sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Cherry Boy, That Girl

Acho que corro o risco de parecer racista com esse comentário, mas o que me fez durante muito tempo evitar manhwas é que os nomes dos personagens são muito parecidos para mim. Felizmente, Cherry Boy, That Girl facilitou minha vida com nomes bem fáceis de lembrar como vou comentar abaixo. O nome do (a) autor (a) é South Ant.

Strawberry Shin é uma das poucas estudantes mulheres de uma escola que costumava ser só para meninos. Como ela é a mais bonita, ela acaba sendo idolatrada pelos colegas e tratada como uma celebridade. Mesmo curtindo a admiração dos meninos, ela já tem um namorado desde o ginasial, Mandarin Kim, que é, inclusive, mais bonito que ela. Os dois acabam brigando, por Mandarin gostar de tirar sarro de sua namorada e por Strawberry gostar de flertar com outros meninos. Strawberry decide, então, sair com Pear Kang, um menino rico e popular. Mandarin, por sua vez, se veste como mulher e começa a frequentar a escola com a identidade de Cherry Kim, se tornando a menina mais popular da escola, sobretudo após os colegas descobrirem a personalidade narcisista, arrogante e egoísta de Strawberry. 

Inicialmente, esse mangá foi muito cômico e seus personagens até pareciam ser meio maníacos, pelo jeito que agiam. Mas, aos poucos, a história foi tomando um rumo mais profundo e sério. Várias coisas que a maioria dos mangás shoujo que há por aí tratariam como provas de amor, esse mangá problematizou, sobretudo a forma que Mandarin passou a tratar Strawberry e a fazer com que ela fosse excluída e odiada na escola. Isso não é legal e não é nem um pouco saudável para um relacionamento, e é assim que esse manhwa lida com a história. Eu gostei muito da Strawberry, ainda que no início ela tenha sido uma personagem difícil de aturar, por causa desse comportamento extremamente egoísta e arrogante dela. Conforme ela sofre, sendo traída inclusive por sua amiga Lime Moon, e conhece outras pessoas, como o Walnut Kang (melhor personagem do manhwa. Ponto), ela muda e se torna cada vez mais legal.

Eu gostei muito do final da história... Não me aguentei e fui procurar na internet como terminava. Pra não esmiuçar muito e estragar a surpresa, só digo que as questões problemáticas foram tratadas como tal e não houve nenhum amor milagroso. Pelo contrário, os romances desse manhwa foram construídos progressivamente conforme a história se desenvolvia. Eu amei o final, o que posso dizer mais?

   

Em suma, recomendo a leitura, porque esse é um manhwa que surpreende. Nenhum personagem é tão simples como aparenta à primeira vista. Apesar de toda comédia e da arte bonitinha, essa história pode ser muito séria. Nota 9.

Eu li a versão em inglês do Easy Going Scans no leitor online deles.

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