domingo, 24 de agosto de 2014

Mizu no Haru

Eu li uma resenha sobre esse mangá que dizia que "de vez em quando, quando você mergulha nas profundezas do BL, você acha uma gema escondida". Foi exatamente essa a sensação que eu tive na primeira vez que li Mizu no Haru. Um mangá desconhecido, de uma autora nova e desconhecida (Kurosawa Kaname), feito por um scanlator novo na época... Foi um achado!

Na escola, há o boato de que Shinomiya Yoshino é gay. Ninguém sabe se é verdade ou não, e ele é um cara popular. Já Sunohara Sumi é um aluno quieto, que evita se relacionar com Shinomiya, tanto por não querer chamar atenção (já que Shinomiya é famoso) e por temer que ele possa descobrir um segredo seu. Entretanto, num belo dia, Shinomiya resolve falar com Sunohara, que o insulta e tenta espantá-lo. Isso não detém Shinomiya, que admite que realmente é gay e que está apaixonado por ele. 

Sunohara, nos primeiros capítulos da história, faz de tudo para esconder esse seu segredo, inclusive contando uma baita mentira para Shinomiya... O que ele tanto temia que fosse descoberto é que seu pai é gay e que seu namorado mora com ele e com Sunohara. O desenrolar da história é muito bonito e delicado: Sunohara e Shinomiya acabam se tornando grandes amigos e, eventualmente, algo mais. O capítulo final da história é sobre os dois já universitários e morando juntos. O ritmo do mangá é perfeito, e a história é bonitinha e doce. 

Um surpresa muito agradável foi que dois capítulos desse mangá são sobre os "dois pais" do Sunohara. Yuuki Motoi era o editor de Sunohara Izumi, um escritor. Apesar de os dois terem sentimentos um pelo outro, foi difícil até conseguirem admitir isso, em função da falecida esposa de Izumi, que segue com um lugar especial tanto no coração do pai como do filho. Foi perfeito como a autora conseguiu "amarrar" todas as pontas dessa história. Tudo fez sentido; tudo foi agradável. 

  

Esse mangá é tão bonito visualmente e tão bem escrito que eu jamais teria imaginado que era o primeiro trabalho da autora. Esse mangá está no mesmo patamar que Seven Days, Slow Starter e qualquer um desses outros shounen ai famosos. Eu não tenho nenhuma crítica a esse mangá, apesar de que acredito que talvez alguns leitores possam achar meio lento ou achar que é "leve" demais (uns beijos, uns abraços... Nada muito além disso). Vou dar nota "10", porque esse foi mais um daqueles mangás que me deixou feliz após terminar a leitura.

A tradução em inglês foi feita pelo acme

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