Ok, talvez tenha sido uma escolha óbvia, porque Seven Days é imensamente popular. Também esse é um dos motivos pelos quais eu acho que esse mangá é uma boa escolha para ser publicado no Brasil. Outro motivo é por esse mangá combinar bem arte e história: a Takarai Rihito é conhecida por sua arte muito bonita, enquanto a Tachibana Venio é conhecida por ser uma ótima escritora.
Shino Yuzuru é um aluno do terceiro ano do colegial, conhecido por ter um rosto bonito e um ar estoico enquanto está praticando arco-e-flecha. Entretanto, sua personalidade é descontraída, alegre, rude e muito direta, bem diferente do que sua aparência sugere. Por isso, seus relacionamentos sempre terminam com a namorada lhe dizendo ter ficado decepcionada com sua personalidade. Já Seryou Touji, kouhai de Yuzuru no clube de arco-e-flecha, é conhecido por trocar de namorada toda semana. Seryou concorda em namorar com a primeira pessoa que se declarar para ele na segunda-feira, terminando o relacionamento no domingo por não ter conseguido se apaixonar. Seryou é muito popular, apesar disso, por fazer a namorada se sentir especial durante esses sete dias. Yuzuru fica curioso sobre Seryou, depois de ter escutado esse boato. Numa manhã de segunda-feira, Yuzuru pergunta se Seryou sairia com ele, por brincadeira e por curiosidade. Seryou o leva a sério e os sete dias nesse relacionamento começam.
Enquanto Seryou realmente quer se apaixonar e está procurando por alguém, em função de já ter se apaixonado uma vez num relacionamento que não acabou bem, Yuzuru fica surpreso por ter sido levado a sério, mas decide se divertir durante essa semana. Ele também está cansado de ser julgado somente por sua aparência e de ouvir que sua personalidade contrasta muito com seu rosto, querendo alguém que consiga amá-lo por quem ele realmente é. Seryou, ao contrário das outras pessoas, acha interessante esse contraste em Yuzuru, dos bocejos com a boca bem aberta ao mau humor matinal. Pelo contrário, ele gradualmente se interessa mais e mais por Yuzuru.
Ambos os personagens são bem escritos e foram muito bem planejados. O ponto de vista varia entre os dois, então o leitor consegue saber antes dos próprios personagens como eles se sentem em relação ao outro. A expectativa é de como eles vão ou não admitir seus sentimentos e lidar com esse prazo de sete dias para se apaixonar. Em nenhum momento da história temos aquela frase usada frequentemente nos mangás yaoi: "mas eu sou um homem!". Nah. Isso não importa em Seven Days, não é diretamente endereçado, nem se torna um problema ao longo da história. Essa história funcionaria independente do gênero dos personagens, porque ela é muito bem construída.
Esse é um mangá agradável e doce, extremamente bem construído, com dois personagens carismáticos e interessantes. Eu acredito que esse mangá acabou de uma forma perfeita e foi satisfatório, mas admito que eu gostaria de conhecer mais sobre esses personagens, justo por ter gostado tanto deles ao longo desse mangá.
Agora, por que eu quero ver Seven Days publicado no Brasil? Tenho vários motivos. Um deles, já mencionei: é um mangá muito popular, tendo feito sucesso tanto no Japão, como nos Estados Unidos (ele foi republicado umas duas vezes!) e na Alemanha. Acho que é um bom sinal de que potencialmente faria sucesso no Brasil. Outro motivo: a história é muito bem escrita e é um mangá bom. Ponto final. Sem "mas" e "poréns". Por isso, acho que iria chamar a atenção dos leitores que apreciam um bom mangá. Como as fujoshi costumam dizer que são "viciadas" no yaoi, foi fazer uma analogia: Seven Days é um bom mangá yaoi "porta de entrada". Gravitation também é, mas talvez a arte mais antiquada e o fato de ser uma série longa possam assustar os leitores menos familiarizados. Já Blood Honey, também publicado no Brasil, é um yaoi típico, mas também seja uma obra "nicho" demais. Seven Days é pouco explícito, curto (só dois volumes), tem uma arte bonita e uma boa história. Por isso, acredito que os leitores menos fervorosos por yaoi podem, seguramente, ler esse mangá e, possivelmente, se interessar mais pelo gênero, o que torna esse mangá um bom meio de popularizar o yaoi no Brasil.
Honestamente, eu espero que um dia esse mangá seja publicado e eu acredito, pelos motivos que eu explicitei acima, que é uma boa escolha para ser publicado, por isso eu acredito que um dia, de fato, será publicado por aqui. Como ao longo do post já deve ter ficado claro, Seven Days é um mangá de que eu gosto muito, recomendo a leitora e atribuo nota "10".
Eu tenho tanto em alemão, publicado pela Tokyopop, quanto em inglês, publicado pela Juné. Também tem scans em português e em inglês circulando pela internet. Só procurar; é bem fácil de achar.
Acho o traço da Takarai Rihito é muito bonito, Hana no Mizo Shiro e Ten Count são dois mangas muito bons, colocarei Seven Days na lista pra ler, com certeza. Obrigada ^-^
ResponderExcluirOi, lylikouga!
ExcluirNovamente, obrigado pelo comentário. ^_^ Que bom que você se interessou por Seven Days! Tenho certeza de que não vai se arrepender de dar uma olhada, porque, como a Naelyan colocou abaixo, "é poesia em forma de mangá". ^_^
Um abraço,
Faust
Oi Faust,
ResponderExcluirVer Seven Days publicado no Brasil seria maravilhoso. :)
É poesia em forma de mangá. A história é muito fofa, bem desenvolvida, daquela que vc se apaixona pelos personagens e torce por eles até o final. A felicidade deles torna-se sua e quando a última página acaba, até seu coração parece estar preenchido de amor também.
Beijos
Oi Naelyan,
ExcluirFico feliz que concorde comigo! Agora vamos torcer para que uma de nossas editoras brasileiras concorde conosco também! ^_^
A sua descrição foi melhor do que eu conseguiria sonhar escrever! Exatamente essa a sensação que dá. Como estávamos comentando: há mangás que você não se "envolve" com os personagens... Seven Days é um dos mangás em que os personagens mais cativam o leitor.
Um abraço,
Faust