quarta-feira, 21 de maio de 2014

Renai Sousa

Esse é outro desses mangás que eu vi outra pessoa resenhando comentando (na comunidade Anti-Girly Uke Yaoi), me interessei e fui ler. No caso, a resenha era super-ultra-mega detalhada e exaltava muito as qualidades de Renai Sousa. O que posso dizer...? Às vezes, ter expectativas altas demais pode ser um problema. Eu gostei desse trabalho de Hasukawa Ai, mas achei que fosse gostar mais.

Yamashiro Kei é um designer de interiores que trabalha com escritórios e restaurantes de alto padrão. Ele é contratado, então, para redecorar um dos vários restaurantes de Okumura Takashi. Apesar de Okumura ter se interessado instantaneamente por Yamashiro, esse sentimento não é recíproco. Na verdade, Okumura é o tipo de gente que Yamashiro mais odeia: arrogante e insistente. Justo por isso, Yamashiro não quer ceder a ele, por considerar isso uma fraqueza e decide inverter a situação, ou seja, fazer Okumura se apaixonar por ele primeiro. 

Ambos os personagens são determinados, inteligentes e muuuito teimosos, por isso a relação deles é um constante embate. Eu admito que achei muito legal ver momentos em que o Okumura tenta flertar com o Yamashiro, que dá uma resposta que deixa o outro completamente sem jeito. Isso deixa claro o porquê desse mangá ter sido tão louvado na comunidade AGUY: Yamashiro não é o uke típico que se encontra por aí. O mangá não chega a ser uma "batalha de semes" (como Docchi mo Docchi, 50x50, Mazu wa Ubaiai ou até mesmo Harenchi no Susume), mas apresenta um uke forte e assertivo, o que sempre é um ponto positivo para mim. Mesmo quando é beijado de surpresa, ele não perde o jeito: "achei que você beijasse melhor do que isso, Okumura". Muito bom!

Eu achei que a história poderia ter acabado no primeiro volume, mas a autora resolveu continuar. Ela apresenta o bartender Sasatani Nagi, que vem para disputar as atenções de Yamashiro com Okumura. Não que ele tivesse uma chance, mas ele consegue perturbar os dois bastante. Esse volume foi cansativo, arrastado e clichê. Não acrescentou nada para os dois, na minha opinião. Eventualmente, Sasatani desiste e resolve se dedicar a infernizar a vida de Ichinose Kei, um novo cliente do bar que é xará de Yamashiro, mas tem uma personalidade bem diferente da dele. Em suma, esse segundo volume foi desnecessário. 

  

Um ponto positivo desse mangá é o crescimento pessoal do Yamashiro e o desenvolvimento do relacionamento dele com o Okumura. A ideia de disputa pelo controle/poder no relacionamento é interessante e a autora a trabalhou bem. A arte é bonita e agradável, mas não é das minhas favoritas, digamos assim. Como eu mencionei, teria gostado bem mais do mangá se o segundo volume não existisse ou tivesse sido escrito de uma forma bem diferente. Nota "8", portanto. Muito bom, mas não é excelente. 

A Juné licenciou e publicou os dois primeiros volumes, sob o título Love Control. Há scans deles na internet, super-fácil de achar por aí. Diz a lenda que essa série ainda está em publicação, mas eu nunca vi imagens ou comentários sobre esse misterioso terceiro volume. 

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