segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Sekirei

Quando eu comecei a ler Sekirei, eu pensei "eu conheço esse estilo de desenhar de algum lugar... Até parece Sensitive Pornograph!". Pois é, não só parece. A autora é a mesma: Gokurakuin Sakurako (mais conhecida pelas fujoshi como Sakura Ashika), que desenha tanto mangás yaoi super-pervertidos como seinen ecchi super-pervertidos.

Nessa história, o protagonista se chama Sahashi Minato e é o típico protagonista de mangá ecchi: um perdedor. Ele reprovou no vestibular duas vezes, não faz sucesso com as mulheres e está desempregado. Um dia, entretanto, ele conhece uma estranha menina peituda, Musubi, quando ela literalmente cai do céu em cima dele. Musubi então anuncia que ela é uma "sekirei" e que Minato é um "ashikabi". Sekirei são 108 seres com poderes incríveis que só podem ser ativados se eles receberem asas através de um beijo de um ashikabi, que são humanos com genes que lhe permitem ativar os poderes de um sekirei. Ashikabi e sekirei possuem um vínculo muito especial, sendo que se um (a) ashikabi morrer, seus sekireis também morrerão com ele (a). Musubi também informa Minato que há uma competição entre os sekirei e dizem que o sekirei que a vencer pode realizar seu sonho de ficar para sempre com seu ashikabi.

A história é toda muito nebulosa no começo e demorou um tempo até esses conceitos ficarem mais claros para mim, como leitora, e para o próprio Minato. Eles descobrem que essa competição se chama o Plano Sekirei (Sekirei Keikaku) e está dividida em diferentes estágios. No primeiro deles (First Stage), que é quando começa a história, os sekirei precisam encontrar ashikabi que lhes deem asas. No segundo estágio (Second Stage), a cidade de Tóquio se torna uma cidade fechada e não é permitido que nem ashikabi, nem sekirei saiam de lá, para que todos os sekirei recebam asas. No terceiro estágio, iniciam-se uma série de batalhas entre os sekirei para conseguirem artefatos chamados Jinki. Depois, se inicia o estágio final, que também é dividido em etapas. É um mistério durante a história qual o verdadeiro propósito desse Plano Sekirei, o que são realmente os sekirei e o que irá acontecer durante o estágio final.


Minato, aos poucos, consegue várias sekirei ao seu lado... Que são uma mais clichê que a outra, ao ponto que isso ficou até um pouco chato, na minha opinião. Salvo uma ou outra diferença em personalidade e no penteado, todas elas são meninas peitudas, que consideram Minato seu "marido" e que lutam tendo sua roupa destruída... Exceto o Homura, que, dos sekirei do Minato, é o que eu achei mais interessante. Ele é um sekirei com uma fisiologia instável, então, quando ele começa a se envolver com Minato, seu corpo começa a se transformar num que vá agradar mais seu ashikabi. Ou seja, ele começa a adquirir características femininas, apesar de ele continuar pensando e agindo como um homem. 

Para ser bem sincera, não achei esse mangá tão legal assim. Ele tem alguns aspectos interessantes, mas, em geral, é pouco envolvente. Por mais que eu geralmente tolere ecchi bem e consiga curtir uma história ecchi, eu comecei a ficar cansada da quantidade de peitos de fora, de calcinhas e de mulheres fazendo poses ridiculamente sensuais para fazer tarefas simples. Eu continuo lendo Sekirei porque estou vagamente interessada em alguns plots secundários (especialmente na a irmã do Minato e o sekirei dela, Shiina, ou na relação da Uzume com a Chiho), mas cada vez me desanimo mais para ler... Acho que esse é um mangá com tantos clichês e com personagens (tirando a Yukari, o Homura e um ou outro) não muito interessantes ou carismáticos.

  

Eu me esforcei para gostar desse mangá, mas não está dando muito certo... Como eu disse, continuarei lendo porque tem algumas coisas que me mantem mais ou menos interessada, mas no geral esse anime acaba sendo um monte de clichês e não tem um carisma que envolva o leitor. Eu vi no tumblr alguém dizendo que esse mangá lembra um Pokémon versão fanservice, porque a moral da história é "capturar" sekirei (garotas) e fazê-las batalhar entre si... E o pior é que define bem a ideia básica desse mangá. Além disso, a arte é um aspecto que não é lá grande coisa... As lutas são legais de ver, mas, em geral, o design das personagens é meio fraco/sem graça e a forma que a autora desenha peitos me deixa incomodada, pra dizer o mínimo. Vou dar nota "6".

Eu estou lendo em inglês e vários grupos trabalharam na tradução desse mangá (também, né! Esse mangá está sendo publicado há mais de dez anos), sendo que o que atualmente o traduz é o A-Team.

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