terça-feira, 26 de agosto de 2014

Caramel

Sinto que algum tipo de divindade do yaoi irá me jogar um raio depois dessa, mas eu preciso confessar: não gostei de Caramel. Li várias resenhas elogiando muito este trabalho de Okuyama Puku e o comprei assim que foi lançado em inglês... Mas não gostei.

Kobayashi Iori vai se mudar para Tóquio, em função da universidade, e precisa de um lugar para ficar. Ele encontra um anúncio oferecendo um quarto de graça, em troca de fazer o serviço doméstico e cozinhar. Como Iori é bom nessas coisas, por ajudar sua mãe a cuidar dos irmãos mais novos, ele acaba topando. Chegando lá, ele dá de cara com Toudou Roku, um cara mais velho, estranho, grosseiro e mandão. Ele é um empresário rico, mas completamente inútil em cuidar de si mesmo, por isso o anúncio, e tem dificuldades em dormir de noite, a não ser bem abraçado em Iori... Por mais que Roku seja uma pessoa difícil, Iori não consegue abandoná-lo, ao vê-lo feliz e relaxado ao comer sua comida e dormir em seus braços. 

Eu já vi histórias assim antes (e, vamos admitir, é um enredo bem genérico! Tem diversos mangás shoujo, shounen e yaou com enredos parecidíssimos), a questão é que é a Okuyama Puku que está fazendo a história. Como tal, a arte bonitinha e o humor ajudam a tornar a história mais divertida. Iori é adorável, cuidadoso, inocente e feliz. Roku é mal-humorado, egocêntrico e possui um lado infantil oculto em sua personalidade. Outros milhões de mangás usam e abusam de personagens exatamente assim. Talvez isso tenha me irritado tanto: Iori é o típico uke que se vê por aí (apesar de ele, graças aos céus, não ser um chorão) e o Roku é o típico seme (apesar de ele ser menos babaca e sádico do que a maioria). São extremamente típicos, mas com algumas pitadas de diversificação da Okuyama Puku, o que os deixa menos irritantes (ou, talvez, mais interessantes).

A história é uma leitura leve. Nada de drama exagerado, nenhum grande evento. Esses dias eu estava reclamando sobre um shoujo (verão em setembro qual é) que parecia prometer ser uma história tranquila, sem grandes reviravoltas, e acabou enlouquecendo lá pela metade. Caramel é bobinho e tranquilo do início ao fim. É o tipo de leitura que eu queria achar... Só que eu não gostei. 

  
  
No geral, esse é um mangá tranquilo e bonitinho, com níveis baixos de drama e um enredo típico. É uma leitura agradável, para quem quer ler uma história relaxante, sem muitas surpresas ou profundidade. A arte da Okuyama Puku é bonitinha, simples e cheia de chibi, com reações exageradas e sempre com um pézinho na comédia. Esse foi o primeiro mangá da autora com cenas mais explícitas e posso afirmar que ela não decepcionou nesse quesito. Infelizmente, não consigo dar mais do que nota "6" para esse mangá.

Eu comprei a versão que a Juné lançou em inglês. 

2 comentários:

  1. Oi Faust!

    Olha, eu também comprei Caramel com grandes expectativas, já que a maioria das resenhas falavam super bem dele...
    Então (rs rs), no final não foi aquela Brastemp, mas tendo em vista o momento em que li (e que estava passando) eu gostei e achei fofinho!! Totalmente previsível, é verdade, mas como vc mesmo descreveu: agradável e relaxante - portanto - no final achei que valeu a pena a aquisição. :)

    Existe alguma coisa nos traços da Okuyama Puku que tornam os desenhos fofos. Pelo menos eu não tenho como deixar de sorrir olhando a capa :)

    Beijos

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    1. Oi, Naelyan!

      Acho que deve ter sido esse o problema: todo esse hype em cima de Caramel. Isso jogou nossas expectativas lá para cima e Caramel acabou não parecendo tão bom como imaginávamos, apesar de ser um mangá bem bonitinho e razoável.

      Um mangá da Okuyama Puku sempre vale a pena, mesmo que seja só pela fofura! Então não me arrependo de ter comprado! :)

      Um abraço,

      Faust

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