terça-feira, 12 de agosto de 2014

Kinpeibai Kinden Honoo no Kuchizuke

Outro desses mangás que é difícil emitir uma opinião coerente sobre. Há varias coisas que eu gostei em Kinpeibai Kinden Honoo no Kuchizuke, mas ao mesmo tempo há muitas que eu desgostei. Eu tenho esse problema com a Mizukami Shin... As histórias dela nunca são do meu gosto.

Kinren é o protagonista da história e não seria exagero dizer que ele é o cara mais azarado do mundo. Kinren é filho de uma prostituta famosa, que foi criado por sua mãe e tratado pelos moradores do vilarejo como uma prostituta também. Ele, ainda assim, deseja se tornar um "homem de verdade" (blergh, odeio esse tipo de termo, mas, fazer o quê), com sonhos, objetivos, felicidade, independência, etc. Ele acaba conhecendo Bushou, um rapaz da sua idade que trabalha como soldado e que é tudo que Kinren gostaria de ser. Infelizmente, ele acaba sendo levado para ser concubina na casa de um nobre, sendo, assim, separado do homem que ama, Bushou, e levado para uma vida de escravidão sexual. Após cinco anos, o nobre decide matar Kinren (porque ele sabe demais), e o outro nobre Saimon decide tê-lo para si (justo porque ele sabe demais), mas ele consegue escapar.

Assim, ele acaba morando com o confeiteiro Budai, que o salvou, e decide aceitar a vida confortável e razoavelmente feliz que pode ter com ele... Só para descobrir que Budai é o irmão de Bushou. Por um breve momento, ele vive em paz, até Saimon encontrá-lo e matar Budai de uma forma super-cruel na frente dele. Com isso, Bushou jura vingança e se junta a um grupo de bandidos, Liangshan, para atacar Saimon. Kinren volta a uma vida como concubina e acaba até empatizando com Saimon, que é um grande sacana, sádico e abusivo, mas está doente com a mesma doença que a mãe de Kinren tinha. 

Apesar desse mangá ser classificado como drama/tragédia, já aviso: a história tem um final feliz. Depois de todo esse sofrimento e derramamento de sangue, temos uma pitada de alegria. Eu acabo me irritando com esses mangás que dá tudo de errado na vida do personagem e que quando parece que há felicidade o sofrimento volta novamente. Questão pessoal minha. Não gosto de drama/tragédia/angst. O capítulo final é até bem pastelão, o que destoa do restante da história. Achei legal como os bandidos acabaram resgatando o harém, ao invés de matá-los como era o plano original, já que os coitados não tinham nada a ver com as maldades do Saimon (aliás, o fato do bandido mais forte ser uma mulher é um bônus legal). O fato do Bushou e do Kinren conviverem brevemente durante a adolescência e passarem maior parte do mangá separados (e os capítulos finais com o Bushou querendo matar o Kinren, por causa do Budai) deixou o romance meio fraco para mim. 

  

Esse mangá é explícito, como todos da Mizukami Shin que eu li até hoje, e é bem brutal (sadomasoquismo, tortura, e tal). A arte dessa autora me incomoda um pouco, porque é um tanto antiquada, apesar de ser bem detalhada e, por vezes, bonita. Não é das minhas favoritas. Como as cenas de sexo, quase todas, envolviam algum tipo de abuso e sofrimento, não consegui nem achá-las sexy. O enredo é legal. Vi uma pessoa comentando que é uma adaptação BL de uma história chinesa e parece que o scanlator brasileiro incluiu a explicação, mas eu não li em português e não me pilhei a ir procurar a história. Acho que vale a pena a leitura, mas eu não consigo atribuir uma nota maior que "7", em função das minhas questões pessoais com esse mangá. 

Três grupos trabalharam na tradução desse mangá para o inglês: Yaoiness, Yasca Translation, e Fantasy Shrine. O grupo que traduziu para o português foi o Eros Fansub.

2 comentários:

  1. Ah...Mizukami Shin...
    Tenho que confessar que essa é uma autora marcante para mim, porque minha entrada definitiva no mundo do yaoi foi meio que por ela ...rs rs.

    Lembro que ler Kinpeibai foi sofrimento. Pelo menos teve um final feliz. (Vc leu aquela oneshot sobre o Saimon?). Mas para mim um mangá marcante dela é o Rikugun Renai Shikan Gakkou lembro até hoje de lê-lo em frente ao pc, 4:30 da madrugada e putz...não é aquela história fofa como Seven Days, pelo contrário, novamente temos aquele seme que abusa, etc etc etc...MAS, vamos dizer que tem valor sentimental pra mim.

    Beijos

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    1. Oi, Naelyan!
      Acredito que os trabalhos da Mizukami Shin têm o seu valor mesmo hahaha xD Eu também li muita coisa diferente quando eu estava começando a ler yaoi... E esses mangás causam uma impressão na gente! Por exemplo, eu jamais me arriscaria a comentar Hoshi no Yakata da Tori Maia. :D

      (Eu li sim a oneshot. Eu cheguei a ler o mangá em que ela foi incluída e ia comentar aqui, mas achei que falar desses dois praticamente juntos ia ser "mais do mesmo", então deixei para falar no futuro, quando eu reler... SE eu reler! xD).

      Um abraço,

      Faust

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