Pessoas, essa é minha primeira postagem aqui... O Faust me pediu para comentar Ikemen-kun to Saenai-kun, por três motivos: o primeiro é que ele estava com preguiça, o segundo é que ele não sabia o que falar sobre esse mangá, e o terceiro - e mais importante de todos - é que ele gosta demais desse mangá da hideyoshico e achou que ficaria mais enviesado que o normal para falar desse assunto (pessoalmente, eu acho que não é um problema ser parcial, afinal a resenha é um comentário pessoal seu).
Shinohara Kentarou é o "saenai-kun" (que significa "entediante" ou "desinteressante") do título e um dos protagonistas. Ele, como seu apelido no título do mangá indica, é um cara sem graça e desinteressante que vai para a faculdade, não chama à atenção de ninguém e nunca conseguiu uma namorada. Um dia, ele é acertado por uma bola e desmaia. A partir disso, que as coisas começam a ficar estranhas: em diversos momentos, ele perde a consciência e não tem memórias do que fez nesse período, apesar das outras pessoas reportarem que ele faz coisas muito esquisitas.
Um dia, ele acorda num lugar estranho e encontra um cara muito bonito que ele nunca viu antes. Esse cara, o "ikemen" do título, se chama Mashiba e oferece uma explicação estranha para lhe dar: a namorada de Mashiba que faleceu recentemente está possuindo o corpo de Kentarou e é a responsável por todas essas ações esquisitas e lapsos na memória. Assim, Kentarou é forçado a continuar emprestando seu corpo para a namorada-fantasma de Mashiba, para que o casal possa continuar se encontrando. Mashiba não é exatamente um cara simpático e não parece estar muito satisfeito com a situação atual, mas ele aos poucos vai se abrindo e se mostrando mais gentil para Kentarou... O que deixa a dúvida se ele realmente está sendo gentil com o próprio Kentarou ou se só faz isso por amar sua falecida namorada.
Para ser bem sincero, eu não sei se gostei muito desse mangá... Eu acho que a ideia é boa e a execução (até certo ponto) também foi boa. O problema é que a autora resolveu lançar mão de alguns clichês, que até podem ter amarrado as pontas, mas foram desnecessários para mim. Explicar toda a trama com base no passado das personagens, que nem elas próprias lembravam, é tão simplório. Apesar de desde o início de mangás já haver pistas de que esse seria o rumo da história, me senti um pouco traído por uma autora que até aquele momento estava se mostrando inovadora. Também senti falta de um maior desenvolvimento das personagens... As facetas novas sobre eles que foram descobertas nos últimos capítulos, na verdade, são reflexo da infância deles e não um desenvolvimento proporcionado pela história e pelo relacionamento entre essas personagens.
Teria sido mais proveitoso para mim se a autora tivesse desenvolvido o relacionamento atual e os sentimentos atuais de Mashiba e Kentarou. Para mim, não ficou muito claro os sentimentos desse trio de personagens e as justificativas dadas pela namorada foram forçadas, para dizer o mínimo. Também achei o Kentarou é um capacho. Ele se resignou e se submeteu demais à situação, não parecendo se importar em ser usado. Eu estava esperando um personagem sem graça, por causa do título, mas "sem graça" não é sinônimo de "submisso". Eu também não sou um grande fã da arte, que é bem "rabiscada", mas acho que a autora conseguiu desenhar cenários e expressões faciais muito bem. O Faust super-recomenda esse mangá e dá nota 10. Eu, que sou mais chato que ele (ou, simplesmente, tenho um gosto diferente), estou dando uma nota "8" para não ser expulso do blog, porque eu não sei se curti muito. Mas não vão por mim, leiam!
A tradução em inglês, que foi a que eu li no Batoto, foi feita pelo grupo acme.
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