quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Sono Yubi Dake ga Shitte Iru

Apesar de que possivelmente as autoras Kannagi Satoru e Odagiri Hotaru não tenham pensado nisso, para mim Sono Yubi Dake ga Shitte Iru é mais uma das obras que brinca de Jane Austen, que nem O Diário de Bridget Jones e As Patricinhas de Beverly Hills. Já vou desenvolver melhor essa idéia. 

Esse mangá durante muitos anos foi o queridinho das fujoshi. Num período anterior a Seven Days, que lhe usurpou o trono. Pelo menos, é assim que eu percebo. Eu ainda não tinha lido Sono Yubi Dake ga Shitte Iru, em primeiro lugar, porque achei a arte feia e, em segundo, porque era difícil de encontrar (licenciado em meio mundo!). De qualquer forma, considero que Sono Yubi Dake ga Shitte Iru é um mangá e novel muito clássico e recomendo a leitura... Pelo valor histórico, talvez. Que foi um marco, foi.

Bem, esse mangá fala sobre Fuji Wataru, um estudante normal em uma escola que possui um sistema interessante... Os alunos que estão procurando um relacionamento, usam um anel em seu dedo indicador. Os que estão em um relacionamento, usam anéis combinando em seus dedos anelares. Muitos se perguntam se um dia Wataru irá mudar seu anel de dedo, pois há muito tempo o anel prateado de filete dourado indica que Wataru é solteiro (desde que terminou com sua ex). Por acidente, ele acaba trocando de anéis com Kazuki Yuichi, o galã da escola, e descobre que ambos possuem anéis iguais. Ele também descobre que o super-popular Kazuki é um chato e grosseiro... Só com ele, pois ele é agradável com todas as outras pessoas. 

Quando eu disse que esse mangá brinca de Jane Austen, foi porque ele, a la Orgulho e Preconceito, mostra um casal que tem dificuldades em se relacionar um com o outro, apesar de seu interesse mútuo, e, no fim, descobrimos que o Mr. Darcy (no caso, Kazuki) que estava agindo que nem um babaca (um babaca cavalheiro, mas, ainda assim, um babaca) na verdade é um cara de bom coração, que sempre esteve apaixonado pela Srta. Elizabeth (ou Wataru) e fazendo coisas para ajudá-la (Kazuki devolve secretamente o anel, quando Wataru o perde, por exemplo). Apesar de em Orgulho e Preconceito (na série da BBC, para ser exato), eu me derreti junto com a Elizabeth com essa descoberta, em Sono Yubi Dake ga Shitte Iru eu achei "meh".

  

Talvez seja problema do "hype" que há tantos anos essa série tem, mas não consegui me envolver com os personagens. Não me interessei pela trama: estava mais ou menos curioso para ver como as coisas iriam se desenrolar, mas achei tudo extremamente previsível (QUEM não imaginou que a guriazinha do parque era uma parente do Kazuki?!). A arte também é meh, mas há quem goste. Acredito que como esse mangá curtinho de quatro capítulos se origina de uma novel de cinco volumes o problema pode estar na adaptação. Não vou ler a novel (preguiça + falta de interesse), mas acredito que ela deve proporcionar uma experiência mais rica que o mangá, levando em consideração o quanto era/é popular. Vou dar nota "7", por medo de ser tão do contra (eu daria uma nota menor).

Provavelmente, é mais conhecido pelo seu título em inglês, Only The Ring Finger Knows. Eu li em francês, com tradução dos grupos Ai ni Natte e Yaoi Croisade, que foi feita a partir da edição americana lançada pela Juné. Foi traduzido para o português, na época do guaraná de rolha, mas não sei se a tradução ainda está por aí.

2 comentários:

  1. Oi Faust,

    Eu li este mangá depois de uma de nossas trocas de figurinhas. Bem, eu achei a arte e história bonitinha masssssss.... esperava um desenvolvimento melhor...rs rs. Eu fiquei curiosa e fui atrás das novels. Achei, baixei e estão lá no meu pc para algum dia ler. Acho que depois de Seven Days fica impossível deixar de comparar mas analisando individualmente, foi um mangá agradável - (hahaha já li muita coisa pior!!!). Para quem quer uma leitura leve e previsível, é uma possibilidade. :)

    bjs

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    1. Oi, Naelyan!
      É que depois de Seven Days (e Samejima-kun to Sasahara-kun) nós estamos mimados! hahaha ^_^ Aposto que se tivéssemos lido esse mangá há alguns anos, nós teríamos amado!

      Um abraço,

      Faust

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