quarta-feira, 4 de junho de 2014

Kono Kimochi wa Koi ni Naru

Olhei para a capa de Kono Kimochi wa Koi ni Naru e pensei "arte bonita, Kanzaki Takashi... Acho que vou ler!". Comecei a caçar para baixar e descobri que tinha sido licenciado. Aí mesmo que eu fico determinado a achar. Eventualmente achei e fiquei muito decepcionado com essa coleção de oneshots.

A história do título e da capa é sobre Hisashi, um modelo, que admira um outro modelo super-famoso, Tomohito. O único objetivo dele é também chegar ao topo e trabalhar para a mesma agência que Tomohito. Os dois acabam se conhecendo de uma forma inusitada e acabam se aproximando, muito para a alegria de Hisashi. Meus problemas com essa história são que Hisashi é um capacho e a única motivação dele na vida é ficar por perto de Tomohito. Tudo que ele faz ou deixa de fazer na história é objetivando ficar junto dele. E o Tomohito é super-indiferente em relação ao Hisashi, não ficando claro se ele realmente se importa um pouquinho que seja com ele ou se está com ele só pela conveniência. 

Dois primos estão num relacionamento amoroso e trabalham em uma agência de detetives. A missão que recebem é de investigar o caso de uma menina que não deixa seu quarto há dois anos. Um deles, Katsuki, possui um trauma de ter sido abusado por seu irmão e sua investigação acaba trazendo à tona essas memórias. Nakaba, seu primo, está preocupado com a saúde de Katsuki e procura confortá-lo. Essa oneshot talvez tivesse sido melhor se a autora tivesse escrito um mangá mais longo e aprofundasse na criação e nas questões pessoais desses personagens. Aí vem uma história shotacon: Taichi, um aluno do ginasial, está namorando seu tio, Kyouya, que também está ajudando a tomar conta de Taichi enquanto a mãe dele viaja. Kyouya tinha um relacionamento com o pai de Taichi (marido da irmã dele). Isso faz com que Taichi tenha ciúmes e confronte seu pai. Essa oneshot é cheinha de relações familiares disfuncionais. Achei perturbadora e mal escrita.

Na última história, temos dois amigos que gostam um do outro. Kayama constantemente reafirma seu amor por Atsumu, que, por sua vez, nega seus sentimentos por Kayama. Tudo vai muito bem, com Kayama insistindo para que Atsumu admita que também o ame, até que Kayama decide algemar o Atsumu na cama e estuprá-lo. O Atsumu diz várias vezes que aquilo é estupro, que seu corpo está respondendo contra sua vontade, que nunca vai perdoar Kayama... E Kayama continua. Mas aí ele chora no final e dá um banho no Atsumu depois de estuprá-lo. Isso, para o Atsumu, é uma imensa demonstração de amor e ele perdoa o outro. Tipo, oi?! Foi uma situação super-traumática em que você estava algemado e vendado, pedindo para que ele parasse... E você perdoa? Sem mais nem menos?! Se esse mangá já estava sendo ruim, depois disso ele me deixou com um gosto amargo na boca.

  

Lado positivo desse mangá? Ahn, a arte, talvez? É bonita. E só. O smut não é bom, as histórias não são boas, os personagens não são interessantes... Céus, que mangá medíocre. Vou dar nota "4", porque estou me sentindo generoso e porque eu me sentiria triste em dar uma nota menor que isso para um mangá da Kanzaki Takashi.

Foi traduzido para o inglês pelo Attractive Fascinante. Também foi licenciado e publicado pela 801 Media digitalmente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário