sexta-feira, 6 de junho de 2014

Kibishiku Aishite

Eu gosto muito da Honjou Rie e de boa parte dos trabalhos dela. Acho que ela é uma daquelas autoras que mesmo quando faz uma história não muito boa, a história ainda não chega a ser ruim. No caso, Kibishiku Aishite é uma história que eu considero muito interessante.

Na história principal, temos Kenichi. Ele é um trabalhador comum, que está procurando por um relacionamento em um site de relacionamentos. Lá, ele conhece Yuma, e os dois marcam de se encontrar. Ele fica chocado ao ver que Yuma é ainda um estudante (e muito excitado, porque ele adora uniformes gakuran). Os dois, assim mesmo, começam a sair. Yuma tem um rosto angelical, é doce e virgem. Na primeira vez que eu li essa história, há alguns anos, eu comecei a ficar cansado e achar que era um grande clichê. Exatamente quando eu pensei isso, temos Yuma falando para si mesmo com uma expressão maquiavélica: "bem, vamos dar o bote essa noite?". 

O que Yuma aos poucos vai revelando é que ele adora sadomasoquismo e pretende "treinar" Kenichi para ser seu parceiro ideal. O que ele faz é softcore, mas mesmo assim: algemas, coleira, amarrado com a gravata... E Kenichi, que está perdidamente apaixonado pro Yuma, não podia se importar menos com as esquisitices dele. Ele aceita ser punido e age como um cachorro quando recebe ordens! Lá mais pro final da história, Yuma resolve punir Kenichi chamando Inoue, um amigo seu, para um threesome. Yuma é o uke sádico que todo seme masoquista precisa (como Kenichi vai aos poucos descobrindo). Acho muito interessante como ele manda e desmanda no relacionamento, que tem uma dinâmica interessante.

A oneshot que vem nesse mangá se chama Happy Boy e é sobre Kanato, um prostituto, e seu cliente, Matsumura. Ele foi inicialmente procurado por Matsumura que se interessava por sadomasoquismo, mas não conseguia uma parceira que tivesse o mesmo hobby. Um se apaixona pelo outro, mas Matsumura tem dificuldades em lidar com o fato de Kanato ser um prostituto... Essa história é previsível e bem simples.

  

Fãs de sadomasoquismo mais hardcore vão achar esse mangá brincadeira de criança, mas eu, como não sou lá muito fã de BDSM, curti. A história é divertida e tem um tom engraçado, não sendo algo para ser levado a sério. Acho que o smut é bom em alguns momentos, em outros, demasiadamente censurado. É uma leitura leve e pervertida para quem está procurando algo assim, com um uke extremamente dominador e sádico de brinde! Vou dar nota "8".

A tradução para o inglês foi feita pelo Fantasy Shrine.

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