no Netflix! Mas, além de eu ter decidido ler desde o início de novo e estar com vontade de falar sobre, acho que, às vezes, um post aleatório desses pode ser o empurrãozinho que alguém precisa para ir lá e ler um mangá famoso.

O problema de Gintama é que, apesar desse mangá ser demais, o enredo é muito louco, então acho que isso acaba assustando as pessoas às vezes... Bem, o enredo se passa no período Edo. A humanidade foi atacada por aliens chamados "amanto" e os samurai do Japão lutam uma guerra contra os aliens, mas o shogun acaba se rendendo aos aliens e faz um acordo com eles, que se integram ao país e destituem o poder que os samurai previamente tinham. Se torna proibido carregar espadas e poucos grupos rebeldes ainda resistem à invasão.

Mas o protagonista da história é Sakata Gintoki. Ele, quando era mais jovem, foi parte desses grupos rebeldes, mas agora ele mora em Kabukichou e tem uma negócio de ser um "faz tudo" no lugar. Ele acaba ajudando o adolescente Shimura Shinpachi a salvar sua irmã Tae e o dojo de sua família. Shinpachi se torna, então, o aprendiz de Gintoki na sua loja. Logo, eles também acabam tendo mais um membro: Kagura, uma alien com força sobre-humana. Os três fazem trabalhos variados e enfrentam o constante desafio de pagar o aluguel no prazo.

Os amigos de Gintoki na época que ele fazia parte do movimento rebelde, Katsura Kotarou e Sakamoto Ryouma, ocasionalmente aparecem para envolver o Gintoki em problemas, sendo que a maior parte desses envolvem o Shinsengumi, uma força policial especial a serviço do shogun e contra terroristas como os amigos de Gintoki. Deles, se destaca o lider Kondo Isao, que é apaixonado pela irmã de Shinpachi; o super-sádico Okita, que adora lutar com a Kagura; o ninja/jogador de tênis Yamazaki Sagaru; e o vice-comandante demoníaco Hijikata Toushirou que é um dos principais rivais de Gintoki. Eu podia ficar para sempre citando personagens legais de Gintama (porque há muitos!), já que eles são, além da comédia e das cenas de ação surpreendentemente boas, o principal motivo de eu ler esse mangá. 

  

Gintama consegue tanto ter momentos de chorar de rir, quanto momentos dramáticos. Além disso, a história geralmente é episódica, com o "trabalho" ou "problema" do dia, mas ocasionalmente Gintama tem histórias mais sérias e profundas, sendo que a maior parte delas é sobre Takasugi Shinsuke, um antigo amigo de Gintoki que agora é um dos principais vilões de Gintama, por ser extremamente violento. A arte de Gintama melhorou muito ao longo dos capítulos e é muito, muito legal como o autor consegue tanto desenhar coisas bonitinhas como criaturas simplesmente grotescas. Pra mim, Gintama é um favorito absoluto e é um dos mangás mais divertidos de ler que existe, apesar de os 500+ capítulos serem intimidadores. Nota "10", é óbvio!

Milhões de grupos traduzem esse mangá pela internet, então é facílimo de baixar. Eu acho muito estranho ainda não terem licenciado... Será que por ser um mangá de paródia com um humor muito peculiar e ser tão longo as editoras brasileiras têm medo?

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Brother Auto Spot

Quando eu vi uma imagem de Brother Auto Spot esses dias no tumblr, eu precisei ir ler esse mangá. A arte e o design dos personagens de Noichi Mikuro são muito bonitos e originais. 

Jin. através da recomendação de um amigo, procura o artista Seina para fazer uma tatuagem nele. Ele removeu uma tatuagem anteriormente e pede que Seina crie um design para encobrir as cicatrizes, deixando-o totalmente livre para isso. Seina, por sua vez, acha que Jin é um cliente muito estranho, mas fica feliz em ter suas habilidades reconhecidas e aceita o trabalho. Os dois, aos poucos, desenvolvem uma amizade, e Jin acaba se envolvendo mais e mais com a vida de Seina, sobretudo após ele descobrir que o amigo que lhe recomendou a loja de Seina, Touma, é, na verdade, o irmão mais velho dele. 

Seina tem uma relação difícil com sua família. Ele sempre foi uma pessoa quieta e com gosto pelas artes, mas sempre sentiu-se pressionado por seus pais, que são políticos, a ser como seu irmão e ter sucesso numa carreira política. Por isso, ele rompeu com sua família para seguir seu sonho de ser um artista. Por isso, a relação dele com Jin torna-se complicada quando ele descobre que Jin só visitou sua loja por recomendação de seu irmão, com quem ele não fala e por quem ele se sentiu traído pouco antes de sair de casa. 

Esse mangá começou a me ganhar só pelo visual diferente. Eu fiquei apaixonada pela forma que essa artista desenha as coisas mais simples, como o carro dos amigos do Seina ou as tatuagens, que têm tanta importância nessa história. O design de todos os personagens, até do Jin, que é um dos que tem o visual mais simples, é muito legal e diferente de ver.

  

E, ainda por cima, temos uma história realista, com personagens complexos e vemos um relacionamento muito bonito sendo construído! Não dá pra esse mangá ficar melhor! Ou será que dá? Estou aguardando os capítulos finais serem traduzidos com muita curiosidade. Minha única queixa (e nem é bem uma queixa, é mais um comentário) é que como os conflitos são criados e resolvidos facilmente, né? Mas, pensando bem, não é assim também na vida real? Às vezes, algo insignificante acaba tomando uma grande dimensão... Mas enfim, nota "10" e aguardo os próximos capítulos!

A tradução em inglês foi feita pelo grupo Yaoi Is Life.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Atualizações // Kimi ni Ageru

Oi, pessoas! ~(‾▿‾)~

Fico muito feliz em dar essa notícia... Eu e o Faust traduzimos um mangá juntos! Ou melhor, ele traduziu e eu editei, mas vocês entendem o espírito da coisa!!!

Se você olhou as postagens mais antigas, talvez lembre de Kimi ni Ageru, da autora Maki Ebishi, que foi o quarto mangá a ser comentado pelo Faust nesse blog! Pois é, ele tinha quatro capítulos traduzidos dando sopa e eu estou desempregada e sem nada pra fazer, então... ( ・ัω・ั; ) Né, acabamos unindo o útil ao agradável!

Além de Kimi ni Ageru, mais pro final da semana eu devo ter uns doujins de Gekkan Shoujo Nozaki-kun publicados, que eu traduzi e editei com a ajuda de algumas meninas estrangeiras que eu pentelhei no tumblr! 


Ok, aqui está o link:



Espero que gostem! Independente de gostarem ou não, aliás, eu quero saber a opinião de vocês para melhorar mais ainda!!

Beijocas!!! ( ˘ ³˘)♥

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Sekirei

Quando eu comecei a ler Sekirei, eu pensei "eu conheço esse estilo de desenhar de algum lugar... Até parece Sensitive Pornograph!". Pois é, não só parece. A autora é a mesma: Gokurakuin Sakurako (mais conhecida pelas fujoshi como Sakura Ashika), que desenha tanto mangás yaoi super-pervertidos como seinen ecchi super-pervertidos.

Nessa história, o protagonista se chama Sahashi Minato e é o típico protagonista de mangá ecchi: um perdedor. Ele reprovou no vestibular duas vezes, não faz sucesso com as mulheres e está desempregado. Um dia, entretanto, ele conhece uma estranha menina peituda, Musubi, quando ela literalmente cai do céu em cima dele. Musubi então anuncia que ela é uma "sekirei" e que Minato é um "ashikabi". Sekirei são 108 seres com poderes incríveis que só podem ser ativados se eles receberem asas através de um beijo de um ashikabi, que são humanos com genes que lhe permitem ativar os poderes de um sekirei. Ashikabi e sekirei possuem um vínculo muito especial, sendo que se um (a) ashikabi morrer, seus sekireis também morrerão com ele (a). Musubi também informa Minato que há uma competição entre os sekirei e dizem que o sekirei que a vencer pode realizar seu sonho de ficar para sempre com seu ashikabi.

A história é toda muito nebulosa no começo e demorou um tempo até esses conceitos ficarem mais claros para mim, como leitora, e para o próprio Minato. Eles descobrem que essa competição se chama o Plano Sekirei (Sekirei Keikaku) e está dividida em diferentes estágios. No primeiro deles (First Stage), que é quando começa a história, os sekirei precisam encontrar ashikabi que lhes deem asas. No segundo estágio (Second Stage), a cidade de Tóquio se torna uma cidade fechada e não é permitido que nem ashikabi, nem sekirei saiam de lá, para que todos os sekirei recebam asas. No terceiro estágio, iniciam-se uma série de batalhas entre os sekirei para conseguirem artefatos chamados Jinki. Depois, se inicia o estágio final, que também é dividido em etapas. É um mistério durante a história qual o verdadeiro propósito desse Plano Sekirei, o que são realmente os sekirei e o que irá acontecer durante o estágio final.


Minato, aos poucos, consegue várias sekirei ao seu lado... Que são uma mais clichê que a outra, ao ponto que isso ficou até um pouco chato, na minha opinião. Salvo uma ou outra diferença em personalidade e no penteado, todas elas são meninas peitudas, que consideram Minato seu "marido" e que lutam tendo sua roupa destruída... Exceto o Homura, que, dos sekirei do Minato, é o que eu achei mais interessante. Ele é um sekirei com uma fisiologia instável, então, quando ele começa a se envolver com Minato, seu corpo começa a se transformar num que vá agradar mais seu ashikabi. Ou seja, ele começa a adquirir características femininas, apesar de ele continuar pensando e agindo como um homem. 

Para ser bem sincera, não achei esse mangá tão legal assim. Ele tem alguns aspectos interessantes, mas, em geral, é pouco envolvente. Por mais que eu geralmente tolere ecchi bem e consiga curtir uma história ecchi, eu comecei a ficar cansada da quantidade de peitos de fora, de calcinhas e de mulheres fazendo poses ridiculamente sensuais para fazer tarefas simples. Eu continuo lendo Sekirei porque estou vagamente interessada em alguns plots secundários (especialmente na a irmã do Minato e o sekirei dela, Shiina, ou na relação da Uzume com a Chiho), mas cada vez me desanimo mais para ler... Acho que esse é um mangá com tantos clichês e com personagens (tirando a Yukari, o Homura e um ou outro) não muito interessantes ou carismáticos.

  

Eu me esforcei para gostar desse mangá, mas não está dando muito certo... Como eu disse, continuarei lendo porque tem algumas coisas que me mantem mais ou menos interessada, mas no geral esse anime acaba sendo um monte de clichês e não tem um carisma que envolva o leitor. Eu vi no tumblr alguém dizendo que esse mangá lembra um Pokémon versão fanservice, porque a moral da história é "capturar" sekirei (garotas) e fazê-las batalhar entre si... E o pior é que define bem a ideia básica desse mangá. Além disso, a arte é um aspecto que não é lá grande coisa... As lutas são legais de ver, mas, em geral, o design das personagens é meio fraco/sem graça e a forma que a autora desenha peitos me deixa incomodada, pra dizer o mínimo. Vou dar nota "6".

Eu estou lendo em inglês e vários grupos trabalharam na tradução desse mangá (também, né! Esse mangá está sendo publicado há mais de dez anos), sendo que o que atualmente o traduz é o A-Team.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Cherry Boy, That Girl

Acho que corro o risco de parecer racista com esse comentário, mas o que me fez durante muito tempo evitar manhwas é que os nomes dos personagens são muito parecidos para mim. Felizmente, Cherry Boy, That Girl facilitou minha vida com nomes bem fáceis de lembrar como vou comentar abaixo. O nome do (a) autor (a) é South Ant.

Strawberry Shin é uma das poucas estudantes mulheres de uma escola que costumava ser só para meninos. Como ela é a mais bonita, ela acaba sendo idolatrada pelos colegas e tratada como uma celebridade. Mesmo curtindo a admiração dos meninos, ela já tem um namorado desde o ginasial, Mandarin Kim, que é, inclusive, mais bonito que ela. Os dois acabam brigando, por Mandarin gostar de tirar sarro de sua namorada e por Strawberry gostar de flertar com outros meninos. Strawberry decide, então, sair com Pear Kang, um menino rico e popular. Mandarin, por sua vez, se veste como mulher e começa a frequentar a escola com a identidade de Cherry Kim, se tornando a menina mais popular da escola, sobretudo após os colegas descobrirem a personalidade narcisista, arrogante e egoísta de Strawberry. 

Inicialmente, esse mangá foi muito cômico e seus personagens até pareciam ser meio maníacos, pelo jeito que agiam. Mas, aos poucos, a história foi tomando um rumo mais profundo e sério. Várias coisas que a maioria dos mangás shoujo que há por aí tratariam como provas de amor, esse mangá problematizou, sobretudo a forma que Mandarin passou a tratar Strawberry e a fazer com que ela fosse excluída e odiada na escola. Isso não é legal e não é nem um pouco saudável para um relacionamento, e é assim que esse manhwa lida com a história. Eu gostei muito da Strawberry, ainda que no início ela tenha sido uma personagem difícil de aturar, por causa desse comportamento extremamente egoísta e arrogante dela. Conforme ela sofre, sendo traída inclusive por sua amiga Lime Moon, e conhece outras pessoas, como o Walnut Kang (melhor personagem do manhwa. Ponto), ela muda e se torna cada vez mais legal.

Eu gostei muito do final da história... Não me aguentei e fui procurar na internet como terminava. Pra não esmiuçar muito e estragar a surpresa, só digo que as questões problemáticas foram tratadas como tal e não houve nenhum amor milagroso. Pelo contrário, os romances desse manhwa foram construídos progressivamente conforme a história se desenvolvia. Eu amei o final, o que posso dizer mais?

   

Em suma, recomendo a leitura, porque esse é um manhwa que surpreende. Nenhum personagem é tão simples como aparenta à primeira vista. Apesar de toda comédia e da arte bonitinha, essa história pode ser muito séria. Nota 9.

Eu li a versão em inglês do Easy Going Scans no leitor online deles.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Mairunovich

O capítulo traduzido mais recente de Mairunovich acabou num cliffhanger tããããão frustrante que resolvi falar desse mangá pra me ajudar a lidar com o que eu estou sentindo em relação a esse mangá. Eu fui ler esse shoujo, cuja autora se chama Sato Zakuri, com algumas expectativas, que foram imediatamente desmanchadas, mas mesmo assim acabou sendo um mangá bom!

Kinoshita Mairu tem um nome bonitinho e ela sempre pede desculpas por isso, porque ela, na verdade, é feia. Os colegas a chamam de cogumelo venenoso e debocham dela, seu irmão a trata com desdém, e ela não tem nenhuma amiga na escola. Um dia, ela enche o saco desse tratamento e resolve mudar para a melhor. Para isso, ela pede a ajuda de Fuwari-chan, sua vizinha (que é uma transsexual), e do menino mais popular da escola, Kumada Tenyuu, sendo que, na verdade, é ele mesmo quem dá um empurrão para que Mairu mude e aprenda a gostar mais de si mesma.

Mairu quer ser uma menina que os meninos admirem e deseja muito ter um namorado. Nesse mangá, acompanhamos o percurso dela e seus relacionamentos, enquanto ela tenta se tornar feliz e uma pessoa melhor. Por um lado, isso é muito legal. Por outro, a Mairu pode se tornar bastante irritante e fútil em alguns momentos, mas dá pra relevar isso, na minha opinião, quando se considera que ela é uma menina com baixíssima auto-estima e que está aprendendo a lidar com outras pessoas, já que ela mal consegue lidar consigo mesma. Um ponto que eu gosto muito nesse mangá é que, assim como Cat Street ou Cherry Boy, That Girl, a protagonista não fica fixada em um único menino a história toda. Mairu sai com caras diferentes e tenta "seguir em frente", ao invés de ficar sofrendo. Isso nem sempre dá certo, mas ela tenta, pelo menos! Quando eu disse que o que eu esperava desse mangá não foi bem o que aconteceu, foi exatamente em relação a personalidade da Mairu: eu achei que ela ia ser má com os meninos que a maltrataram, mas ela é uma heroína com um bom coração. 

Um aspecto do mangá que eu adorei foi o relacionamento dela com o Tenyuu. Inicialmente, Mairu olha para ele como se ele fosse seu anjo da guarda ou um deus, inclusive o chamando de "mestre", e Tenyuu a trata com pena e tem um certo senso de obrigação com ela, pois foi ele que deu aquele empurrão inicial para que Mairu mudasse. Mas, aos poucos, eles firmam uma verdadeira amizade. Ao contrário de Koukou Debut, em que o relacionamento de Haruna com You começa de forma similar ao de Tenyuu e Mairu e logo desenvolve um romance entre os dois que vai durar os próximos, sei lá, doze volumes do mangá, em Mairunovich, Mairu e Tenyuu, até onde eu li, pelo menos, não têm sentimentos românticos um pelo outro. Os dois são amigos mesmo, o que é legal de ver. Mesmo que por acaso essa história acabe evoluindo para um romance entre os dois, acho que já foi legal esse mangá ter mostrado um menino e uma menina que conseguem ser grandes amigos sem que um tenha um amor não correspondido pelo outro. Aliás, parece que as coisas estão se encaminhando para que Tenyuu tenha um relacionamento com Ayano, uma amiga/rival de Mairu, que é uma das personagens que eu mais gosto nessa história! Apesar de malvada, ela sempre faz rir e volta e meia diz algumas verdades que Mairu precisa ouvir (como sobre como o namorado dela não tem direito de se meter nas amizades dela, que eu acho que foi um grande conselho de amiga... Ai contrario da Fuwari-chan, que disse para a Mairu que o namorado estava certíssimo em exigir isso dela...).

  

Pra mim, esse mangá é nota "9" por enquanto e vamos ver como os próximos volumes vão se desenvolver! Já está finalizado no Japão e as scanlations têm um ritmo constante, então estou ansiosa para ver como vai acabar. Só pelas ilustrações, que são uma gracinha, já vale a pena ler. Eu adoro as capas desse mangá! Apesar de ser um shoujo e ter vários exageros/clichês desse gênero de mangás, Mairunovich é um mangá com uma sensação bastante real e personagens bastante humanos e complexos. Por isso, acho que vale muito à pena ler!

Os grupos HaruHime e Matteiru Scans trabalham nesse projeto em inglês.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

One Thousand and One Nights

Esse manhwa é conhecido por outros nomes além desse que eu coloquei no título: 1001 Nights, Cheon-il-Yahwa, e A Night of a Thousand Dreams. Acho que, independente de qual seja o título correto, é fácil ver de onde esse manhwa tira sua inspiração: a história das mil e uma noites em que Sherazade entreteve o sultão para adiar sua própria morte. Esse manhwa foi escrito por Jun Jun Suk e ilustrado por Han Seung Hee.

O jovem sultão, Shahryar, chama uma jovem mulher virgem de seu harem a cada noite para dividir a cama com ele. Após passar a noite com ela, o sultão a executa na manhã seguinte. Todos que habitam aquele lugar temem pela vida de suas filhas e irmãs. Dunya, a irmã de Sehara, um comerciante e tradutor de diferentes idiomas, é chamada para ser a acompanhante do sultão naquela noite, mas Sehara resolve assumir seu lugar para evitar que sua irmã seja morta. Assim, ele conta uma história para o sultão, tentando convencê-lo a poupar a vida de sua irmã. Por mais que Shahryar resista, a história o faz refletir e ele não só poupa a vida de Sehara como o transforma em seu bardo real, para seguir lhe contando histórias.

As histórias que Sehara conta são interessantíssimas. A primeira, por exemplo, é sobre uma princesa chinesa que desafia seus pretendentes com enigmas, para evitar de se casar, e sobre um príncipe que, desesperado para salvar seu reino, decide desafiar a princesa. Algumas das histórias de Sehara são baseadas em fatos históricos, como quando ele conta a história de Cleópatra ou de Sócrates e Alcibíades. Outras se baseiam em lendas, como a do lenhador e do "anjo" que ele aprisionou ou a dos deuses hindu Shiva e Kama, com algumas modificações e reimaginações.

Apesar de as lendas e histórias tomarem boa parte do mangá e, na minha opinião, serem uma das partes mais interessantes, a história do sultão e de seu bardo real também são muito legais de ler. É bonito como o relacionamento deles progride lentamente, e como a relação que os dois estabelecem se baseia em confiança. Sehara consegue explorar e compreender os traumas de Shehryar que causaram seu comportamento violento, através da figura de sua mãe e de seu grande amor, Fatima. 

  

Esse manhwa é um pacote completo: histórico, dramático, cômico, romântico... Há tanto relacionamentos "yaoi" como heterossexuais na história, o que é sempre interessante de se ver. Além disso, as ilustrações são muuuito lindas. Para mim, a arte estava especialmente bonita na história de Cleópatra. Vou dar nota "9". É engraçado que na primeira vez que eu li esse manhwa há alguns anos o meu inglês era muito pior que hoje em dia e eu não entendi o final, sendo que, por isso, não gostei do fim. Mas agora que eu reli, acho que consegui entender e interpretar melhor o final e posso dizer que gostei bastante!

A editora Yen Press publicou os 11 volumes em inglês há vários anos, por isso é fácil de achar as scans por aí.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Barakamon

Owwwn, eu gostei tanto desse mangá! Eu assisti ao anime e amei, agora peguei o mangá de Barakamon para ler e amei mais ainda. Pena que foi licenciado, então só tem os três primeiros volumes na internet... A autora se chama Yoshino Satsuki e logo eu vou falar de outro mangá dela aqui também!

Handa Seishuu é um calígrafo que já ganhou alguns prêmios e que conquistou um certo renome para si. Entretanto, o curador de uma exposição de arte critica a técnica de Handa em caligrafia, insultando-o e fazendo com que Handa, por impulso, lhe dê um soco na cara. Isso faz com que o pai de Handa o mande para uma ilha remota, Goutou, para adquirir experiências e poder repensar sobre sua arte (e sobre si mesmo!). Lá ele começa a experienciar a vida rural junto dos habitantes do local,  no início a contragosto, mas gradualmente se afeiçoando mais e mais ao local. A vida dele na ilha é surpreendentemente movimentada, especialmente porque as crianças do lugar decidiram que a casa de Handa, ou "sensei", como elas o chamam, é sua "base".

A grande estrela desse mangá é a pequenininha Kotoishi Naru. Ela tem apenas sete anos e é uma menina alegre e muito esperta, que acaba gostando muito de Handa logo de cara. Ela sempre o acaba envolvendo em suas brincadeiras e criando caos. E é a personagem mais fofa! Ever! Também tem as duas meninas do ginasial, a atlética Miwa e a fujoshi Tama, que participam das brincadeiras e gostam de atormentar Handa. Aliás, Tama, inclusive, shippa Handa com um vizinho deles, Hiroshi, que, meio a contragosto, também ajuda muito Handa, por vê-lo como uma pessoa incapaz de se cuidar sozinha.

Quem iria imaginar que um mangá sobre caligrafia seria tão bom e chegaria a ser um dos mais vendidos no Japão, heim? O melhor de Barakamon são seus personagens. Handa por si só já é muito engraçado e caótico, mas os nativos do lugar também divertem muito!!! A história é simples e justo por isso é uma leitura tão relaxante e tranquila, cheia de momentos engraçados. 

  

Outro aspecto que eu gosto muito em Barakamon é o crescimento dos personagens, sobretudo do Handa. Claro, é gradual e cheio de idas e vindas (como os outros personagens dizem, Handa é um cara sensível), mas ele aos poucos vai aprendendo mais e mais enquanto vive na ilha e crescendo como pessoa e como artista. Eu também gosto muito do estilo de desenho da autora (o anime conseguiu replicar muito bem, vale a pena dizer!). Barakamon é uma definitiva nota "10" pra mim.

Eu li em inglês no mangafox a tradução dos grupos Bliss e Village Idiot. A editora VIZ está publicando o mangá em inglês e eu queria poder comprar os ebooks, mas na Amazon é muito caro e na Cultura só tem os três primeiros volumes...