segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Parallel Lines

Quando eu baixei Parallel Lines pela primeira vez, juro que pensei que a capa era da hideyoshico. Só que não é. Talvez eu tenha achado a arte da autora Yukue Moegi familiar porque ela trabalhou muito com doujinshi de Gintama (que, caso você não saiba, é a série que eu mais gosto de ler doujinshi). 

O que me atraiu nesse mangá foi a tag "seme x seme" que ele recebeu no Baka-Updates, em função da história que dá nome ao mangá. Nela, Ichiya, que é gay, se apaixona pelo adorável Minato, um de seus colegas na faculdade de design de moda. Infelizmente para ele, outro cara, chamado Jirou, também está afim de Minato. Assim, os dois começam uma competição pelo coração de Minato! Pelo menos, é isso que acontece inicialmente, mas conforme começam a passar tempo juntos, os dois vão se aproximando um do outro. Gostei muito dessa história, mas fiquei um pouco decepcionado com o final abrupto que teve. 

Há também três oneshots. Na primeira (If you say my name...), um aluno vai ao seu local favorito no pátio da escola para almoçar e lá ele encontra um calouro praticando boxe. Eles não sabem nada um sobre o outro, nem os seus nomes, mas se encontram todos os dias lá e conversam sobre todo tipo de coisa. A partir de um beijo, Masaru, o veterano, fica cada vez mais curioso sobre o outro e tenta descobrir mais sobre ele. Acho que essa história foi legal, com uma boa idéia e uma execução eficiente. Pena que a história é tão curta! Na segunda, chamada Fly Straight to the Sky, temos Makita Shou e Nakanishi Yuuichi, ambos membros do clube de salto com vara. Apesar de serem do mesmo clube, enquanto Yuuichi é a estrela do clube, o aluno com as melhores notas na escola e muito bonito, Shou é seu oposto. Shou considera Yuuichi seu rival, apesar de não chegar nem perto dele. Quando ele vai mal nas provas e precisa da ajuda de Yuuichi para estudar, os dois começam a se aproximar e a desenvolver uma amizade. Entretanto, de repente, Yuuichi beija Shou. Das histórias desse mangá, essa foi a que eu menos gostei. Não por ser ruim, mas porque tanto a história como os personagens são clichês. Não consegui empatizar com eles.

Por fim, uma história simples e fofa: Café Latte Letter. Tane é dono de um café e sempre faz desenhos com a espuma para agradar seus clientes. Um deles é Kotarou, um cara que frequentemente sai pelo mundo viajando só com uma mala e sua câmera fotográfica, mas sempre acaba retornando para tomar seu café favorito, feito por Tane. Além de só sorrir quando Kotarou está por perto, Tane criou um padrão exclusivo para o café dele: um trevo de quatro folhas, que é uma forma de Tane expressar seus sentimentos por Kotarou e lhe desejar boa sorte nas viagens. Gente, que história bonitinha! Todas as histórias desse mangá foram agradáveis, mas acho que ele foi encerrado com chave de ouro. 

  

Olha, sobre a arte... Esse mangá não tem uma arte bonitinha, com olhos se debulhando em lágrimas, flores e babados... Mas sabe que eu acho isso refrescante? Os painéis são simples, eficientes e expressivos. Acho que todas as histórias poderiam ter sido mais longas... A primeira me deixou com a sensação de que o final ficou faltando e, mesmo que as outras tenham sido mais "conclusivas, acho que poderiam ter um maior desenvolvimento. Mesmo assim, esse mangá é uma leitura leve e divertida que vale bastante a pena. Vou dar nota "8".

A tradução em inglês é do Ikemen Scans, enquanto em português é do Kokoro Lovers

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