quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Sannin Gurashi

Apesar de esse ter sido o único mangá da Hirakita Yuya que eu li, sou muito interessado nos outros trabalhos dela. As capas coloridas, bonitinhas e cheias de personagens felizes me fazem querer muito ler a história. Sannin Gurashi, é claro, tem uma das capas mais bonitinhas que eu já vi.

Dois irmãos, Atsunari e Kouji, estão vivendo sozinhos. Sua mãe os abandonou e seu pai era um cara abusivo. Por isso, Atsunari, o irmão mais velho, trabalha e estuda na universidade para sustentar seu irmão mais novo. Um dia, Atsunari anuncia que seu namorado, Haruki, irá viver com eles também. Haruki tinha um ótimo relacionamento com seus pais e irmão, mas após revelar que é gay foi rejeitado por sua família. Assim, esses três vivem juntos e encontram felicidade na companhia um do outro.

Quatro anos se passam, com Kouji agora no ensino médio e trabalhando também numa lanchonete. Lá, ele reencontra um amigo de infância, Kyouichi, que é apaixonado por ele e fica interessado romanticamente por um cliente. Apesar do passado difícil dos personagens, a história tem uma narrativa otimista e alegre. Nunca há drama demais e o humor também não é exagerado. Tudo está na medida certa.

Também há uma oneshot, Pinky Promise, nesse mangá. A oneshot fala sobre Yoshida, um professor do jardim de infância e o irmão mais velho, Akio, de uma aluna sua. Yoshida terminou um relacionamento recentemente, com seu namorado lhe dizendo que só pode levar a sério um relacionamento com uma mulher. Akio termina com sua namorada, uma cena que é presenciada por Yoshida, e os dois trocam um olhar que lhes faz se apaixonarem a primeira vista. Akio pede que Yoshida lhe console (desse jeitinho de mangá yaoi) e deseja ter um relacionamento com ele, mas Yoshida não está pronto para isso, especialmente por ter medo de ser abandonado novamente. Achei que essa história é boa, mas poderia ter sido melhor desenvolvida e destoou demais da história principal, por ter esse tom mais sóbrio e triste. Não gostei dessa história encerrar um mangá tão feliz e positivo com esse gosto amargo.

  

A arte é muito agradável, mas poderia ser um pouco mais detalhada e refinada, apesar de isso não interferir no aproveitamento da história. Gostei muito dos personagens da história principal. Todos eles são fáceis de empatizar e gostar (mesmo o irmão do Haruki, que consegue se redimir e se mostrar um pouco mais "gostável" mais para o fim da história), sendo que a autora os escreveu bem. Quase toda a história é do ponto de vista do Kouji, o que lhe dá uma ingenuidade. Entretanto, eu dispensava a inclusão daquela oneshot. Vou dar nota "8".

A tradução em inglês foi feita pelo Acme (que tem tantos projetos interessantes!!! Acho que vou reler mais alguns deles e comentar aqui). 

2 comentários:

  1. Faust,

    Sannin Gurashi me surpreendeu por ser um mangá fofinho, mas que tratou de alguns temas sérios mas sem perder a delicadeza. Como da cena que o Haruki chega machucado e o Kouji começa a pensar como isso aconteceu.

    Kouji é um personagem fofo (ando repetindo demais esta palavra...), mas não tem outra que descreva melhor a cena quando ele conclui que a vida ficou melhor depois que o Haruki foi morar junto com eles.

    Gosto muito destas histórias em que acompanhamos a infância de um personagem, depois sua adolescência... :)

    Beijos!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Naelyan!

      Isso é verdade. Acho que por isso que a oneshot que vem junto me causou tanto estranhamento. Sannin Gurashi fala de coisas sérias, mas, como você disse, de uma forma delicada... E otimista. Tudo fica bem para esses personalidades, apesar das situações adversas: os irmãos órfãos encontram amor e Haruki consegue melhorar sua relação com a família que o rejeitou.

      Também sou fã dos mangás em que o leitor vai acompanhando a vida de um personagem. Geralmente, esses são os mangás que mais comovem, na minha opinião! :)

      Um abraço,

      Faust

      Excluir