Outro mangá da Kodaka Kazuma (ou K2) que eu estava há um tempão para ler e nunca lembrava de ler. Border é um daqueles mangás yaois (como esses aqui) que foca mais do que em apenas no romance. Na verdade, eu diria que esse aqui é um mangá primariamente de ação, com o yaoi/romance ficando em segundo plano.
O personagem central da história é Suou Yamato, que é o chefe de uma agência de detetive que usa de qualquer meio possível e imaginável para concluir uma missão. Os outros três funcionários da agência formam além de uma equipe bem esquisita, também uma família inusitada. Temos o gênio da informática Kippei, o playboy com um passado trágico Tamaki, e o estoico Sougo. Apesar de Yamato ser o centro da história, o mangá enfoca também nos outros três, suas motivações e histórias pessoais. Acredito que nesse momento o mangá, em sua quinta edição, esteja aprofundando a história do Sougo.
Os capítulos mostram mistérios nos quais a equipe trabalha, sendo sempre por encomenda de clientes (as informações são transmitidas através de um laptop, o que me lembra muuuito As Panteras!). Há cenas muito bem desenhadas e legais de perseguição de moto, luta com facas, ataques terroristas... A arte é a típica arte da K2, mas funciona super-bem nesse cenário bem mais movimentado. O passado do Yamato num grupo de operações especiais do exército (ou algo assim) é bem interessante e eu fiquei curioso para ver mais sobre isso nos próximos volumes.
Um alerta para os que gostam de mangás yaoi cheeeios de cenas quentes: Border tem, sim, alguns momentos românticos ou até explícitos, mas não é o foco da história. Há alguma coisa no volume 1 e, se não me engano, alguma coisa romântica no volume 3. Mas, no geral, a história é mais enfocada na ação. O problema dos mangás yaoi que resolvem abordar mais do que o romance é que eles acabam se atrapalhando em balancear as duas coisas. Não acho que isso acontece com Border, mas vi que há muita gente que discorda de mim.
Eu só consegui ler os dez primeiros capítulos e foleei o terceiro volume na casa de uma colega. O mangá parece melhorar cada vez mais e a história é bastante instigante, prendendo até, talvez, um leitor que não é muito fã de yaoi. Uma coisa que eu gostei muito foi do character design. Do Yamato e do Tamaki, especialmente. Aliás, os personagens têm várias características atípicas. Vou dar uma nota "8" e espero algum dia poder ler mais dessa série.
A tradução dos dez primeiros capítulos é do Dangerous Pleasure em inglês. Depois, o mangá foi licenciado e está sendo publicado pela Juné. Também foram traduzidos pelo mesmo grupo dois doujinshis que aprofundam a backstory do Yamato: Side Story e Take Out.
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